quarta-feira, 11 de julho de 2012

Interpretação


O amor de hoje não é o mesmo da época em que Shakespeare vivificou Romeu e Julieta. Ou que Machado de Assis retratou dubiamente nos “olhos de ressaca” de Capitu. Temo até não ser mais o mesmo que encontrei tão cheio de cotidiano num conto de Caio F., num poema de Clarice, no blog do Carpinejar. Hoje o amor anda tão oscilante quanto um investimento numa bolsa de valores.

Ainda é real (não há como negar). Com a cotação mais alta naqueles momentos onde o partir se faz presente, ou sonhos se pintam em cores, ou quando uma saudade se encontra trancada em dedos laçados. Às vezes desvalorizado, num momento de excitação que exclui toda sonoridade que deve acompanhar o “te amo”. Clímax (seja lá em que estado) nunca é terreno seguro para conjugar o verbo amar.

Tudo na vida depende da ocasião. Quando alguém diz que vai tomar café, a depender do horário, você identifica se ela vai tomar uma xícara de café ou o fazer o desjejum (sim, sou fina!). A mesma coisa quando alguém diz que te ama. Pode ser somente a vontade de saciar um vício... Como também pode ser a necessidade intensa de se preencher. Questão de momento, sabe? #ficaadica

2 comentários:

  1. Mais Simples
    Zizi Possi

    É sobre-humano amar
    'cê sabe muito bem
    É sobre-humano amar, sentir,
    Doer, gozar
    Ser feliz
    Vê que sou eu quem te diz
    Não fique triste assim
    É soberano e está em ti querer até
    Muito mais
    A vida leva e traz
    A vida faz e refaz
    Será que quer achar
    Sua expressão mais simples?
    Mas deixa tudo e me chama
    Eu gosto de te ter
    Como se já não fosse a coisa mais humana
    Esquecer
    É sobre-humano viver
    E como não seria
    Sinto que fiz esta canção em parceria
    Com você
    A vida leva e traz
    A vida faz e refaz
    Será que quer achar
    Sua expressão mais simples?

    Essa música retrata as facetas do falar e sentir o amor...

    Abraços Lays

    Fabrízio

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    1. E retrata lindamente... Tudo é mesmo uma questão de sentir, né?

      Obrigada, Fabrízio! (:

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