Já até discorri a respeito por aqui, mas, só para reforçar, se você encontrar seu
oposto, corra. Além de ultrapassado, o dizer “os opostos se atraem” é maquiavélico. Ah, você não acha? Então,
vamos lá! Primeiro, antes de qualquer coisa, se avalie: como você é, o que você
gosta, o que você quer... Como você chegou aí? Alguém te adestrou e você passou
a seguir o seu atual comportamento? Um E.T. te abduziu e implantou um microchip
coordenador de impulsos cerebrais? Geralmente, não. Tudo foi por critério
de exclusão.
Quando
não gostamos, não acreditamos ou não concordamos com determinada visão de mundo
ou certa postura, tendemos a nos firmar no oposto. Dentro da normalidade, não somos
o que não suportamos. Exemplo? Você tem ojeriza à burrice, você lê mais. Você não
suporta gente fresca, você põe a mão na massa. Você não gosta de chocolate
branco, você compra o preto. Funciona assim, tanto com coisas simples quanto com
as mais complexas.
Claro,
nem sempre haverá compatibilidade. Você pode ter a sina de namorar sempre
flamenguistas e, em regra, não irão falar (lê-se:
discutir ferozmente) sobre futebol mais que uma vez no ano (sim, na final
do Brasileirão). Você pode ter uma amizade super especial com alguém que
detesta tanto gatos a ponto de ter se tornado fã do Jerry e do Piu-Piu. Você
pode ter que conviver com uma pessoa extremamente mesquinha e antipática e não perder a sua capacidade de sorrir (guiando-se pela universalidade do direito à
vida).
Não
estou pregando a segregação de raças, credos, ideologias e quaisquer outras
formas de distinções, apenas relatando que relações muito estreitas entre
pessoas com diferenças (especialmente as comportamentais) gritantes nunca são favoráveis à civilização e desejando boas pitadas de equilíbrio às disparidades irremediáveis. #ficaadica
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