terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O que lhe caberia

Se tudo fosse tão grande quanto parecia, seria mesmo uma nuvem solta no céu. Permitiria que o vento a embalasse, permitiria ser carregada na direção ditada pelas correntes de ar, só não se permitiria parar. O céu é infinito e se limitar seria o maior dos seus pecados.

Embora temesse o fato de que nuvem solta é sempre mais vulnerável, sabia que se fundindo a outras perderia aquilo que era tão seu, a liberdade. O céu não teria a mesma vastidão, aquilo que seria a sua imensidão se transformaria em algo extrema e restritamente tangível.

Nesse emaranhado de possibilidades, não se levaria por nuances incertas. Não poderia. Tinha medo disso, de perder a oportunidade de desfrutar todo aquele azul.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Bem marcante

“Deixou digitais em mim...”, proferiu certa vez o filósofo (só que não!) Luan Santana. Marcas da paixão... Se o caso for só as digitais, menos mal. Mas, o que fazer quando, além de digitais, cores também marcam seu ser? Você acorda com o cantar dos passarinhos, num belo dia de sol, saltita até o espelho, com o seu melhor sorriso e, de repente, PÁ! O que salta aos seus olhos? Eu sei! Desproporcionalmente conveniente e localizada a tal resultante.

Seja lá qual foi a forma de aquisição, quase todo mundo já se viu numa situação dessas: omitir ao mundo manchas indecorosas em pontos estratégicos do seu corpo. E conselhos posteriores são muitos... Uso de blusas com mangas e golas altas, maquiagem mágica, friccionar cebola no local, tomar vergonha na cara e, mais recentemente, ouvi um caso de receitamento de focinheira.

Claro que a gente não pode prever quando, ocasionalmente, vai bater o braço na maçaneta da porta do trabalho, ou quando a chapinha quente vai deslizar pela pele do pescoço, ou quando vai cair de bunda da escada da casa prima de uma amiga, ou quando vai se esbarrar em alguém dentro de um ônibus na volta de Ibicuí, quando vai substituir um lutador WMA numa disputa... (desnecessariamente, sempre haverá riqueza de detalhes.)

Depois que esses acidentes acontecem, ciclicamente, você vai se megatransformar e, a cada evolução, terá uma cor específica. Primeiro, a vermelha da vergonha. Em seguida, o roxo da presença (essa é a fase mais longa e difícil). Depois, o verde-azulado bárbaro. E, por ultimo (e não menos estranho e visível), o marrom cru. Recomenda-se que você aproveite todos esses períodos para um retiro espiritual, longe do contato (especialmente o visual) humano.

Independente do seu momento, ficam duas dicas:

1º- Não condene o seu próximo, puritana! A depender, não tardará, chegará a sua hora... (e as suas justificativas não serão melhores que as que você já escutou anteriormente! Lalalalaaa...)

2º- Se a coisa fugir do controle e a violência se tornar real, Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e denuncie. A Lei Maria da Penha está aí e funciona de verdade. Até o ano passado, durante os cinco anos de vigência da legislação, foram registrados 237.271 relatos de violência (130 por dia) (Dados g1.globo.com). #ficaadica

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

De um catado falando de amor (ou da falta dele)

Até então, nunca havia feito clipagem alguma de texto no blog. Porém, entretanto, contudo, todavia, às vezes, a gente acha um computador com internet dando sopa no meio do expediente e encontra o texto que merece ser reproduzido na íntegra.

Primeiro, o mais legal é como o autor se apresenta dentro da própria coluna (a coluna é fixa no site da Marie Clarie e se chama: Fale com ele – Respostas masculinas para dúvidas cruéis).


Meu nome é J. Antonio e sou um amador. Jogador de futebol amador, jornalista amador e poeta amador. Frequento duas academias: a de Letras e a do bairro. Na última, convivo e suo ao lado de halteres e halterofilistas amadores. E ao lado de meninas, que brincam de fuzilar gordurinhas, todas lindinhas, molhadas e com calça fusô (minha leitora: é 'fusô' ou 'fuseau' o nome da calça? Eu tenho essa dúvida). Mas dizia que sou poeta e malhador. Aos fins de semana, gosto de correr e comer. Sou bruto e macho, mas sensível. Choro escondido – e ó, se um amigo me perguntar, eu nego. Eu nego! Mas sim. Quando a coisa aperta, quando a vergonha afrouxa, ou quando uma de vocês, mulheres, me machuca, eu choro. É assim desde que nasci. Há 30 anos.

E iremos a matéria (que é uma delícia!).

CRISE NO CASAMENTO DOS FAMOSOS: POR QUE VOCÊ DEVE ACREDITAR EM ALMAS GÊMEAS

Meninas, Johnny Depp e eu concordamos: chega de Vanessa Paradis!

Tchau, nenê! Você cansou a nossa beleza…

Vocês viram? Eu vi. Aqui, ó.

A notícia é a de que o famoso casal se separou. Mas fosse o separar, é da vida, tudo certo. O que realmente me fez querer dar um doce, um suave, um lento croque na cuquinha de Paradis foi o que ela disse ao final da notícia.

Ela disse: “Não acredito em almas gêmeas. Isso funciona na ficção, ajuda a criar lindos filmes e belas músicas, mas é uma ideia assustadora na vida real…”Ah, mas que groselha, Vanessa! Que groselha!

Meninas, hoje eu quero brigar com Vanessa! E eu quero defender o amor eterno e a imortalidade das almas siamesas.

- Mas João, Vanessa sofre! – você dirá.

- Sim, sofre – eu direi.

Ora, pombinhas, todo mundo sofre!

E ora, eu respeito, eu topo, eu nino qualquer dor de amor. Já disse e digo: sou a favor de salgar as bochechas, de temperar o churrasco com as lágrimas do coração. Separação é dureza mesmo. Das maiores dores que batem por aí.

Dor que justifica supremas descrenças. A gente fica moído, fica rachado, achando que este mundo não tem mesmo jeito, que a gente não foi feito para amar, que a gente foi feito pra sofrer, que nosso destino é o “eu sozinho”.

Até o nosso caixão é individual.

Sou, então, a favor de curtir essa dor.

Mas VOCÊ pode me dizer isso. EU posso te dizer isso! Vanessinha, não pode nos dizer isso!

CRISES NO CORAÇÃO DOS FAMOSOS

2012 não está sendo fácil para quem tem fama e dinheiro demais. Teve o Seal e a Heidi. Ano passado, teve o Ashton e a Demi (Nota: o Ashton até que vai bem. Vai bem e caprichando. Afogando as mágoas e surfando a fossa das enchentes paulistanas. Sou fã do Ashton.)

E se a gente vê que a melhor notícia nesse campo estelar é o possível reatar da Rihanna com o Chris Brown – Rihanna que separou porque levara sopapos do Chris Brown –, daí a gente vê que 2012 tá mesmo russo pro amor entre famosos.

Mas poxa vida, amor é assim mesmo… É russo.

O que não dá agora é esse povo fino, que vem faz anos cantando e filmando as cenas e as palavras de cristalino romance, essa gente que me faz acreditar que sim, amor tem trilha sonora e um final feliz, que amor é o máximo, o ápice da nossa existência… Essa rapaziada que ensina largar empregos, casas, carros, cidades, países, tudo por um amor… Essa rapaziada surge agora dizendo que a gente tava sendo engabelado? Vem agora vem sapatear sobre as minhas humanas, terrestres e comezinhas crenças sentimentais?

Nunca serão. Jamais virão.

Não aceito!

Diabo, se o Spielberg me fez acreditar em fantasma e em ET, o Johnny Depp e a Vanessa Paradis me fizeram acreditar em alma gêmea.

ALMAS GÊMEAS

Portanto, não me venha com realismos, Vanessa! Não me venha com tristezas, com desabafos sofridos, desses que você e eu, leitora e autor, podemos dar diante das nossas dores de amor.

Se você, leitora, me disser que sofre, que levou um fora, que vinagrou sua crença num romance eterno, ok! Eu te escuto, eu te entendo, eu te ajudo. Eu concordo com você. Mas de um arauto de Hollywood eu só quero ilusão. Quero acreditar que, mesmo quase impossível, é possível um amor que sobreviva a tudo, Vanessa, eu acredito nesse amor que sobrevive ao final dos créditos.

Espero que você enxugue as lágrimas na privacidade e no silêncio da sua vilazinha francesa e deixe a gente sossegado, acreditando, pra sempre, que pode até dar errado entre os mortais, mas que, em algum lugar, nas colinas de Hollywood, dois bocós estão envelhecendo juntos um amor eterno. Um amor inverossímil.


Fonte: http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/falecomele/

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os elementos

Quem descobre que o fogo queima, passa a preferir a água. Até perceber que também pode se afogar. Os riscos levam à cautela e, quanto mais avassaladores forem os danos, maior se torna o receio em se arriscar novamente. Mas, isso não basta. Não te paralisará. Um dia fará calor demais e você enfrentará a correnteza novamente. Noutro, o frio será tão intenso que você não se importará em se aconchegar mais próximo a algumas labaredas.

E, de vez em quando, você vai cutucar, vai dar vazão, vai sentir prazer em deixar doer, só para saber que ainda não morreu. E é tudo por medo. Te assusta (porque somos desnecessariamente egocêntricos) o fato de que os planos que eram seus cabem em qualquer lugar, numa caixa esquecida num armário, ou nas mãos de outro alguém. Pode ser difícil de aceitar, ou até de entender, mas eles não existem mais, não daquele jeito.

Vi num texto publicitário, certa vez, que o único capaz de curar tudo isso seria o tempo, só que ele não teria a menor pressa em executar tal missão. E quer saber? Talvez ele esteja mesmo certo. O maior desejo é de que tudo (tudo, tudo, tudo, tudo) passe e, com exceção para coisas efêmeras, é necessária muita paciência para isso. Até lá, use esse incômodo como combustível. Extermine o tempo ocioso, busque capacitações profissionais, interrompa aquela leitura dolorosa e compre novos livros... Só não ponha a mão no fogo, nem mergulhe tão ao fundo. Você não está pronta para isso ainda. #ficaadica

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A grande questão

Levantei uma tese esse final de semana: homens altos são mais sortudos que os baixos. E discorrerei de forma simples.

Hipoteticamente, você está em uma festa, numa praça, sei lá, no Canadá (e você não vai encontrar a Luiza, porque ela já está de volta ao Brasil!)... Aquela aglomeração, aquele agito e, sorrateiramente, você percorre seu olhar pelo ambiente. É muita gente! Você não tem como fazer uma busca minuciosa, seus olhos captam aqueles que se destacam, e são eles os mais altos. É mais fácil a troca de olhares com alguém que você consegue enxergar melhor e isso é o ponto de partida para um possível flerte.

Não estou fazendo apologia ao uso de grandes comprimentos (até porque os meus 1,72m já me condenaram), só ressaltando uma análise. Quanto aos mais baixos, não se preocupem! A primeira impressão não é sempre a que fica e há outras formas bem mais relevantes de se destacarem na multidão (um perfume, um jeito de dançar, um relógio usado no braço correto... e garanto que várias mulheres pensam assim também).

Claro que não faz o mínimo sentido tentar discutir gosto (e garanto que não é isso que estou fazendo), só que aqueles que se aproximam do nível 1.8 na escala métrica tem um ponto à frente na balada. Enjoy it! #ficaadica

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vamos cuidar do jardim?

Acetona é mais barata que esmalte, compre um vidrinho! Ninguém merece unhas descascando! Causa aspecto de desleixo. E outra, o cabelo é a moldura do seu rosto e exala seu cheiro por onde passa. Pelo amor de Deus, escova não dura uma semana, não. É anti-higiênico! Sua cabeça faz parte do seu corpo também, pense o quanto ela se sente ofendida em ficar tanto tempo sem contato com a água, com a limpeza, com a leveza dos ventos (porque a tendência é o óleo grudar as madeixas na cabeça e você vai ficar com aspecto do professor Snape, do Harry Potter).

Sou suspeita em falar sobre isso, mas o vermelho dá um up em qualquer visual. E especialmente quando ele se manifesta em dois pontos: nos pés e na boca. Sapatos vermelhos (e quanto mais finos os saltos, melhor) levantam autoestima e te dá visibilidade (adoro o poder deles!). Me perdoem os tons rosadas, acobreados, nudes, mas batons vermelhos causam! (Antes de qualquer coisa, aprenda usá-los! Eles tendem a destacar qualquer imperfeiçãozinha, mesmo aquelas que só poderiam ser vistas por microscópios) A boca é um foco de sensualidade do corpo e uma boca vermelha explode isso.

Por último (e o mais importante de tudo!), não acumule pelos! Os animais precisam deles para se manterem aquecidos e alguns, como os micos leão dourados, precisam deles para serem identificados. Você não é um mico, portanto não precisa pagar um. Li uma vez, em uma matéria, que as gregas da Idade Média arrancavam seus pelos com as unhas. Hoje, você dispõe de milhares de recursos e vai ficar se apegando a que? Recorra à cera, ao creme depilatório, ao aparelho de barbear, à pinça, às unhas de uma grega...

Só não se esqueça que você reflete o seu interior, então, antes de qualquer coisa, cuide-se por dentro e livre-se de sentimentos feios. Você não conseguirá absorver o que é por fora para dentro das suas emoções. #ficaadica

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pelos motivos certos

Não há maldições que irão te prender à solidão por toda vida. Você não conhece a história da Branca de Neve? E a da Bela Adormecida? As maldições não perpetuam. Certo, o budismo e algumas outras religiões pregam a existência do “carma”. Calma! Qualquer coisa, você pode parar de comer maçãs, ou evitar máquinas de costura, ou mudar de guru.

Sem entrar em questões religiosas, espiritualistas ou ideológicas, o ponto aqui é outro: seu encalhamento (lá lá lá láa...). Você não está assim porque sua família leva um estigma de que todas as mulheres ficarão para titia, ou porque você tem espírito de homem, ou porque suas irmãs mais novas se casaram antes de você. Me poupe! Seria muita mesquinharia do Universo permitir que alguém já nascesse fadado a sofrer sem ter a mínima chance de mudar as coisas. Claro que esse conceito explicaria de forma mais fácil um tanto de coisas que não entendemos ou aceitamos. É mais cômodo ter uma força superior para culpar, que aceitar que somos cercados pelos resultados de ações humanas egoístas (inclusive as nossas próprias).

Sei que temos necessidade de justificar tudo que acontece e que o medo fertiliza a nossa imaginação, mas cuidado. Não se limite pelos motivos errados. Talvez você ainda não tenha alterado o seu status no seu Facebook por não saber escolher, ou por não estar preparada, ou por ter vivido tantos traumas, ou pelo seu comportamento não condizer com o seu desejo, ou talvez porque o número de pessoas que queiram relacionamentos sérios esteja cada vez mais reduzido (a oferta de outros produtos mais práticos no mercado é grande e a vida de solteiro é mais simples), ou talvez seja tudo isso junto.

Mas se, ainda assim, você quiser se precaver procure uma boa rezadeira, tome uns banhos sal grosso, faça uma novena para Santo Antônio e entre com um processo judicial contra a sua família (que sina pesada essa, hein?). #ficaadica

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Se é pra falar...

Para a maior parte das mulheres que eu conheço, depois de conseguir estabilidade econômica e êxito profissional, o amor vem como segunda meta de vida. A verdade é que o amor anda muito instável, logo, se torna mais fácil à dedicação a uma área que depende quase que exclusivamente de você mesma para se alcançar o sucesso. A racionalidade e a realidade nos levam a essa organização.

As músicas atuais (“namorar pra quê? Se ficar é mais gostoso...”) nos levam para longe do amor. Fato. As tragédias das nossas vidas (e dos outros 96% da população feminina que conhecemos) nos levam para longe do amor. Outro fato. Os caras que juram amor eterno (a verdade é que não escutamos bem, eles dizem assim: “Enjoei do 'bom dia', hoje vai ser: 'Você é o amor da minha vida'”) nos levam para longe do amor. Mais outro fato. Até o comercial da Skol nos leva para longe do amor! (E parece que a gente acelera como se não houvesse amanhã, né?)

Recentemente, Millôr Fernandes citou no Twitter que: “‘Eterno’ em amor tem o mesmo sentido que ‘permanente’ no cabelo.” (Na mesma linha química, minha escova progressiva sobrevive por uns três, aproveitando as raspas das pontas, até quatro meses.) Quem fez isso, mundo? Quem transformou o amor em um processo com prazo de validade tão curto? Então é isso? Eterno é qualquer espaço de tempo que ultrapasse esse minuto?

Talvez eu e Lulu Santos sejamos os últimos românticos no meio desse Oceano Atlântico, mas... Ah! Deixem-me ser o amor. Eu só estou acreditando no que eu sempre cri até os Avassaladores lançarem seu grande hit! Quero ter a minha liberdade para poder me prender realmente a alguém que valha à pena e depois “eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar, e de você e de mim” (REIS, Nando). #ficaadica

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Da cabeça aos pés

Sabem todas aquelas teorias que erradicam as compras como terapia e nos acusam de loucas compulsivas? Pois é, nem sempre é assim. Não gosto de futilidades, nem de egoísmo, nem de consumos desnecessários, porém, adoro compras. E qual mulher não gosta? Quem nunca se arrependeu por um descontrole em alguma promoção que arremesse o primeiro salto 12!

Eles são tão, tão, tão... (suspiro) Perdição! Por que quando compro dois ou três livros num mês, minha mãe não berra ao mundo todo que eu sou uma compradora descontrolada? Por que esse preconceito com os sapatos? Um enriquece a mente, outro enrique o corpo. Ponto. Cada um no seu espaço. Não nos tornamos fúteis, nem centopeias, por nutrir esse apreço (e acredite, tenho mais ciúmes e zelo com meu acervo literário que com meus belos pares de calçados).

Mas, só quem já agonizou com uma TPM infeliz sabe o poder revigorante à confiança que um bom (e confortável) salto alto pode gerar. Se não fosse tão arrogante e prepotente, concordaria com meu eterno muso, Dr. House, quando disse, em algum episodio da primeira temporada, algo que indicava que a insegurança feminina e a altura dos seus saltos estão proporcionalmente ligadas. Às vezes.

O “por quê?” eu não sei, só sei que sapatos ocupam o ranking da nossa preferência e que talvez sejam para nós o que os carros são para a maior parte dos homens: um assunto que a classe detém autoridade (claro! Homens se calçam e nós dirigimos também e sempre há exceções). Eu preciso me justificar! No geral, gostamos de cores (flores, amores...), de detalhes, de poder... E sapatos causam isso! (Só tenha mesmo cuidado! Todas nós somos habilitadas a nos tornarmos loucas compulsivas! Faça uma planilha, no Excel mesmo, com suas despesas mensais e se organize dentro do seu limite.) Então, se são os pés que nos levam à diante, nada mais digno que eles façam isso de maneira glamorosa. #ficaadica

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A questão vai bem além

Tenho escutado muito a respeito desse assunto. E são coisas absurdas! Inacreditáveis! Inaceitáveis!

Olá, homens! Vivemos em uma sociedade patriarcal, mas nem tudo é como já foi, desde o século XIX, quando a mulher encontrou a chave de casa e resolveu sair da redoma em busca de empregos e de liberdade. E não é mais habitual o uso de tacapes, bastões para conquista de uma fêmea, desde a época do Capitão Caverna.

Certo! Ainda somos machistas em alguns aspetos. Por exemplo, paradoxalmente, não me sinto bem e nem quero ser dependente financeiramente de um homem (nem do meu pai mais), mas a conta do restaurante e todas as despesas do passeio podem ser deles, né? Até porque foi grande o gasto que tivemos para chegar até ali (e sim, sempre leve sua reserva. Pessoas são imprevisíveis e você não quer lavar louça como o pagamento ou voltar para casa correndo).

E há outra coisa! O legal é quando não há dominações (até porque estamos falando de relacionamento, não de vaquejada). Não é saudável que um dos lados queira controlar o outro. Afinal, já é um grande desafio a manutenção de uma união entre pessoas com necessidades psicológicas e biologicamente diferentes. #ficaadica

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A realidade

E assim eu fui informada, essa semana:

NOVA SMS SIM 1*

(sic)
Procura-se um homem bonito, fiel, meio nerd – não muito –, rico, com futuro, bom de papo, carinhoso... Para apresentar PARA MIM. ae, existe aqui ou procuro no facebook? kkkk

Acredite! Você tem capacidade para conquistar uma fusão da masculinidade do Capitão Nascimento, com a maturidade do Edward Cullen (hoje ele tem cerca de 110 anos, período necessário para o amadurecimento masculino), a pegada do Vin Diesel, a determinação do Hugh Jackman, o sorriso do Thiago Lacerda, a dedicação do Andy Garcia (como Michael em Quando um homem ama uma mulher) e o bom humor do Gerard Butler (P.S.: I Love you. Isso basta!). Você pode! O problema é que ele vive lá com o Shrek e a Fiona, lá no reino Far, far away...

E assim eu fui rebatida, ainda essa semana:

NOVA SMS SIM 1*

(sic)
Eis a dúvida: se o homem bonito e legal tá no reino distante, a gente pode se deixar cair no papo de um bonito que não presta?

Bem, é aquele lance, né? Quem não tem gato, caça com cachorro! Agradeça se encontrar um solteiro e hetero. Pague penitência se ele não dançar o “Tchubirabiron” ao volante, não surrupiar peças do seu vestuário, não gargalhar como um louco (batendo os pés e as mãos, simultaneamente) durante uma apresentação teatral que não é cômica, não dividir a conta do cachorro quente e não ter fugido da apresentação às regras ortográficas e/ou gramaticais. E o canonize se ele não agir como se tivesse 17 anos, mesmo tendo muitos verões a mais. Mas, não, não caia no papo dele. O poeta já nos diz: “Amor é amor e um lance é um lance...” . #ficaadica


* A identidade da emissora não será revelada. Eu prometi!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Finalizando

Sentimento (seja qual for) não se desfaz tão fácil, exceto quando nunca existiu, e mudanças bruscas e repentinas são arriscadas e não alteram estruturas rapidamente (exceto se você for uma construção civil). Claro que a dor tira o equilíbrio e esperanças infundadas geram dor, mas você tem que tentar se curar de verdade, leve o tempo e a energia que forem necessários. Curta sua vibe deprê, só que com a certeza de que é só uma fase e que você não quer viver sempre assim.

Sabe o que pode te impedir de se sentir bem? O direcionamento que você dá ao seu olhar. Lógico que não escolhemos todas as situações que iremos nos deparar. Há infindáveis fatores que independem à nossa vontade. Mas, raízes só se firmam quando permitimos, seja uma dor, um amor, um medo, uma amizade, esse vazio que esmaga seu peito... Eu já disse que o que está bem solidificado não se desfaz tão fácil, tanto as coisas boas, quanto as desgostosas. Portanto, cuidado!

E vou soltar uma verdade (uma verdade minha!): não consigo entender tudo o que vivo, mas decidi filtrar o que não me faz bem. Nada de fazer o estilo “rancorosa”! Não faz bem ao meu estômago, ao meu sono, nem à quantidade de mãos que terei para me amparar, se necessário.

Espero que por essa semana já chegue desse assunto (finais, e rompimentos, e suas implicações, e mimimi...). Ou estou sem inspiração, ou estou canalizado-a em um único ponto (olha o erro!). Tomara que um bom happy hour mude essas perspectivas. #ficaadica

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quando acontece

Foque seus olhos no que realmente faz sentido. Pregar energia em qualquer coisa que já tenha falido não é sadio. Pode até não ter sido opção sua, mas se quebrou. E não, não dá para fazer remendos, ou destrói (isso mesmo! Quebra geral!) e faz tudo de novo, ou esquece.

E sobre relacionamentos, claro que dói! Seria ser muito sem apego para afirmar o contrário. Foi um tempo gostoso de convivência e que de repente acabou. Mas, poderia ter sido pior! Juro! Ele poderia ter morrido (isso não é melhor, Natália! Não te deixaria com um pouquinho mais de dignidade, mesmo você sendo uma "estrela de luz"!). Quando é assim, nenhum dos dois queria a separação, planos ficam em aberto, não há possibilidade de transformar o amor em amizade, nenhum havia desistido do que sentia... Tudo se perdeu por uma fatalidade da vida, não há raiva para ajudar matar o sentimento ou para impulsioná-la à superação.

Não tenho muita certeza se acredito em destino, acho que existem propósitos, mas cada um trilha seu caminho. E sabe Deus? O ser maior da espiritualidade, que se dispõe a fortalecer a todos pela fé e que exala o perfume do amor? (Não to enlatando Ele em conceitos carregados de religiosidade.) Acredito que Ele esteja pelo Universo conspirando pelo bem de todos e que não quer que haja sustentos com migalhas (nem de pão, nem de sentimentos). Corra atrás do que é completo, do que te satisfaz e te engrandece como ser humano. Se você quiser mesmo, os bons ventos soprarão ao seu favor. #ficaadica

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Saiba com o que você está mexendo (Parte II)

A gente não sabe o que é melhor, a gente sabe o que quer. Só que, quando reencontramos nossa paz, talvez, nem tudo que desejamos seja mais tão preciso. Seja racional (e fria, se necessário) e analise o tamanho da angustia que você se envolveu. Cada lágrima de dor (não de saudade, mas de dor mesmo) vai diluindo o que foi construído em sorrisos. É aquele lance: “a ingratidão faz perder a afeição”.

Num relacionamento, confiar é acreditar no limite que o outro se impõe. E isso se perde quando há traição. Tem gente que tenta colar, consertar, perdoar, e esse grupo se divide em dois tipos de pessoas: as nobres (que não desistem de acreditar no ser humano, apesar das suas falhas, e se empenham a um recomeço) e as bobas (aquelas que temem enfrentar a dor de um rompimento e vai se sujeitando a coisas cada vez mais agressivas a si mesmo).

E o homem que trai é tão covarde que não vai querer assumir a culpa por isso. Ele vai colocar o peso pelo acontecido em suas mãos, ou por você não estar em casa no horário combinado, ou por você não aceitar se afastar de alguém, ou por você não ter dado atenção ao relacionamento (sim, ele não se lembra de tudo o que você já fez) ou por você não ter usado uma roupa branca na virada do ano (não se assuste! Os argumentos serão os mais ridículos). Reza a lenda que homens que são muitos ciumentos, desconfiados e inseguros são assim por terem medo dos reflexos das suas próprias atitudes. Eles pensam que, se eles fazem ou fizeram, todos reagiram da mesma forma.

Sem autopiedade, please! Vocês viveram momentos lindos, dividiram muitos sorrisos, muitos momentos de segurança, de paz, de prazer... Mas serei cruel! Isso foi mesmo relevante quando ele decidiu que precisava de outra pessoa (mesmo que tenha sido por um único minuto)? A Biologia, a Psicologia e outras ciências justificam a tendência masculina à infidelidade através de vários fatores. Só que eu confronto todas essas teorias com uma pergunta: se ele não pode usar a racionalidade (é! Aquela característica que o distingue de um cachorro, por exemplo) para controlar instintos primários, a relação vai se basear em que? Numa combinação astrológica ou, mais instável ainda, no estado de humor do belo rapaz?

Não estou questionando a intensidade da sua dor, ou a realidade dos seus sentimentos, apenas te dizendo para se dispor ao futuro. Creia no que acalma seu coração, pelo bem do que você busca, mas não deixe de ver além. Sabe aquelas coisas boas que vocês viveram? Pois é! Motive-se! Os momentos foram bons porque você também os fez. Diminua a sua culpa e se arrisque mais! #ficaadica

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Num passo

E seria um passo de cada vez. Bem, desejava que fossem todos a levando à frente, mas, vez ou outra, acabava recuando. Ferida quando não fecha, acaba correndo risco de doer de novo. Mas, o bom é que ela sabia que se curaria. Seria só mais uma marca. Como todas aquelas que já a acompanhava.

Não tinha certeza do queria. Na verdade, nunca se teve. O caminho se apresentava mais verde, mas, o céu mantinha-se cinza. “É só uma fase! É só fase!” – repetia ao vento quando se atentava à falta de luz. E os passos tornavam-se mais rápidos. Talvez, apressados, esperariam encontrar mais cedo o céu que brilhava à diante.

O mundo se abria ao novo, precisaria reagir da mesma maneira.