Acordara
menina, birrenta e risonha. Na cama, percorrera com os dedos pelo travesseiro
ao lado. Vazio. Pelo menos fora o que sentira. E será que sempre estivera
assim? Não. Incansavelmente ele fingira estar ali, ainda que perdido em motivos
irrisórios.
Ela
continuara a despertar-se. Olhos e lábios cerrados. Afagando-lhe os sonhos, ali,
restara um pedaço de esperança. Ou uma esperança em pedaços. O futuro deveria
chegar ao meio-dia, talhado em feixes isolados. Completo. Solitário.
Não
levantara. Decidira-se pela estática. Não ousara desperdiçar um raio do cheiro daquele
gosto. Sabor quente da manhã. Permanecera num torpor inefável. Cedo ou tarde, ele
chegará. Vazio. Completo. Sentido.
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