Ela não é a sua cura. Não espere isso dela. Por mais bom ânimo que tenha para te colocar um sorriso no rosto ou recomendar um remédio para suas costas, ela não quer ter o peso de ser solução para todas as dores que passam por seus dias. Ela busca ser a leveza da inspiração, não o fardo da obrigação. Ela não vai se reduzir e, definitivamente, não vai se culpar para atender as suas expectativas. Por mais que vocês se fechem em dois ou três tratos feitos na cama mesmo, com sorrisos e olhares cruzados, antes de se levantarem para um outro banho, não enxergue nisso qualquer possibilidade de se tornarem aprisionamento. Ela quer buscar o melhor dos dias, dos encontros, dos momentos, e não seria diferente em seus braços. Se ela fica, é porque a faz bem ficar.
Ela é o que desata para se reconstruir. Isso acontecerá todas as vezes em que não conseguir dar conta ou em que a dúvida for maior que o riso frouxo. O novo a assusta muitas vezes, só não a leva à estagnação. Ela não sabe não reagir, mesmo quando não faz ideia do que a espera. Ela não tem medo de pagar para ver, ainda que não seja a melhor aposta. Ela não tem medo de tentar outra vez, seja em silêncio ou aos prantos. Não que parta sem dissabores sempre, só que, há tempos, tem se conjugado no verbo ir. Descobriu que pode haver leveza quando se vai com um punhado de bons abraços, ou por uma porção de certezas, ou sem ter medo de voltar também.
Ela gosta de ser crua. Nada que a esconda cai bem em seu tom, seja por sua risada alta, firmeza em sua voz e volume de seus cabelos ou lágrimas - ela não vai conter o que vem de dentro. Ela tem se descoberto a todo instante e talvez, por esta razão, faça questão de não ocultar a versão que traduz dores e superações com as quais tem se reinventado. É escolha sua se fazer assim, despida do que pode haver somente para torná-la mais aceitável. Sua ações não são nunca para torná-la acessível. Antes de mais nada, tem tentado ser para si em todos os momentos. Ser para si mesma quando instiga, quando dança, quando discorda, quando aprende, quando excita, quando transforma, quando para.
Ela não combina com efemeridade. Nada nela vem sem arrebatar. É rendida ao que pode verdadeiramente durar. Anda de mãos dadas à intensidade e se lança a ela, crendo sempre em sua resistência. Gosta de se aliar ao tempo, nunca de ser sua refém. Segue apressadamente em busca do que acredita, do que causa suspiros e do que precisa de atenção. Você já sabe o quanto ela consegue ser assertiva em suas convicções, não precisa provocá-la se a sua intenção for apenas discordar. Ainda que você não se acostume, ela se fará um poço de forças sem fim na maior parte do tempo, mas não se privará de desabar quando for necessário.
Ela pode ser o que te paralisa exatamente por não querer te manter, a qualquer custo, ao seu lado. Aprendeu que ter troca é melhor que ser só oferta. Ela não vai recuar somente para te manter confortável. Mas, quando realmente for preciso, ela não se incomodará em dar um ou dois passos para trás. Ela não vai te ouvir quando a sua voz buscar silenciá-la. Porém saberá se calar quando for necessário à sua resposta. Ela não vai insistir quando a sua ausência for maior que a distância. Entretanto, enquanto houver cuidado, manterá uma mão ao seu alcance. Ela não vai te apresentar um caminho, não cabe a ela te pedir para entrar. Então, mantenha a atenção para não se perder e para não a perder de vista. Ela não se vê maior do que você e, ainda que seja, não irá te dar um grama a mais do que puder suportar.
Ela costuma saber bem onde quer chegar. Traça com passos certeiros os caminhos que decide trilhar. Sorte sua, vez ou outra, ela se deixa perder em um olhar mais firme. Pode ter sido por curiosidade que tenha aceitado saciar a sede dos seus lábios. Pode ter sido por desejo que tenha abaixado a guarda na segurança dos seus abraços. Pode ter sido por suas confissões que ela tenha se permitido ficar tão à vontade sob os seus sentidos. Não perca tempo tentando decifrá-la. Ela vai saber te deixar sem palavras - numa discussão ou na cama. Ela vai saber te deixar sem ar - numa discussão ou na cama. Ela vai conseguir te tirar do sério - numa discussão ou na cama. É que ela se abre ao que queima, traz e leva fogo quando decide não resistir. Seu corpo é posse de suas escolhas, ainda que rendido ao seu toque.
Ela pode ser o que te paralisa exatamente por não querer te manter, a qualquer custo, ao seu lado. Aprendeu que ter troca é melhor que ser só oferta. Ela não vai recuar somente para te manter confortável. Mas, quando realmente for preciso, ela não se incomodará em dar um ou dois passos para trás. Ela não vai te ouvir quando a sua voz buscar silenciá-la. Porém saberá se calar quando for necessário à sua resposta. Ela não vai insistir quando a sua ausência for maior que a distância. Entretanto, enquanto houver cuidado, manterá uma mão ao seu alcance. Ela não vai te apresentar um caminho, não cabe a ela te pedir para entrar. Então, mantenha a atenção para não se perder e para não a perder de vista. Ela não se vê maior do que você e, ainda que seja, não irá te dar um grama a mais do que puder suportar.
Ela costuma saber bem onde quer chegar. Traça com passos certeiros os caminhos que decide trilhar. Sorte sua, vez ou outra, ela se deixa perder em um olhar mais firme. Pode ter sido por curiosidade que tenha aceitado saciar a sede dos seus lábios. Pode ter sido por desejo que tenha abaixado a guarda na segurança dos seus abraços. Pode ter sido por suas confissões que ela tenha se permitido ficar tão à vontade sob os seus sentidos. Não perca tempo tentando decifrá-la. Ela vai saber te deixar sem palavras - numa discussão ou na cama. Ela vai saber te deixar sem ar - numa discussão ou na cama. Ela vai conseguir te tirar do sério - numa discussão ou na cama. É que ela se abre ao que queima, traz e leva fogo quando decide não resistir. Seu corpo é posse de suas escolhas, ainda que rendido ao seu toque.
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