quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Levanta!


Você acorda. Mas não se levanta, só acorda. Wake up. Apenas.

O sol parece estar lindo e ainda há algum tempo para ficar na cama... bad choice! Além de apurar seu inglês, você resolve sistematizar a situação: três quilos para expulsar da região abdominal, motivação zero, finanças quase lá, insegurança e carência dignas de uma bela TPM (mesmo, biologicamente, sendo pouco provável nesse momento), a resposta que seu celular deve ter se esquecido de te dar, o comentário que você deveria ter se esquecido de ouvir...

Melhor parar por aí. Você não tem uma TPM, uma briga com seu namorado ou uma tragédia pessoal para culpar. Isso tudo não deve passar de uma combinação astrológica onde os elementos regentes entraram nas casas astrais indevidas e se aglutinaram dessa maneira em seu carma. Não se preocupe! As previsões são mutáveis e instáveis nas mesmas proporções.

E agora, you need get up (nem que seja rolando da cama)! Mesmo daqui, me parece que hoje você só vai se curar sobre saltos 15 e sob seus óculos escuros favoritos. #ficaadica

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Da cor e do amor


E será numa analogia barata que vou explicar uma coisa a uma amiga: marcas de esmaltes lançam aquela cor perfeita que você se apaixona à primeira vista. Tudo é perfeito! Você compra uma, duas, três, quatro vezes e, de repente, sem nenhuma explicação, ele some do mapa! Você muda de mercado, vai às lojas de cosméticos, procura em sites de vendas... nada. Ele se foi. Para sempre! A mesma coisa acontece na vida...

Você vai encontrar alguém que tenha o tom perfeito para você e vai se apaixonar. Como acontece com os esmaltes, você pode ter sorte e a cor se perpetuar na linha, mas isso não acontece sempre. E você vai deixar de pintar as unhas por causa disso? Claro que não. A nova coleção chega e os seus olhos vão se encantar por uma novidade.

Não vale a pena desistir de amar, é isso que colore a vida. Agarre-se mesmo aos laços mais difíceis de se libertar, sem ter medo! Você quer ser feliz e precisa ser independente o suficiente para lutar por isso. #ficaadica

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

É o que temos pra hoje

Eu até protelei, minha atual conjuntura me leva à imparcialidade, só que uma bela amiga me veio com esse tweet essa semana: “Se os de 30 estão usando cantadas do @pedreiro_online, o que esperar dos de 20?”. Com certeza você sabe (e conhece mesmo) o que ela está indagando. 

A grande questão da vida “por que os homens demoram tanto para crescer?” direcionou meu olhar a outro ponto: não seríamos nós, mulheres, que aceleramos o processo evolutivo? Volte à infância, com quantos anos trocamos as bonecas por gloss e paletas de sombras? Os homens passam a vida para se desprender da bola e do videogame (e na maioria dos casos, não conseguem). 

Meu primo de 11 anos bate apostado figurinhas com os colegas e compete vigorosamente em jogos virtuais. A colega de sala dele, na mesma idade, já está à caça do público masculino (ela manda bilhetinhos de amor para os meninos). Talvez sejamos nós as eternas vanguardistas em busca de problemas desde cedo

Feche os olhos. Respire fundo. Você não vai ensinar o que não pode entender. A linguagem não é, nem de longe, a mesma. Homens estarão sempre nos surpreendendo, mesmo aqueles já trajando ternos para trabalhar conseguem ter o gênio como o do meu priminho. E, quanto às cantadas, não desanime, até os de 40 têm déjà vú juvenil. #ficaadica

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O que a raposa não disse (ao Pequeno Príncipe)


A raposa está certa, é mesmo uma coisa muito esquecida, a gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa. Só que, o que ela inclusive se esqueceu de alertar ao Pequeno Príncipe, até que ponto nós cativamos o que se tornou nossa responsabilidade? A gente quase sempre cria a necessidade e não se lembra de demonstrar isso.

Entre o casal é preciso mais que fidelidade. São fundamentais os gestos que demonstram o porquê e o quanto se querem, as surpresas e saudades e até mesmo as mensagens abobalhadas no meio da tarde.

Entre amigos é preciso mais que o ombro no final do namoro. São indispensáveis as broncas fundamentadas, o encontrinho no meio da semana pra falar besteira (nem que seja na ligação de meia hora antes do cursinho de inglês) e até mesmo as declarações entre as bebedeiras.

Entre as flores e cores é preciso bem mais que a vontade de se envolver. Não basta só querer, você tem que reconhecer o porquê do ter. As coisas deixaram de ser? Dificilmente. O que é cuidado só tende a aumentar.

Você sabe que “só se vê bem com o coração”, mas, o que a raposa se esqueceu de novo de avisar é que, é muito mais difícil entender o que é “invisível aos olhos” e quando não se percebe a necessidade, circunstancialmente, os laços se inclinam a afrouxar. #ficaadica

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O roteiro não é bem assim


Personagens de novelas fazem mal à autoestima feminina. Fazem, sim. E não é só pelos melodramas que sempre terminam em amores perfeitos felizes para sempre (aquilo que na vida real não acontece nem parecido). As mulheres das novelas estão cada vez mais passivas e suscetíveis aos caprichos masculinos.

Não que eu goste (ou tenha tempo) de acompanhar toda a trama, mas em casa sempre tem alguém com telinha ligada na novela das 19h ou das 21h (aquela que nunca começa no horário marcado). Na novela das sete, a mocinha foi pisada e humilhada pelo playboy que descobriu que ela era pobre, ficou rica e reatou com o seu malfeitor. Na novela do horário indefinido, uma dita lá é enganada a vida toda pelo marido (de todas as formas possíveis: afetiva, financeira, verbal...) e depois de uma volta num iate e uns amassos sede a ele novamente.

A vida real não precisa imitar a arte, viu? Mesmo parecendo que a arte reproduz casos encontrados pelas avenidas brasileiras, a gente não deve viver à sombra de um conto “telenovelístico”. Não são Manoel Carlos e João Emanuel Carneiro que escrevem o roteiro da sua vida. Não há um enredo programado em que o eterno pegador se tornará o redimido apaixonado. Nós já aprendemos isso na própria carne, é melhor não levar tão a sério as histórias do Projac. #ficaadica