Primeiro,
achei que tivesse sido uma troca de palavras e me ousei à correção: “Espinhos do coração, não?”. (Quanta ignorância!
A minha.) “Não, não, não! É espinha
mesmo. Daquelas que sempre dão dor de cabeça para alguém”. Bem, a conversa
retomou o seu rumo (o que não vem ao caso agora).
Significa
um bocado de coisas. Tanto nos peixes quanto nos adolescentes são
especificidades biológicas dos grupos, entretanto, aprendi ontem, na vida, pode-se
dizer que são aqueles momentos difíceis de lidar. Não, não tem nada a ver com a
puberdade e a acne ou com aquele peixe que não vale o sacrifício de tentar torna-lo
mastigável, é como uma referência aos destemperos incômodos e espontâneos do dia a dia.
Por
quanto tempo a gente consegue lidar com espinhas? E como elas vêm a nós? A gente sabe que os espinhos existem porque já houve
flores, mas, e as espinhas? Ninguém, por um dia que seja, as desejou (exceto os
peixinhos, enquanto vivos), mesmo assim, elas chegam.
Vamos
à prática? Discussões (não brigas, rompimentos, “mãozadas no meio da cara”...)
são espinhas. Espinhas (a acne e a do peixe) são espinhas. Piso salarial de
jornalista é espinha. Celulites são espinhas. Não ganhar na Mega Sena, não
passar num concurso público federal com vaga única, não ser filha de Eike Batista,
não ter postado um tutorial no You Tube
com a criação de água potável são espinhas.
Tá,
talvez não faça sentido algum, para você, esse texto. Mas, ontem, foi pensando
nisso que eu dormi. E não porque faltam preocupações (ultimamente, não mesmo), eu
acho que o que me falta são essas questões bobas para levar à cama. #ficaadica
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