Depois de
meses de dedicação e evolução, cerca de 10 dias longe dos pesinhos, do suor
(meu e alheio), do despertar com o sol, entregue ao sedentarismo, foram
suficientes para eu me destroçar na tentativa de recuperar o ritmo nos
exercícios físicos. Não é bem na minha luta diária (e fadada à derrota) contra
a balança que pretendo focar, só estou usando o exemplo para chegar ao ponto:
não importa o quanto já se tenha sido experiente em qualquer atividade, se não
houver prática, o desempenho sempre será comprometido (pela insegurança ou pelo
desuso mesmo). E não espere que eu entre no julgamento da situação, me apegarei
somente à constatação do fato.
Uma amiga,
casada há algum tempo, discorreu a mim sua tese de que ter um relacionamento
sério e estável modifica a nossa animação para a vida social (floreei bastante
os termos, mas o teor foi mantido). É mais ou menos o que aconteceu na evolução até o Homo sapiens, sabe? Não
ter que ir à caça atrofiou várias características encontradas em nossos antepassados.
Hoje estamos nós, aqui, reclamando ou decorando a vida em redes sociais, pedindo
Temaki por telefone, cochilando durante
vídeo-aulas, querendo impor nossos pontos de vista (ou a falta deles) e tendo preguiça
para relacionamentos (ah, temos! Mas este assunto merece um texto exclusivo).
Posso ser
sincera? Você está certíssima, amiga. Relutei alguns dias em aceitar, mas
você foi extremamente sábia na sua constatação. Ter a garantia de uma noite (tarde
ou madrugada) em boa companhia (ou apenas em companhia) nos arranca o tesão para
enfrentar a selva de azaração que compõe boa parte das baladas e points atuais.
Casais
modificam seus hábitos sociais. Mesmo amando da mesma maneira os amigos, as
rodas de happy hour, dançar até o
chão, fazer parte das viagens de fuga nos finais de semana emendados, a frequência
de manutenção da popularidade passa a ser provada em doses menores que as
habituais nos períodos de "solteirices". Não consigo formalizar o porquê, minha
amiga também não definiu o que precedeu a sua teoria, então, para não perder o
hábito, me resta apenas palpite (e este me pareceu bem apropriado!).
Quando se tem
parceria, é tão mais confortável ficar em casa, de camiseta e calcinha de
algodão, enroscando os pés sob o cobertor durante a seleção de séries e filmes
para a tarde de sábado... Lembra que ~sair de casa já é se aventuraaaaar~? A dança da conquista é extremante chata para quem não vai ficar com o par (tá, no máximo, divertida). Parece que quando você está comprometida e sem seu cônjuge é garantido se tornar o alvo das cantadas do lugar (será que emitimos algum sinal de presa desprotegida? Será que estamos tentando testar nosso poder de sedução, ainda que inconscientemente? :O) e é super chato ter que ficar se esquivando dos inconvenientes.
Claro, não terá jantar romântico que me fará desistir de disputar 30 cm² do bar badalado com as "miga" quando a motivação para sair de casa for sorrir com aquelas pessoas que têm lugar especial no coração. Pelo menos quando tiver motivo e disposição, né? Afinal, temos que atualizar nossas redes sociais também, reclamar do salário e dos quilos recuperados depois das férias da academia e lembrar do quanto é importante ter alguém com quem dividir o comando da Netflix. #ficaadica
Claro, não terá jantar romântico que me fará desistir de disputar 30 cm² do bar badalado com as "miga" quando a motivação para sair de casa for sorrir com aquelas pessoas que têm lugar especial no coração. Pelo menos quando tiver motivo e disposição, né? Afinal, temos que atualizar nossas redes sociais também, reclamar do salário e dos quilos recuperados depois das férias da academia e lembrar do quanto é importante ter alguém com quem dividir o comando da Netflix. #ficaadica
Nenhum comentário:
Postar um comentário