quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Honra ao mérito


Somos vencedoras diárias. “Começou o papo feminista! Blá, blá, blá...”. Não, não é papo feminista, é um estímulo às guerreiras que conheço. Já sofri de tanto jeito (alguns bem desnecessários, mas, enfim...) que acho válido qualquer forma que ele se apresente (sim, até na história da menina que sofre por paixão platônica).

Arrumamos a bagunça da festa depois que tudo acaba. Costuramos novos laços depois que o fio da meada se perde. Trabalhamos 12 horas diárias e estamos sempre lindas. Não perdemos a classe ao encontrar um paquera curtindo com outra no dia seguinte (bem naquele dia que ele deveria ter ligado). E ainda trouxemos duas das três medalhas de ouro que o Brasil conquistou nas Olimpíadas de Londres. Ponto. Não há mais o que discutir.

Quanto ao resto, todo aquele resto que nos tira as forças, buscamos apoio na classe, de também vitoriosas, que escolhemos para nos segurar (vulgo amigas). A gente sabe que a Mulher-Maravilha não é real, nenhuma de nós seria tão forte a ponto de viver só de vitórias ou sem um punhado de amigas para trocar mensagens quando a situação apertar. E isso é cíclico, porque, quando damos as mãos a alguém, trocamos glórias e fraquezas. Afinal, nem que seja por tabela, todo dia subimos a um pódio mesmo... #ficaadica

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Propriedade, não!


Frase de impacto: “Ele nunca foi assim com as outras!”. (Um minuto do meu silêncio.) Eu só queria fazer uma escova, mas o ser, atendido pela manicure, insistia em se gabar por ser alvo de posse do namorado. Eu juro que ela até sorria enquanto contava os micos que já havia passado, gente! Detalhe, num período de 20 minutos, ela descreveu uns oito, no mínimo.

Cada um sabe o que é melhor pra si e não quero opinar sobre conduções de relacionamentos alheios (já tenho o meu para dar conta). O assunto é outro. Há mulheres que acham que, proporcionalmente, por trás de crises doentias de ciúmes há um imenso amor. Sim! Quanto maior o show, maior o sentimento... E o que dizer disso tudo? DEUS! Apenas.

Ciúmes existem em todas as relações afetivas. E é bom quando, dentro do razoável, demonstra zelo. A mãe que reclama por você não passar mais os finais de semana com ela, a amiga que questiona por você não ter ligado antes para contar a novidade, o namorado que te olha torto quando você fala de festa com as amigas... Isso (na normalidade) demonstra que a pessoa quer ter um espaço em sua vida.

É normal sentir ciúmes, principalmente em situações de risco (situações essas determinadas pelo seu grau de insegurança). Temos medo de perder quem amamos, mas não dá para exigir exclusividade nem propriedade de alguém. Aí, recorrendo à História, deixo um lembrete: o ser humano deixou de ser dono do outro com o fim da escravatura.

Relações regidas por bom senso sempre são mais saudáveis (sim, namorados sempre terão ex, amizades com o sexo oposto, outras atividades... e você também, se quiser viver bem). Bem, quanto à cliente do salão, mesmo sem conhecê-la, teço duas considerações: ou o seu namorado é muito inseguro ou não confia nada em você. #ficaadica