Há colo em meio a nossas dores, por sorte, mesmo contradizendo a tantos rumores, não ficamos menos fortes quando nos mostramos doces. Às vezes, sem escolhas, somos escombros pintados em arte, noutras, a arte de se desmanchar em cacos. Mesmo disfarçadas ou entregues, acredite, não somos apenas o que se pode ver. Se não nos tocar, não seremos nem o que se pode supor sentir.
Não ouse nos limitar. Não há definições em nossos vestidos, nem em nossos cabelos, nem nas cores dos nossos batons (ou na ausência deles), nem nos livros em nossas prateleiras, nem nos pesos em nossas balanças, nem nos amores que buscamos viver (em um dia ou numa vida), nem nas vezes que desistimos, nem nas vezes que desafiamos.
Trouxemos sempre mais que pedaços de projeções, de conteúdos inferiores, de dores e passados. Há porções frescas do que somos sendo descobertas por nós mesmas a todo instante. Contentem-se com o vislumbrar de toda essa grandeza de mulheres comuns que inspiram até mesmo o mundo a parar de girar.
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