Tudo
começou num tweet. Claro que não foi exclusiva
a colocação da minha colega, mas, foi sincera. Até quando estado civil das
jovens (ou nem tanto) sobrinhas será debatido nos almoços do domingo? Eu até
perdoo o interesse numa conversa particular, mas numa inquisição? Deixamos de
ser bruxas há alguns séculos.
Só
que o post do microblog se encontrou
ontem com comentários de um colega bêbado na comemoração do aniversário de uma
amiga (sim, por amor demais, acabei me rendendo ao convite e saindo de casa com
a perna imobilizada, que, por amor demais, sofri uma luxação na patela no
último domingo). Enfim, voltando ao “culeguinha” que, lá pela terceira ou quarta dose de uísque decidiu virar rico e
falastrão, resolve espalhar pela mesa o quanto ama a esposa (até então,
lindamente) e o quanto a sustenta.
Bem,
pensem comigo: estou manca, sem poder beber, sentindo dor e me deparo com um
cruelíssimo comentário machista. Poderia até ter ficado quieta, né? Mas não sou
dessas (e se fosse, não teria esse texto hoje). Claro que meu namorado me obrigou
a enxergar percebi que não fazia sentido a discussão devido às
circunstâncias, mas, ainda assim, manifestei meu repúdio a tal postura.
Veio
tudo à tona. Será que a coitada da esposa (que, segundo o cônjuge, parou de
trabalhar por exigência dele) não foi uma jovem participante, por diversas
vezes, do inquérito das reuniões familiares? Ainda existem mulheres que se
agarram ao casamento como possibilidade de ascensão (e não digo só financeira),
de ser vista socialmente, de ter uma casa, de calar a boca de tias frustradas...
Tsc,
tsc... Na essência, não precisamos nos casar, é muito mais urgente e imediato o
amor. Admito ser mulherzinha o suficiente para sonhar com o vestido branco e as
flores, mas, também sou mulher o suficiente para desejar isso como uma
consequência de sentimentos. Antes de ser esposa de alguém, quero ser a mulher respeitada
pelos espaços que conquista. #ficaadica
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