terça-feira, 19 de junho de 2012

Encantadas


Cantada não é sempre sinônimo de elogio. Para o homem é um investimento, para a mulher, a depender do teor, o tiro pode sair pela culatra. Enfim...

Antes de qualquer coisa, questione-se: quem tem a capacidade de te fazer sorrir, mesmo instantes antes de uma reunião tensa com o chefe do seu departamento, notando, a mil metros de distância, que você está usando o seu jeans mais apertado? Óbvio que não é seria o Patati e o Patatá ou um espião do Google Earth. Ao tocarmos nesse assunto, não há como fugir de uma classe que sempre se destaca pela criatividade e perceptividade: os operários civis. Já comentei por aqui que nada acaricia mais o ego feminino que uma obra em andamento (claro que quando não somos notadas, poucas coisas podem ser tão devastadoras, nós almejamos e nos alfinetamos secretamente por esse reconhecimento), mas esse não será o nosso foco.

Hoje abordaremos sobre a habilidade masculina de recorrer às palavras como artefato de sedução. O jargão “Ô, lá em casa” é supremo. Analise literal e morfologicamente essa afirmativa: “Ô” é interjeição de invocação, “” advérbio de lugar exato onde ser quer estar, “em” preposição que liga o advérbio ao substantivo e “casa” como o substantivo sublime que define o local de habitação. Tão valoroso quanto o verso de um poema... Só que não.

O @pedreiro_online (confira no Twitter) nos mostra para quê veio ao mundo: objetivar a função das cantadas. Mulher gosta, mas quase nunca funciona como o homem planeja. Nada diverte mais uma mulher que um elogio inesperadamente bem-humorado. Mas, só. Apenas. Somente. Não há números consideráveis para estatísticas oficias quanto à eficácia da conquista por frases baratas de efeito (amém). Mas não desistam! Já falei o quanto ouvi besteirinhas nos fazem bem? #ficaadica

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