Ei, menina, isso que você vem chamando de “maturidade”, antes mesmo que notasse, o seu coração já havia definido como cansaço. E vem mesmo com o tempo. Quando ele, implacável na busca por aventuras que desembocassem em calmarias, começa a se desvencilhar das adversidades, é sinal de que entrou no tal processo de maturação.
Ele aprendeu a se calar para evitar desgastes, o que nunca caberia nos planos passados. Sempre buscava ser ouvido, e até gritava se fosse preciso. Agora, prefere se sentir confortável a buscar novas emoções e vivê-las. Já foi tão marcado por seus atos inconsequentes que agora se satisfaz com qualquer lugar onde possa se esconder.
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Não precisa baixar o olhar. Ninguém vive muito tempo em consonância com o coração, logo saem do ritmo, mudam a batida e firmam um acordo em que o silêncio de um não tocará no barulho do outro. Sei que ainda consegue se lembrar o quanto já chorou por isso, mas solidão é espaço vazio demais, o que poucas vezes completa alguém.
Agora, que você nem sabe mais como escutá-lo, o barulho é seu e o silêncio, dele. Paciência, menina, paciência. Não é por mal, coração age assim mesmo.
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