Em
todo o resto do mundo as coisas se ajeitariam, outros abraços a encontrariam,
outros colos a acolheriam, entretanto, às suas mãos, tão pequenas agora, não
haveria mais plenitude.
Nunca
estivera sozinha em noites chuvosas, nunca se sentira fraca em disputas de
meninas, nunca ficara sem resposta às questões infantis. Mas, agora, como
uma força maior, quem mais no mundo viveria a sua alegria como um propósito?
Sempre
caminhara à sombra daquele sentimento. Não
era o plano, sequer fora, ainda que por um só instante, tal mudança de rumo. O que por tanto
tempo ocupara somente com amor, tornar-se-ia, ao amanhecer, o desencanto de uma
onda quebrada longe, em alto mar. Assim, triste, inexplicável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário