-
E sobre a lua, o que já viu, moça? – perguntou-lhe,
ansiando por resposta.

Num
segundo, perdeu-se. Permitiu-se assim. Mesclada entre si e a lua, embebida num
gosto amargo de solidão, velando o que adormecia vagarosamente em seu corpo, gritou
o silêncio do seu coração. Já sabendo que ninguém a ouviria.
- Em amor, ela
acompanha. Em dor, ela consola.
– foi o que disse antes de virar as costas e seguir a estrada. Assim, só ela e
a lua, emaranhadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário