sábado, 21 de dezembro de 2013

O fim do ano e o "Complexo do Sapo"

Arquivo Eletrônico



Sempre tenho crises de final de ano. É uma coisa minha, já faz parte da minha natureza, é quase a finalização de um ciclo... Ah! E todo mundo pode ter uma “frescurinha” de vez em quando. Entretanto, este ano, a coisa está um pouco diferente. O que está acontecendo com todos os casais? (Tá, pelo menos com todos os que conheço!)

Tá todo mundo enfrentando crise ou rompendo laços por todas as fases do relacionamento (dos três meses aos três anos) em quaisquer faixas etárias (casais na segunda dezena da vida ou na quinta). Há quem queira reavaliar as prioridades e tudo que deixou de lado durante os mais de três anos de namoro, quem termina um namoro de alguns anos por que “já deu”, quem passou a enxergar defeitos na, até então, “alma gêmea”, quem pensa em jogar tudo para o ar depois de uma dúzia de anos de relação, quem perdeu a cabeça com a desatenção e cortou o rolo antes mesmo das raízes se aprofundarem, quem não entende mais o porquê do casamento... (tudo fato real e recente!) Tá tenso até para os casais "queridinhos" do meio artísitico! Grazi Massafera e Cauã Reymond já não vivem mais o "felizes para sempre" e Neymar e Bruna Marquezine mudaram os status nas redes sociais.

É fato, as fases ruins existem, mesmo sem traições, o casal se cansa, a paciência diminui, a necessidade de provocação aumenta, as dúvidas te enchem a mente... Isso é comum. O problema é a concentração de problemas conjugais nas últimas semanas. Todos parecem ter algo negativo a pontuar sobre os seus romances.

Como também tenho perdido algumas noites, desenvolvi duas teorias. A primeira é: conspiração! Sim! Tipo aquelas da "Teoria da Conspiração" mesmo! A combinação astrológica do mês foi moldada para arruinar a vida amorosa de quem tem um par, o comércio aproveitou para aumentar a venda de cerveja (o que deixa os homens mais ansiosos por “liberdade”) e de sapatos (que, quando de saltos altos, deixam as mulheres mais imponentes), a mídia explorou o quanto faz bem viver só e conquistar sua “independência”, os grupos de amigos começaram a comentar mais sobre as “gostosas” do barzinho, os grupos de amigas começaram a reclamar da falta de atenção e do quanto o carinha da academia melhorou e, aí, ano que vem, será chegará no mercado um protótipo americano de namorado (a) perfeito (a) robô que aquecerá a economia europeia (os robôs serão produzidos lá na Grécia) e permitirá que os “venusianos” controlem todas as lanchonetes Subway do planeta. E fim.

Já a segunda teoria, demorou mais tempo para ser notada devido a sua complexidade: alguma das partes do casal sofre de “Complexo do Sapo”. Explicação: um dos lados acha melhor engolir todas as moscas, ou porque não sabe agir de outra forma, ou porque não gosta o suficiente para tentar consertar as coisas. Aí, como qualquer dieta desregrada, em algum momento, gera estouros. E final de ano é sempre uma correria e, também, um marco para novas resoluções, logo, coisas acontecem. Melhor ser prudente, né? #ficaadica

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mande a vida sonhar!

Acordara tão desmotivada que havia optado por sair do palco e... 

Tá, desisti! Era mesmo para ser um texto "melodramaticamente" poético, but... Falta-me forças para talhar as palavras, portanto, hoje, as soltarei por aqui.

É que, na verdade, eu estava pensando o quanto a vida é autoritária! Ela nos conduz por mudanças lentas e sutis... Nem percebemos, mas deixamos de lado (ou para trás) um monte de coisas que sempre nos fez bem. Sim, acredito na lei do desapego, não dá mesmo para carregar tudo por todo o tempo, só que, às vezes, você cai em si e percebe que ainda adora aquele creme com cheirinho de frutas e não o encontra mais em seu armário, você ainda gosta de cantar no chuveiro, mas nem se lembra mais as letras que caem bem com o seu timbre.

Acho que anda faltando tempo para sonhar. Sonhar de verdade. Gastar tempo com coisas que podem (ou não) acontecer. Lembra o quanto se divertia imaginando encontrar um amor em uma esquina e planejar toda a vida numa casa com uma parede vermelha? E todas aquelas destemidas e desbravadoras viagens pelo mundo? E quanto ao emprego que lhe faria acordar antes mesmo que o despertador tocasse? Não precisa traçar metas e objetivos, só se projetar por alguns minutos onde quiser. Vá a Nova York, caminhe por alguma praça, depois que sair do trabalho, em dias outonais e viva um grande amor por lá.

Sobre a vida, mantenha sempre boas pessoas por perto, mas, se por alguma razão, você não fizer parte dos planos alheios, supere. Depois que passar o momento "ninguém me ama, ninguém me quer, blá, blá blá..." e todos os seus apelos por atenção forem fracassados, você vai, racionalmente, começar a entender que as agendas atuais andam corridas e apertadas de verdade (inclusive a sua!). E ninguém fica completamente só, portanto, dê menos atenção ao drama! Há aquele cara engraçado que te conta uma piada todos os dias na academia, há sua mãe (ou sua avó) que sabe fazer aquele chá superpoderoso, lógico, há sua operadora de celular que sempre te manda dezenas de mensagens por dia e há pessoas que aparecem de vez em quando.

Entenda, a vida é mandona mesmo! Mas a coitadinha só conhece a realidade, pouco (ou quase nada) sabe sobre os sonhos... Você é quem não precisa ser como ela. Mantenha-se aberta, escolha bons livros e uma sequência incrível de filmes (mesmo que sejam comédias-românticas), compre um cachorro (ou dê mais atenção ao seu priminho mais novo), volte a usar seus cabelos ondulados e tente ter mais lapsos de lucidez em meio à TPM. É transcendental! #ficaadica

Arquivo Pessoal

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O que eu ainda posso dizer

Vem cá! Deita aqui comigo. Não, não quero mais do que isso. Prometo tentar me controlar, mesmo com o perfume da sua nuca me enlouquecendo. Eu até posso viver sem você, e continuo querendo viver. Sei que muitas coisas me encherão os olhos, a boca, o corpo, só que... e depois, quando eu chegar em casa, descer do salto alto,  tirar toda a maquiagem, onde encontrarei aquela sua camiseta laranja velha? Posso parecer boba, só que sentirei falta dela. Até porque, sei que você a catou dobrada em cima da cama, usou depois do banho e, para que eu não percebesse, a jogou entre as cobertas de novo. 

Tá, mas, e daí? Ando esperando por surpresas. Na verdade, sempre andei. Mas, faltaram flores na mesinha do meu quarto e papéis amassados de bombons naquela lata que escondo no guarda-roupa, faltaram guardanapos com recados de mesa de bar dentro de livros esquecidos e canções que transcrevessem a sensação de andarmos de mãos dadas, lado a lado. Faltaram banhos de chuvas, com roupas coladas e amor no chuveiro, e noites estreladas com promessas. Reconheço, faltaram por minha parte também. Poderíamos ter gritado mais alto em meio à raiva, ter comentado mais sobre os meus textos, ter cantado mais durante suas canções. Hoje, parece que o silêncio sufocou mais que as brigas, sufocou o que insiste em nos ligar.

To aqui, querendo sobras. Não de você, nem do que sente. Não de migalhas. Quero o que sobrou entre nós de nós. Quero essa folga entre os braços, e, também, o lado esquerdo da cama. Quero o gosto de abraço em minha boca e, ainda, uma xícara de café com leite sem açúcar. Quero molhar o piso da cozinha e perceber que você secou sem dizer nada, já que a minha intenção sempre é muito boa, não é? Ah! Não posso deixar de te dizer que quero a vitória de provar que você estava errado. Sempre esteve. Principalmente, sobre mim. Sou colorida demais para ser culpada por desencantos. Só que agora, sobra muito espaço para caber isso entre a gente.

sábado, 31 de agosto de 2013

O problema não é você

Não, ninguém nasceu para ser só. Fique tranquila, é bem clichê assim! O problema não é você, é a falta de paciência do ser humano em manter duas diferenças unidas. 

Se há um lugar em que nós, mulheres, queremos estar (mais até do que vestida de noiva num altar) é numa zona de conforto, sobre o controle da situação. Mas, é melhor perder alguém que se perder. Por isso, às vezes, desistimos com o maior amor no peito, em outras, prosseguimos em vazio

Amar é mais que abrir mão da estimada batata frita porque ele prefere outro petisco, é mais que a mudança (ou não) nos planos do final de semana, é mais que ser a forma exata para o encaixe de conchinha... Tudo isso faz parte, mas não é suficiente. 

Com o tempo, você percebe que é preciso bem mais que gostar para as coisas darem certo e entende que as pessoas que fazem falta podem levar a vida numa boa com a distância. Acredite, saber disso muda muita coisa. #ficaadica

Arquivo Eletrônico

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Traçados

Arquivo Pessoal
Eu sei que você não se importa, mas eu parei de te esperar. Suas afrontas veladas não me tiram mais do sério. Sua indiferença? Acho que está esquecida naquela gaveta que juro organizar há mais de um ano. 

Não me incomodo em ir sozinha ao cinema ou àquela padaria onde dividíamos sonhos. Não espero mais que ninguém mude por mim, descobri que as pessoas só mudam pelo que sentem. 

E sou impulsiva demais para fazer escolhas certas. Ando solta, mas, tão firme quanto quando andávamos de mãos dadas. Não sei nem se isso é seguro, mas, quase sempre, me parece o mais saudável. E sobre a minha força e eu ser tão poderosa... Prepara! Bem de perto, sou menor. Tenho medo de perder o chão, de perder o certo e até de perder você.


Acredita que, ainda assim, mudaria tudo por suas palavras? Te contei os meus medos e isso me trouxe ao lugar de onde fugi: suas mãos. Gosto delas. E dos seus braços. E dos seus abraços. Daquele jeito que são só meus. Daquele jeito que me buscam na madruga e me prendem num espaço que eu não quero mais sair. 

Desde quando estamos tão um? Não te vi tomar conta do que um dia eu fui, nem te sentir tomar conta do que agora sou.

Olha aí, voltei. Não adianta. Aqui dentro, já te matei em todas as noites insones e te revivi antes mesmo de gritar a sua perda. Culpa daquelas tardes, deitados, enrolados num cobertor verde e daqueles filmes ridículos (ridículos por serem cheios de sentido que nos tiravam dali) e culpa da minha culpa que te pune por não ter me dito o que eu queria ouvir.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Num punhado de saudade

Desde ontem me cansei dessa brincadeira de ficar longe. Ainda assim, agora, a saudade me parece algo demasiadamente colegial: gostosa, mas, desconcertante para esta época. E não quero ouvir seu sorriso ao ler essa verdade. Guarde-o para o beijo que pretendo te dar ao final desta leitura. Desse, sim, não me cansarei. Nunca. Por todo o sempre que estiver ao meu alcance. Falando em alcance, seu sabor tem passeado em meu gosto. Ao que me recordo, tão deliciosamente quente que me arrepia a espinha. E tenho sentido esse arrepio. Mesmo de longe. Sinto por fora, completamente sem critérios, sem modos. Diferentemente do que sinto neste pedaço de papel, tão cheio de advérbios modais, de realces particulares, de presença da sua falta. São tão nuances suas. E minhas. E nossas, de nós dois juntos forjando esse termo.

Eu te achei nesta ausência. Em pedaços miúdos. E me refiz depois, justo entre o medo de ser sozinha e o desejo por liberdade. Não teve nada a ver com esse encontro. Foi algo de passos trôpegos e só. Só de somente. (Você me deixaria fazer esse trocadilho piegas com só e mente? Achei mesmo que não.) Poderia jurar que te fiz maior, só que prefiro não me arriscar a te perder em resquícios vívidos e, espero, breves. Você sabe o quanto gosto de pele, de pelo, de encostar a cabeça em seu peito.

Ia te pedir, neste instante, uma canção para essas palavras. Dedilha alguma coisa enquanto me lê. Meus olhos sussurrarão aprovação, os manterei concentrados dessa vez. Só não quero som de saudade, deixa que isso eu encaixo em minhas letras e prosas. Ou em minha ligação no meio da noite. Expressa outra coisa. Não só com o olhar. Quero te ouvir. Mas, antes de tudo, quero te falar, te provar em meu corpo distante. Descarregue em mim qualquer coisa surrada e, aí sim, te darei a deixa para ficar calado, deitado ao meu lado.

Arquivo Pessoal

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Acontece assim, sempre

Se você precisa lembrar a este alguém que sinta sua falta, apresse-se em não ir muito adiante. O tempo refina toda relação, as circunstâncias te trarão muitas pessoas e as adversidades te mostrarão quem deverá ficar de verdade. E, pode apostar, ficarão.

Das milhares de mãos que celebrarão suas vitórias, poucas estarão estendidas realmente. E não ouse pousar de vítima. Felizes os que apenas têm cinco ou seis pares de braços firmes para momentos difíceis ou tardes alheias, eles são sinceros.

O fato de ter tal afinidade não vai te poupar dos destemperos, afinal, que cabeça dura, não é mesmo? Claro, não subestime o valor de ninguém, todos nós somos falhos e, às vezes, agimos guiados por interesses inexplicáveis. E quando dá aquele rompante, o mundo gira e te surpreende outra vez.

Busque o que busca também, na mesma medida, no mesmo sabor. Não tenha pressa em conquistar todo o amor que pretende. Ele pode se dividir em mais fontes do que você imagina ou ser mais concentrado que qualquer outra coisa que já tenha provado. #ficaadica

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Historinha de princesa

Não gosto de ser catastrófica, mas, lamentavelmente, esse é o tipo de situação condicionalmente irreversível. Aprendemos, desde bem pequenas, que existe um tal de “feliz para sempre” e que ele depende exclusivamente do encontro com alguém. Essa é a razão por, toda vez que nos magoamos com um possível “alguém”, nos sentirmos tão fracassadas.

Precisamos entender que, por mais constante e galante que seja o príncipe, hora ou outra, ele parte em uma expedição. Ou para aperfeiçoar suas práticas de guerra, ou para expandir seus limites, ou para conquistar novos territórios... E, bem, a regra não é que ele volte e aporte no mesmo cais. 

A sorte é que nunca estamos sozinhas. Princesas contam com fadas madrinhas e, ainda que num torpedo, sempre encontram o afago necessário para manter o título (mesmo que seja de princesa ogra Fiona ou princesa guerreira Xena). #ficaadica

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ainda existe

Você nasceu sozinha? Não! No mínimo, dentro da normalidade, você ainda nasceu bem segura à mamãe. Agora, vai desistir das pessoas e buscar a autossuficiência? Parece tentador, mas não sei se é tão lindo assim. Claro, se sua meta for chegar a uma gruta, com cabelos desgrenhados e coberta com o couro de algum animal que você despelou, estará no caminho certo (só não tenho certeza sobre a era).

Valerá a pena desistir da nossa “civilização” (dúvidas sobre adjetivar toda a humanidade assim ultimamente) por ter se frustrado com alguma coisa (ou muitas)? Bem, cada caso é um caso, só que, ainda, parece haver o que é digno de investimento bailando por aí. E, lamentavelmente, muita coisa horrenda também.

Tem quem nunca agradeça (por mais bravura e empenho gastos no feito), quem é péssimo em matemática e conhece pouquíssimo sobre a divisão (compreendida como o método utilizado por dois termos compartilhando resultantes), quem não confia e se torna inconfiável, quem machuca porque precisa se dar bem, quem nem se importa... Tem gente para te magoar de todos os modelos possíveis.

Mas... Há quem precise te ouvir no meio da crise, quem faça questão de dar uma passadinha em sua casa, só para sorrir depois de um dia cheio, quem reza pelo sucesso dos seus sonhos e você nem sabe disso, quem conhece além da divisão e te vê como termo de multiplicação, quem te ouve de verdade e não como argumento para se vangloriar diante da franqueza da sua fraqueza (com direito a colisão de palavras).

Portanto, reveja quem te cerca e não somente o quê. Agora, assim, caso encontre um caverna legal, confortável, relaxante, de fácil acesso, alimentação farta... Não hesite em me ligar passando a localização. Porque não tá fácil, não, viu? #ficaadica

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Quase sem (ou cem) censuras

Estou em crise (ultimamente, tenho sido dessas com mais frequência que a TPM) e abusada com um tanto de coisa, inclusive com abuso de gente (na amplitude do termo). Só não abrirei mão do meu blog, não agora. Porém, como prova do meu desgosto com a humanidade, irei “soltar o verbo” neste post.

Para começar: não sou adepta aos contos de fadas, só que o patinho feio já se transformou no rei do lago. Em análise, acho que é por isso que “a beleza não põe mesa” (ou cama, numa adaptação mais adequada), todo mundo quer acreditar na beleza que não se vê. Formosura não é, definitivamente, critério feminino.

E sabe o que dizem sobre a grama do vizinho ser mais verde? Pois é... Parece que é bem mais acolhedora também. Mas, só parece. Não venha tentar me provar que a carreira, o relacionamento, a autoestima, a vida sexual, a relação com a balança e com o saldo bancário e até o português e o inglês de alguém vivem em perfeita harmonia. Você pode até “comprar o peixe”, mas, se passar um dia nesse jardim, perceberá o quanto a cobertura está falhada. E outra coisa, quem berra efusivamente alegria, ou está mascarando uma dura realidade ou tem transtornos psicóticos.

Finalizando: é sempre assim, tem a caça, o caçador, os seus dias certos e você, interpretando o que a vida escolheu para o momento. Só não se acomode. Não pense que a vida não tem mais a te oferecer. Se você vem dando o seu máximo à situação e o retorno não é nem de longe parecido, get up! Mude a rota, mude os ventos, mude o que for necessário, mas, mude. Pode até não melhorar muita coisa, no entanto, será diferente. #ficaadica

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amor para todos os dias

Segredo: intimidade envolve muita coisa e preciso dizer que é bem mais do que relata a perfeição das propagandas do mês de junho. O comércio acelerado e os coraçõezinhos em toda programação midiática não se lembram de que, antes de ter alguém para ficar agarradinho hoje, estamos em busca de amor e não simplesmente de um namorado.

Além da data especial para os casais, esse mês faço um ano de namoro. Um ano inteirinho... Sabe o que isso significa? Já vi lindas noites enluaradas ao lado dele, porém já atravessei pedaços do deserto do Saara (e sei que isso não é privilégio meu). O amor é justamente o laço que te impede de enlouquecer dentro do relacionamento.

Enquanto você dorme, ele sempre acende a luz ou liga a tevê do quarto, isso te enlouquece, mas passa logo, porque ele sempre acha que o seu despertar foi natural, te puxa para mais perto e te enrosca num abraço.

Em contrapartida, você não reconhece o valor do tempo. Os “dois minutinhos” que você pede para ele te esperar na saída do salão duram mais que meia hora e o atrasa para o trabalho. Só depois da bronca ele te perdoa, afinal, também faz bem ao ego dele te ter sempre bonita e bem cuidada.

Sem falar nas brigas! Ah... Quanta adrenalina! O descontrole enfurece, o silêncio dilacera. Mas, depois, mesmo jurando que não tem mais jeito, você sabe que o melhor lugar para se consolar é entre os braços dele e ele, por sua vez, mesmo se mostrando indiferente, não consegue ficar muito tempo sem ouvir a sua voz. Eu sei, não faz o menor sentido, só que costuma funcionar assim.

Apesar das crises, quando duas diferenças estão dispostas, tudo que for de encontro à vontade de continuar vai se tornar pequeno. E, ao que parece, isso é porque as campanhas publicitárias têm lá seu lado verdadeiro. #ficaadica

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Junho aumenta

O mês de junho é bastante paradoxal. Mais um dia dos namorados chegando, os solteiros podem até se chatear por não terem trocas de presentes nem jantares românticos, contudo, em poucos dias terão o São João inteirinho para botar fogoBem, como tenho um pouco mais de 20 anos de experiências solteiras na data em questão (inclusive, ótimas sugestões de viagens para as festas juninas) e muitas amizades, sei que não está fácil mesmo.

Além dos problemas conjugais batidos em nossos cotidianos, a situação aqui é agravada por outro aspecto. Segundo o último censo (aquele feito pelo IBGE em 2010), no Brasil o número absoluto de mulheres supera o de homens em quatro milhões. Numa população estimada em pouco mais de 190 milhões você pode até achar que não é uma diferença muito grande, mas comece a pensar em população ativa (exclua os menores de 16 anos [?], gays, padres, presidiários, casados e todos os outros grupos que, teoricamente, estão fora do mercado), é óbvio que essa diferença vai aumentar.

O bom é que o Brasil vai de encontro à expectativa mundial. Eu li uma matéria na Super que afirma haver no mundo mais nascimentos de homens que de mulheres (uma média de 1,05 boys para cada girl), o problema é que, segundo o próprio texto, essa diferença cai proporcionalmente à elevação da faixa etária. Complexo...

O que eu posso fazer é deixar duas dicas estratégicas: se você tem dinheiro, organize-se e vá morar em países como Catar, Emirados Árabes ou Bahrein, onde são registrados os maiores números de homens para cada mulher. Caso essa realidade não se adeque a sua, se apegue à fé! Como dia 13 é dia de Santo Antônio, compre uma imagem do “santo casamenteiro”, coloque-a virada de cabeça para baixo num copo d’água e prometa só tira-la depois que desencalhar. Não garanto eficácia em nenhuma das hipóteses, mas para quem não arrisca fica ainda mais difícil. #ficaadica

terça-feira, 28 de maio de 2013

O que não seria

Tinha ouvido em vento o que explodira pouco antes da certeza. Nem sabia ao certo como chegou ali, trôpega em sonhos, embebedada em dúvidas, esgotada de corpo e alma. O sussurro quente demorou a desfazer-se dentro do espaço tão familiar e, por horas, tangeu o pedaço de sol que entrava pela cortina esquecida aberta. Preferiu não mudar nada naquele cenário, a brincadeira entre brisa, tecidos e raio de luz.

Escorregou até o piso frio e sentiu um estranho conforto percorrer-lhe a pele. A claridade, já não tão abundante, soou concordante com a penumbra que a calou. Havia aprendido com crepúsculos e, antes de perdas, proibia-se afastar do brilho em seus olhos. Lágrimas não mais a sufocavam.

Do chão, percebeu o quanto destoou aquele lugar, desencaixou-se sem notar e perdeu-se no roteiro. Não era ela. Não era dela. As paredes, coloridas pelo tempo, enclausuraram-lhe o fôlego e, ofegante, não escutou o que por toda vida disse a si mesmo.

Viu pares de sapatos e roupas usados e esquecidos fora do armário, a porta que deixou entreaberta, a dança do seu coração que pulsava tão fora do ritmo e chegou até a ver os estilhaços do que restou. Nesse momento parou. Ficou com medo, com dúvidas e esqueceu-se de respirar. Não quis mais abrir os olhos e ter que olhar de novo o que sobrou, poderia ter sido pouco demais para sobreviver, poderia ter sido grande demais para morrer.

Só que não resistiu, percorreu com os dedos sobre onde mais doía. Passeou entre lembranças e então percebeu que se enganou quando encontrou os bons momentos. Foram eles que latejaram. Sentiu que as queixas por desafeto fizeram menos barulho que as trocas de olhares e que a ausência de planos nunca lhes afastaram as mãos. Soluçou em seu pranto velado.

Foi quando ela notou que o chão não era o mesmo, que os embalos da cortina abandonaram a graça e que a sombra desbotou a luz. Não relutou. Naquele momento sentiu que não cabia ali e que, talvez, sequer coube por uma só estação.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Só entenda


Não é fácil ser mulher. E você pode poupar seu tempo de argumento contrário ou equiparação entre gêneros, porque eu não vou mudar minha opinião about this. Não agora. Não nas atuais circunstâncias. Num outro dia, quem sabe? (Não sou intransigente, tenho uma média de 6% de redutibilidade em minhas opiniões.)

A Terra exige muito da gente, o sol exige muito da gente, da nossa pele e dos nossos cabelos, a moda exige muito da gente e da nossa renda, a mídia exige muito da gente (e não só das jornalistas), a sensibilidade exige a alma da gente, os relacionamentos exigem demasiadamente da gente (mas eu te amo, nego), a sociedade exige muito da nossa inteligência/beleza/coerência (juntas), as ladeiras, gente, exigem muito da gente e dos nossos saltos... Mas, a cobrança não é o problema. Não em regra.

Exigência, dentro da normalidade e quando você não é amarrada ao pessimismo, motiva ao aperfeiçoamento, à cautela, à realização pessoal e à superação. O copo meio cheio também é o meio vazio, tudo depende de como você se dispõe a enxerga-lo. Motive-se mesmo! Seja linda, agradável, inteligente, sociável... MAS (e esse “mas” é importantíssimo), seja o melhor que VOCÊ pode ser. Tenho uma teoria de que as pessoas se tornam frustradas quando começam a querer se igualar às outras.

Claro que de vez em quando a gente dá uma espiadinha na gostosona da academia, ou fica de queixo caído com a coleção de 200 pares de sapato da chefa, ou se desmotiva por ter sido passada para trás pela nota alta da coleguinha, mas isso não deve se tornar um peso nem uma obcessão. A vida já exige muito da gente, lembra? Nada que for negativo vale o gasto de energia e, além disso, seu biótipo pode não ser igual ao da “malhadona” e o resto você alcança com o seu empenho. Ah! E autoestima é tudo, viu? Invista pesado em você!

Realmente, temos muito a oferecer e espere mesmo o melhor da gente, contudo, registro minha súplica ao Universo: perdoe nossos desequilíbrios (especialmente na TPM) e quaisquer crises bipolares, ofensivas ou chorosas decorrentes. O ser mulher vai além de saias e batons. Bem além. #ficaadica

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Para dividir


Nunca me esqueci de uma coisa que ouvi do meu primeiro namoradinho, lá na minha adolescência. Eu tinha 16 e acho que ele um ano a mais quando me disse que precisávamos de cumplicidade para “dar certo”. Bem, nosso namoro durou apenas mais algumas semanas posteriores ao apelo, mas a questão não é essa.

O fato é como um garoto (no quesito relacionamento o homem demora mais de perder esse título) de 17 anos (e estou quase certa sobre essa idade) sacou que a durabilidade de uma relação se estende sobre tal comportamento, se isso é tão difícil até para os mais maduros?

Você tem noção da situação? Ele estava no início da carreira, movido (SOMENTE) por hormônios, talvez nem soubesse qual o sentido (prático) do que estava dizendo, mas foi de uma sabedoria e coerência infinitas em sua análise. O engraçado é que na época não tinha maturidade entendi a importância de, além de beijos, dividir essência com alguém e, hoje, a falta disso incomoda.

Cumplicidade não é contar diariamente até a cor da sua calcinha para o seu respectivo par (e nem matar alguém e pedir para ele ocultar o corpo). É bem mais que isso. Se tornar cúmplice de alguém é ter liberdade e segurança para compartilhar o que você é. Entende? Dividir o que você gosta, o que você sonha, o que te dá medo, os planos para as próximas férias (quiçá até para o final de semana...), a tentativa frustrada de fazer cuscuz... E todas aquelas outras coisas que nem todo mundo precisa saber sobre você.

Esse tipo de postura dentro de qualquer relação aumenta a intimidade. O olhar se torna linguagem particularmente clara, um sabe o que o outro espera e sabe como agir (claro que com o gênero feminino é mais difícil alcançar essa certeza, mas, com o tempo e com interesse as coisas ficam mais fáceis).

O fundamental é saber que não existe cumplicidade unilateral. Nesse caso, se torna confissão e isso você pode fazer com um padre. E, para deixar bem explicado, cumplicidade não implica na perda de individualidade nem na necessidade de ter um relator particular das suas aventuras diárias, para isso as redes sociais estão aí, a seu dispor. #ficaadica

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Só rezando

Eu sei, esses exatos 12 minutos que gastei com esse texto poderiam ter sido investidos em Raciocínio Lógico. Mas sou sensitiva demais, impulsiva demais e estou revoltada demais!

Fofoca sempre me assustou. E, você há de convir comigo, cobra não é o único ser vivo que traz veneno letal na língua. Todo mundo já se viu vítima de um infeliz comentário e sua repercussão negativa e, infelizmente, não há como prevenir, as pessoas não coloca nos seus perfis do Facebook o seu nível de peçonha.

Antes de continuar, explicações:
- Fofoca não é coisa de mulher, é coisa de gente frustrada.

Todavia, nem tudo se destila em palavras. Para piorar as coisas, há outro aspecto, também íntimo da natureza humana, tão devastador quanto. Só que velado. Gente... Eu fico besta como a inveja abraça certas pessoas e não solta nunca mais na vida. Aí, acho que o abraço é confortável (só pode!), vira uma característica marcante.

Tenha mesmo o pé atrás quando seu “sensor aranha” te alertar. Eu não sou impressionada, não, mas gente invejosa tem força, mesmo quando não é a intenção principal, para sugar energias e desestabilizar o que está em paz. É sempre mais seguro se afastar desse tipo de criatura e restringi-la do acesso a sua vida.

Já não basta ter que pedir a Deus (ou ao santo, ao orixá, à figa de sua preferência) proteção contra todos os males (e olha que há males no mundo!) diariamente, você tem que clamar misericórdia (e anulação) pelos os “olhos-grandes” sobre seus projetos, seu romance, suas oportunidades, sua inteligência, suas conquistas... Até pela sua saúde! Não tá fácil, não!

Seja qual for a área do seu destaque, quem não sabe admirar as conquistas alheias e/ou se espelhar em bons exemplos tem grande potencial para querer tomar o seu lugar. É desse jeito. E é assim que começa... #ficaadica

domingo, 5 de maio de 2013

Um trecho

Menina, eu bem que te avisei...

E, não, pode parar! Não adianta chorar! Olha só como as coisas estão... Suas lágrimas nada podem mudar. Se não...

Não! Não to dizendo que é culpa sua, minha menina.

Vem cá...

Não tem problema, tá quente, logo minha camisa seca.

Nem percebeu? É seu coração que a estremece. Mas a noite tá bem quente.

Sim, já é noite. Perdida, vagante...

Eu sei. E é assim mesmo que deveria sentir.

Não, não, criança... Tudo encontra rumo quando o busca.

Ah... Demora mesmo... E muito.

A dor?

Passa. Mas já a conheceu, então... ela voltará.

Nem pense nisso! Não pode convencer ninguém a te amar.

Não... Ninguém.

Seu pranto me dói, não faça isso.

Nem por brincadeira! Seu olhar é sorridente. Vai passar, menina.

Não pense nisso agora. Já há medo demais em seu semblante.

Talvez se... Não. Esquece.

Nada. Bobagem.

Não desiste nunca?

Tinha lido em teus olhos... E teu problema todo é este, menina. 

Não, melhor não. Isso que te aperta agora será para sempre sua salvação.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Não pare


Não somos tão puramente piegas e apegadas a clichês. Além de amar, gostamos, na mesma intensidade, dos verbos conquistar, seduzir, surpreender.

Gosto mais de viver que qualquer outra coisa que caiba na vida. Prefiro a prática à teoria, a ação ao estático, os sonhos à rotina. É muito maior ser embalada por movimentos, por palavras benditas (e bem ditas!) e por toda “apimentação” que há nas possibilidades.

Exerça não se limitar, e não me refiro a pudores ou aspectos sociais, mas, sim a conceitos. Você não é assim ou assada, são capacidades pequenas demais para tudo o que você tem para ser.

Ache sua medida, sua dose exata, e quando não lhe servirem mais, bem..., permita-se. Ah, sim, lógico! Acrescente esse verbo aos que foram citados lá em cima. Ele é quem move o moinho.

* E esse deve ser o objetivo do seu moinho!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Difícil, viu?


Tudo começou num tweet. Claro que não foi exclusiva a colocação da minha colega, mas, foi sincera. Até quando estado civil das jovens (ou nem tanto) sobrinhas será debatido nos almoços do domingo? Eu até perdoo o interesse numa conversa particular, mas numa inquisição? Deixamos de ser bruxas há alguns séculos.

Só que o post do microblog se encontrou ontem com comentários de um colega bêbado na comemoração do aniversário de uma amiga (sim, por amor demais, acabei me rendendo ao convite e saindo de casa com a perna imobilizada, que, por amor demais, sofri uma luxação na patela no último domingo). Enfim, voltando ao “culeguinha” que, lá pela terceira ou quarta dose de uísque decidiu virar rico e falastrão, resolve espalhar pela mesa o quanto ama a esposa (até então, lindamente) e o quanto a sustenta.

Bem, pensem comigo: estou manca, sem poder beber, sentindo dor e me deparo com um cruelíssimo comentário machista. Poderia até ter ficado quieta, né? Mas não sou dessas (e se fosse, não teria esse texto hoje). Claro que meu namorado me obrigou a enxergar percebi que não fazia sentido a discussão devido às circunstâncias, mas, ainda assim, manifestei meu repúdio a tal postura.

Veio tudo à tona. Será que a coitada da esposa (que, segundo o cônjuge, parou de trabalhar por exigência dele) não foi uma jovem participante, por diversas vezes, do inquérito das reuniões familiares? Ainda existem mulheres que se agarram ao casamento como possibilidade de ascensão (e não digo só financeira), de ser vista socialmente, de ter uma casa, de calar a boca de tias frustradas...

Tsc, tsc... Na essência, não precisamos nos casar, é muito mais urgente e imediato o amor. Admito ser mulherzinha o suficiente para sonhar com o vestido branco e as flores, mas, também sou mulher o suficiente para desejar isso como uma consequência de sentimentos. Antes de ser esposa de alguém, quero ser a mulher respeitada pelos espaços que conquista. #ficaadica

sábado, 20 de abril de 2013

Na boca: batons e homens


Parêntese: Antes de explicar minhas ideias, quero deixar bem claro que este é um questionamento “solterístico” da minha época de solteira, agora eu estou namorando e as coisas, até então, vão muito bem, obrigada.

Nossa relação com homens e batons é mais íntima que a nossa consciência nos permite perceber. Vou começar logo com a problematização da situação: estava linda e ruiva me arrumando para mais um dia de luta quando me dei conta da quantidade de batons vermelhos que possuo. Foram seis tonalidades distintas (ainda que próximas) da cor e eu não sou maquiadora. Enfim, pude perceber que, entre marcas com variações extremas de valores, é pelo mais simples que eu tenho mais estima. De verdade, ele me cai muito bem.

Essa constatação me fez lembrar uma coisa que sempre me instigou. Batom não é o único quesito que a mulher se permite apaixonar sem analisar valores. Sim... Espero não estar parecendo extremamente sexista, mas, fui parar no assunto “homens”. E não espere que eu tenha o porquê, apenas o “por quê?”. Por que a maioria dos investimentos femininos é tão sem critério? Gostamos do que nem sempre é tão bom e ponto. Claro que esse slogan é muito mais simples quando atrelado a batons, mas, a incidência é muito maior (e mais trágica) em relações.

Na boca, batons baratinhos duram menos tempo e você, como numa dependência, desenvolve a necessidade de retocá-lo a todo instante (exceto aqueles, comuns na minha infância, com duração de 24 horas, que eu em sei se existem mais). Por outro lado, batons caros são mais seguros e requerem mais cuidados, você não os deixa largados e torce para que não acabem nunca. Mas, convenhamos, o primeiro exemplo é muito mais consumido e facilmente encontrado no mercado. Trocando o objeto, todos os adjetivos se encaixam perfeitamente ao outro ponto.

Ah! Só não defina nada apenas pelo preço. Às vezes, qualidade não vem atrelada à cifra e, noutras, o barato sai bem caro. #ficaadica 

domingo, 14 de abril de 2013

Sem gestos


Em todo o resto do mundo as coisas se ajeitariam, outros abraços a encontrariam, outros colos a acolheriam, entretanto, às suas mãos, tão pequenas agora, não haveria mais plenitude. 

Nunca estivera sozinha em noites chuvosas, nunca se sentira fraca em disputas de meninas, nunca ficara sem resposta às questões infantis. Mas, agora, como uma força maior, quem mais no mundo viveria a sua alegria como um propósito?

Sempre caminhara à sombra daquele sentimento. Não era o plano, sequer fora, ainda que por um só instante, tal mudança de rumo. O que por tanto tempo ocupara somente com amor, tornar-se-ia, ao amanhecer, o desencanto de uma onda quebrada longe, em alto mar. Assim, triste, inexplicável.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Espinhas (com "a")


Primeiro, achei que tivesse sido uma troca de palavras e me ousei à correção: “Espinhos do coração, não?”. (Quanta ignorância! A minha.) “Não, não, não! É espinha mesmo. Daquelas que sempre dão dor de cabeça para alguém”. Bem, a conversa retomou o seu rumo (o que não vem ao caso agora).

Significa um bocado de coisas. Tanto nos peixes quanto nos adolescentes são especificidades biológicas dos grupos, entretanto, aprendi ontem, na vida, pode-se dizer que são aqueles momentos difíceis de lidar. Não, não tem nada a ver com a puberdade e a acne ou com aquele peixe que não vale o sacrifício de tentar torna-lo mastigável, é como uma referência aos destemperos incômodos e espontâneos do dia a dia.

Por quanto tempo a gente consegue lidar com espinhas? E como elas vêm a nós? A gente sabe que os espinhos existem porque já houve flores, mas, e as espinhas? Ninguém, por um dia que seja, as desejou (exceto os peixinhos, enquanto vivos), mesmo assim, elas chegam.

Vamos à prática? Discussões (não brigas, rompimentos, “mãozadas no meio da cara”...) são espinhas. Espinhas (a acne e a do peixe) são espinhas. Piso salarial de jornalista é espinha. Celulites são espinhas. Não ganhar na Mega Sena, não passar num concurso público federal com vaga única, não ser filha de Eike Batista, não ter postado um tutorial no You Tube com a criação de água potável são espinhas.

Tá, talvez não faça sentido algum, para você, esse texto. Mas, ontem, foi pensando nisso que eu dormi. E não porque faltam preocupações (ultimamente, não mesmo), eu acho que o que me falta são essas questões bobas para levar à cama. #ficaadica

terça-feira, 19 de março de 2013

Precisa ser assim


Foi em outro contexto, outra situação, mas o que foi apoio para uma amiga, numa mensagem no celular, casou-se com a ideia desse texto. O que é dito um dia, talvez, precise ser ouvido em outro.

Há controvérsias, mas, a saudade é maior para quem fica. Há um lugar a ser preenchido, uma rotina a ser reinventada, um tanto de pôr do sol e de anoitecer querendo se completar, os lugares que continuam os mesmos, ainda que sem aquele perfume... Mas, é difícil para quem vai também. E a novidade que precisa ser compartilhada? E a massagem especial ao fim de mais um dia exaustivo? E a gargalhada que, somente juntos, conseguiriam entender?

Você sabe muito bem porque apostou nessa bizarrice. Isso é óbvio! Você acreditou no que sentia. E isso não te faz uma completa estúpida. O que te torna uma, é achar que essa situação nunca vai mudar ou que essa dor não vai passar. Você já viu o mundo girar outras vezes.

Por mais que, pelo seu cansaço, você queira desistir, haverá sempre um sussurro de esperança. Tá na gente, sabe? Acreditar. E como todas as coisas têm mais que um lado, por que não escolher acreditar sempre no melhor deles? #ficaadica

domingo, 17 de março de 2013

Com ela


- E sobre a lua, o que já viu, moça? – perguntou-lhe, ansiando por resposta.

Em silêncio, mergulhou-se. Observara, por noites e noites, da lua, sua devastada devassidão, sua caminhada entre parênteses, seu abrigo ao solitário, que não desistia, que não insistia, que não precisava se reconhecer nem ser reconhecida.

Num segundo, perdeu-se. Permitiu-se assim. Mesclada entre si e a lua, embebida num gosto amargo de solidão, velando o que adormecia vagarosamente em seu corpo, gritou o silêncio do seu coração. Já sabendo que ninguém a ouviria.

- Em amor, ela acompanha. Em dor, ela consola. – foi o que disse antes de virar as costas e seguir a estrada. Assim, só ela e a lua, emaranhadas. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Parabéns, homens!


Mais uma vez, hoje é o nosso dia! “De todas as cores, de várias idades, de muitos amores”, com sorrisos fartos, com olhares acanhados, com caras e bocas, com gorduras localizadas, com a bravura de leoas, com medos infantis, com príncipes e sapos, com fiéis saltos altos, com maquiagens amigas, com cabelos rebeldes, com clássicos literais, com besteiróis pseudo-românticos, com “TPM’s” ainda mais fiéis que os saltos... Parabéns a todAs nós!

Só que, como meu pedido do ano passado não foi atendido, meu roteiro será exclusivamente dedicado ao público masculino. Portanto, você, mulher, tem a opção de desistir e procurar algum artigo histórico sobre a origem da data ou ler algum especial sobre qualquer coisa que a agrade (hoje tá cheio disso na Internet).

Agora, vocês, homens, atenham-se à leitura. Sei o quanto somos complexas e vocês não nos compreendem, portanto, irei presenteá-los. Sei que deveria ser o contrário, mas, fazer o quê, né? Sou dessas. Antes de começar a nos apresentar a vocês, eu preciso deixar claro que essas explanações não são restritivas, elas são úteis a todo público masculino: pai, irmão, namorado, marido, amante, vizinho, patrão, pedreiro...

E começaremos pelo mais característico, o coração. Eis que um ele (o ele em questão não vem ao caso) se manifesta: “Mulher não tem coração”. Sim, quando um de vocês afirma isso, é verdade. O que está omitido na confissão é a autoria da obra. Todos os homens que passaram e carregaram um pedaço do sentimentalismo feminino desconhecem ou ignoram o que fez, até o dia em que provam do próprio veneno. E o resultado é que ficamos mais aptas a relacionamentos somente depois de nos restar apenas uma parte fundamental à sobrevivência do coração.

Bem, indo um pouco mais fundo, nossas bocas e cérebros estão intimamente conectados, sem filtro algum. Exceto, pelo processador de subjetividade e, para que entendam esse caso, precisarei exemplificar. Quando uma mulher começa a fazer e falar tudo para provocar, está esperando por mudança. Diferente de vocês, homens, que, quando se empenham a contrariar, é porque querem somente irritar. Descomplicando, ou não, nem sempre demonstramos claramente o que queremos. Mas que cutucamos, cutucamos!

Aí, já encaixo outros pontos. Sobre nossos olhos e ouvidos são muitas as contradições. Sempre ouvimos o que intentamos e nem sempre enxergamos as dimensões reais das coisas. Logo, atentem-se à postura. Pedreiros e vizinhos, vocês que fazem nossa alegria, não vulgarizem nos elogios. Chefes, vocês que despertam amor e ódio num mesmo minuto, não nos subestimem. Maridos/namorados/amantes e afins, vocês que foram escolhidos com tanto zelo, não pensem que estão acima do bem e do mal. Pais, vocês que foram presenteados com a eternidade da nossa história, não temos mais oito anos.

Quanto ao mais, acho que vocês já se expuseram suficientemente à nossa presença para temer e criar regras de sobrevivência. E não poderei deixar de parabenizá-los pela grandeza da coadjuvação de vocês, que, ainda que no mesmo palco nosso, se desenrolam muito bem. #ficaadica



terça-feira, 5 de março de 2013

Tudo a postos


Já até discorri a respeito por aqui, mas, só para reforçar, se você encontrar seu oposto, corra. Além de ultrapassado, o dizer “os opostos se atraem” é maquiavélico. Ah, você não acha? Então, vamos lá! Primeiro, antes de qualquer coisa, se avalie: como você é, o que você gosta, o que você quer... Como você chegou aí? Alguém te adestrou e você passou a seguir o seu atual comportamento? Um E.T. te abduziu e implantou um microchip coordenador de impulsos cerebrais? Geralmente, não. Tudo foi por critério de exclusão.

Quando não gostamos, não acreditamos ou não concordamos com determinada visão de mundo ou certa postura, tendemos a nos firmar no oposto. Dentro da normalidade, não somos o que não suportamos. Exemplo? Você tem ojeriza à burrice, você lê mais. Você não suporta gente fresca, você põe a mão na massa. Você não gosta de chocolate branco, você compra o preto. Funciona assim, tanto com coisas simples quanto com as mais complexas.

Claro, nem sempre haverá compatibilidade. Você pode ter a sina de namorar sempre flamenguistas e, em regra, não irão falar (lê-se: discutir ferozmente) sobre futebol mais que uma vez no ano (sim, na final do Brasileirão). Você pode ter uma amizade super especial com alguém que detesta tanto gatos a ponto de ter se tornado fã do Jerry e do Piu-Piu. Você pode ter que conviver com uma pessoa extremamente mesquinha e antipática e não perder a sua capacidade de sorrir (guiando-se pela universalidade do direito à vida).

Não estou pregando a segregação de raças, credos, ideologias e quaisquer outras formas de distinções, apenas relatando que relações muito estreitas entre pessoas com diferenças (especialmente as comportamentais) gritantes nunca são favoráveis à civilização e desejando boas pitadas de equilíbrio às disparidades irremediáveis. #ficaadica

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Injusta, mas não deixa de ser luta


Mulher vive de dieta, até quando está atacando uma pobre e irresistível torta de chocolate. Lógico que cada tentação superada é digna de comemoração de gol da seleção brasileira em final de competição mundial, mas, o mundo é injusto e a Copa do Mundo só acontece a cada quatro anos. E assim é com o relato de uma dieta bem-sucedida. (Porém, existe!)

Claro que afirmamos veementemente estar sempre num controle alimentar. Claro que buscamos conscientizar o mundo de que estamos tentando. Claro que acreditamos na nova dieta da sopa apresentada pela amiga. Só que, em contrapartida, é claro que, também, lamentavelmente, falhamos.

Acho que, pelo esforço em não repetir o prato de feijoada, trocar aquelas batatinhas fritas por couve-flor, cortar o pão da dieta e desistir da sobremesa (a maioria das vezes), merecíamos mais que alguns míseros gramas extintos na balança. Mas, há o tal regimento de injustiça universal que não permite isso à maioria dos metabolismos. E o que nos resta? Gastar tempo para exterminar aquilo que nos salta aos olhos.

E chame de estereótipo, de “ditadura da beleza”, de transtorno psicológico, do que quiser, mas queremos nos sentir magras (quase todas nós queremos). Só não pensem que, no fundo, no fundo, apesar de tudo, não conseguimos nos achar gostosas, ainda que em luta contra alguns pneuzinhos. #ficaadica

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O manual: Redes sociais e ex's


O espaço que vivia recheado por versos de amor, sorrisos esfuziantes e despertava inveja daqueles seres sugadores virtuais da felicidade alheia (sim, eles existem e já há inúmeras pesquisas relatando isso), muda de cores com a rapidez de um piscar de olhos.

A maioria das vezes, aqueles que mudam o status do relacionamento (seja qual for a mudança) parecem modificar a forma de enxergar o mundo. E são duas as principais vertentes: a ala sem noção e o grupo emotivo.

Sim, estou sem Facebook há algum tempo, mas... Parece que não mudou muita coisa por lá. E começaremos pelos emotivos. As pessoas que se enquadram nesse perfil são sentimentalmente empolgadas (e, às vezes, precipitadas). Quando saem da estatística dos solteiros, declamam amor eterno como se não houvesse o amanhã, transformam “eu te amo” em gíria favorita e tudo isso na primeira semana da oficialização. Por outro lado, quando a mudança diminui a quantidade de casais da rede, o emotivo se deteriora emocionalmente. Além de todos os vídeos do Coldplay e as frases de autoajuda, o indivíduo faz questão de mostrar ao mundo (e ao ex) que está péssimo. Não entendo muito, mas, talvez seja numa tentativa de reversão por piedade.

Os sem noção quando começam são, aparentemente, normais. Trocas de carinhos, algumas fotos do casal... O problema é exatamente o fim do relacionamento. Os integrantes desse bando se tornam as pessoas mais felizes da Via Láctea depois que voltam à solterice. Tá, isso pode até ser verdade, mas é crueldade (e imaturidade) ficar esfregando isso na cara de alguém que, provavelmente, não compartilha o mesmo sentimento no momento. A quantidade de festas e fotos ao lado de pessoas com potencial para envolvimentos rápidos (não quis usar o termo pejorativo “periguete”) que povoam a página do sem noção, à primeira vista, é um tapa na autoestima de quem ficou do outro lado. Mas, com o tempo isso passa e esse comportamento (que todo mundo sabe que é realmente para desestabilizar o ex) começa ocupar, merecidamente, o título de ridículo.

É, os cenários de amor viram palco de terror. Essa é uma verdade absoluta. Ponto. #ficaadica

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Se a coisa ficar cinza


Nunca crie escala para tragédias, mesmo para as pessoais. A maré alta nem se compara ao tsunami. Um dia você vai só tropeçar, em outro, você vai cair de boca e deixar dois dentes no chão. Portanto, evite achar que está no pior momento da sua vida. Você não pode imaginar o que o amanhã te reserva (coisas ótimas e coloridas também estão entre as possibilidades, não me julgue como uma pessimista inconformada, logo de cara).

E quando a situação estiver ruim, sempre haverá alguém para dizer: “eu te avisei!”. Mas... Não se preocupe! Sempre haverá também alguém numa bicicleta (ou quem sabe numa Kombi...) para aumentar sua autoestima. Ponha sua malha e parta para uma boa caminhada, numa excelente companhia (que é a sua própria) e... vá queimar calorias! É! O melhor que você pode fazer para esfriar as coisas é estimular a produção de endorfina no seu organismo.

As coisas vão se ajeitar. Sempre se ajeitam. Juro! (Bem, de uma forma ou de outra...) Só não podemos esperar respostas num mágico insight. Aos cristãos (como eu), não adianta esperar milagrosamente uma solução vinda dos céus pelas mãos de Deus. Aos poetas (como eu me arrisco às vezes), não basta esperar um verso no pôr do sol. Aos céticos e improdutivos literais (como eu temo ser um dia), não adianta desistir só porque as coisas ficaram difíceis, o horóscopo já tinha avisado que a cor do dia seria cinza, mesmo. Pode acreditar. #ficaadica

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O manual: Previamente

Na essência, solteiros dão satisfação somente aos chefes, no máximo, aos pais (quando ainda não completaram 25 e/ou moram na casa deles). Porém, em outro viés, os que têm o status de relacionamento sério precisam prestar algumas continhas, sim. Claro que não há necessidade de se instaurar uma sindicância ou pagar propina para obter ou, por outro lado, coibir informações. Lembra-se do estudo de caso anterior? Então! Pressão e cobrança não repelem traições. Elas virão se tiver que vir, e aí é por falta de caráter (a priori, não acredite em nenhuma outra desculpa) do causador.

Lembrando que, justificativa não tem o mesmo significado que desculpa. Não ache que o sentido de justificativa, nessa discussão, servirá de respaldo para se livrar de consequências de possíveis escapulidas. No caso em questão, a justificativa é a retratação por algo que quebrou o planejado, seja um atraso, um adiamento, um cancelamento... Você não participa mais do grupinho dos isentos de satisfações, lembra?

Sobre programações, algumas coisas devem ser consideradas antes do veredito final: todos ficarão satisfeitos? Haverá colisão de horários ou interesses e até mesmo disposição? A viagem não deve ser planejada só por uma das partes (exceto numa surpresa romântica), talvez, numa TPM, a serra seja melhor que a praia. A escolha no cardápio não precisa seguir sempre a mesma preferência, vai que certo regime exija uma boa (e light) sopa? Bem, quanto aos filmes, se ajustem. Também não é legal para ele ter que enfrentar uma sessão da saga Crepúsculo no cinema.

Portanto, algumas (pequenas) justificativas e prévias programações são indispensáveis à singularidade do casal. Afinal, casal é uma entidade formada por duas pessoas, mas é uma ÚNICA entidade. E deve ter um regimento, senão vira baderna, né? Querem manter? Sintonizem-se. #ficaadica

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Manhã manha


Acordara menina, birrenta e risonha. Na cama, percorrera com os dedos pelo travesseiro ao lado. Vazio. Pelo menos fora o que sentira. E será que sempre estivera assim? Não. Incansavelmente ele fingira estar ali, ainda que perdido em motivos irrisórios.

Ela continuara a despertar-se. Olhos e lábios cerrados. Afagando-lhe os sonhos, ali, restara um pedaço de esperança. Ou uma esperança em pedaços. O futuro deveria chegar ao meio-dia, talhado em feixes isolados. Completo. Solitário.

Não levantara. Decidira-se pela estática. Não ousara desperdiçar um raio do cheiro daquele gosto. Sabor quente da manhã. Permanecera num torpor inefável. Cedo ou tarde, ele chegará. Vazio. Completo. Sentido.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

O manual: Quando, talvez, chegar a hora


Logo na semana que resolvi trazer um especial sobre casais, coincidentemente (eu juro!), uma querida amiga me procura, chorosa, com uma suspeita de traição. Claro que eu fiquei mal por ela, sei como é complicado lidar com isso, mas... Foi bastante oportuna nossa conversa. Precisava de um estudo de caso nesse segmento.

Em linhas gerais: ”traição é traição, romance é romance, amor é amor...”. O “poeta” diferenciou e evidenciou sua diferenciação neste singelo verso. Ele está certo. Quem trai vive o desamor, mesmo que num único momento dessa trajetória (pode ser na permissão para as coisas fluírem, no planejar da aproximação, na decisão de concretizar o fato... enfim). Por amor, você perdoa. Por amor, você se magoa. Parece carma, mas, como diz minha sábia avó: [sic“traição e coceira, basta a primeira”. Apenas.

Vamos lá! Voltando para a análise do caso da minha amiga, primeiro, a suspeita de traição (estamos falando da fase da incerteza) e, lógico, aquela coleguinha vai logo te perguntar: “E aí?”.

Quem já protagonizou uma situação dessas, mesmo que em relacionamentos passados, sempre ouvirá a pulga da desconfiança. Inclusive, em regra geral, acho que as pessoas se tornam mais ciumentas depois que recebem o adorno indesejado. E, quando a assombração da deslealdade sussurra seu primeiro sinal de proximidade, todo sopro se torna evidência de furacão. O importante é, antes de dar prosseguimento à sindicância, ponderar o que você pretende alcançar. Você sabe o que pode estar te aguardando e o quanto será exigido do seu equilíbrio. Ponto.

Eu já falei que quem trai é covarde (não sei se aqui no blog ou numa mesa de barzinho) e, inclusive nesta semana, fundamentei minha tese numa conversa com um “traidor”. Depois do primeiro feito, tem a crise do arrependimento, do “nunca mais”, e de todos os outros “blá blá blás”, mas, segundo minha fonte, para ele e seu conchavo, essa fase nunca durou mais que seis meses. Sim, haverá traições novamente.

Mas, respondendo o “e aí?” para a coleguinha da minha amiga: e aí que a vida é dela, o suposto “chifre” é dela e, por menos saudável que seja, agora, ela precisa ouvir o que quer (e ainda estou resguardada pelo direito da inospitalidade TPMística, portanto...). Amigas não têm funções inquisitórias nesses momentos. Eu acho. Só que eu sei bem, nós, mulheres, não somos assim. Nem de TPM. Principalmente de TPM. #ficaadica