Personagens
de novelas fazem mal à autoestima feminina. Fazem, sim. E não é só pelos
melodramas que sempre terminam em amores perfeitos felizes para sempre (aquilo
que na vida real não acontece nem parecido). As mulheres das novelas estão cada
vez mais passivas e suscetíveis aos caprichos masculinos.
Não
que eu goste (ou tenha tempo) de acompanhar toda a trama, mas em casa sempre
tem alguém com telinha ligada na novela das 19h ou das 21h (aquela que nunca
começa no horário marcado). Na novela das sete, a mocinha foi pisada e
humilhada pelo playboy que descobriu que ela era pobre, ficou rica e reatou com
o seu malfeitor. Na novela do horário indefinido, uma dita lá é enganada a vida
toda pelo marido (de todas as formas possíveis: afetiva, financeira, verbal...)
e depois de uma volta num iate e uns amassos sede a ele novamente.
A
vida real não precisa imitar a arte, viu? Mesmo parecendo que a arte reproduz casos
encontrados pelas avenidas brasileiras, a gente não deve viver à sombra de um
conto “telenovelístico”. Não são Manoel Carlos e João Emanuel Carneiro que escrevem
o roteiro da sua vida. Não há um enredo programado em que o eterno pegador se
tornará o redimido apaixonado. Nós já aprendemos isso na própria carne, é
melhor não levar tão a sério as histórias do Projac. #ficaadica
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