quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O outro lado da linha


Sempre que é iniciada a maratona “balada” os preparativos vão de encontro à busca de algo. Seja de boas risadas com as amigas, seja de distração momentânea, seja de possíveis aventuras (sim! Também vamos à caça, mesmo de maneiras mais sutis), seja somente para conhecer um novo lugar... Enfim, sempre vamos preparadas. Às vezes, só extravasar. Às vezes, encontrar alguém interessante. E aí entra a questão do nosso texto: o desenrolar de "romances badaleiros". Bem, não é uma experiência restrita a minha pessoa (apesar de já ter vivido isso algumas várias vezes). Primeiro vem os olhares, depois algumas palavras e sorrisos e, por fim, aquilo que seu limite demarcar. 

Porém, seja em festinhas, formaturas, barzinhos, ou quais forem as circunstâncias e motivações, a forma como o cara quer manter contato é um indicativo fortíssimo das suas intenções (isso não tem nada a ver com pedidos de casamento, viu?). E qual o fator determinante? O número do seu telefone. Não, não adianta somente Facebook, Twitter, My Space, ou qualquer outra realidade virtual. As redes sociais não geram intimidade, já que até o sobrinho do padeiro da cidade que você passou as férias de 2004 adicionou seu perfil como de amigos. Isso não quer dizer nada. Nada. Nada. Nada. Já o pedido pelo o número do seu telefone pode ser indicativo de uma real vontade de proximidade (mas pode também não significar nada!).

Analisaremos três casos distintos: o pegador, o esforçado e o cavalheiro.

1º- O pegador: Ain... Esse pode ser o exemplo mais conturbado a se ilustrar, mas tentarei. Hipoteticamente, vocês se conheceram numa festa dada por ele e que você foi como convidada de um amigo de um amigo dele. Qual seria a relação entre vocês? Além de estar na casa dele de penetra, nenhuma. Vocês se querem foram apresentados formalmente. Mas, vamos supor que ele se interessou por você. E aí, quando você se prepara para ir embora, ele percebe seus movimentos e resolve investir. Geralmente, esse tipo é bem determinado e seguro de si, então, sem muito rodeio, ele se oferece para te levar em casa e, caso você recuse, pega o seu celular da sua mão e faz uma chamada para o número dele. Pronto. Em suma, ele dá a largada. Você pode enrolá-lo por uma semana, mas acabarão saindo, provavelmente, algumas vezes. Mas, só. Afinal, ele é o pegador, a estória não passará de um lance.

2º- O esforçado: Bem, entraremos em outro exemplo hipotético. Faz de conta que você foi a uma festa de formatura e que, na mesa em que você está, um dos amigos do seu amigo começa a te servir drinks. Depois de 346 pedidos, você acaba cedendo a uma dança. Mas você não está na vibe. Vocês conversam um pouco, mesmo em meio às músicas altas, porém, na primeira oportunidade você dá o zig perfeito, antes mesmo de dizer o seu nome, e espera nunca mais ter notícias do indivíduo. Só que ele é o esforçado. Dois dias depois você será despertada por um sms de um desconhecido. Você vai ignorar, achar que alguém enviou errado, até receber uma ligação do dito número. E aí, vai acabar se tornando super engraçado o fato dele, depois que você sumiu, ter se engajado numa missão até descobrir o número do seu celular. Isso pode acabar em romance.

3º- O cavalheiro: Imagine-se na seguinte situação: um happy hour entre amigos, o cara desconhecido, amigo de uma amiga, senta-se do lado oposto que você está na mesa e, furtivamente, lança alguns olhares em sua direção. Vamos supor que você tenha saído recentemente de um relacionamento e que não esteja apta a nada (essa é a sua certeza). Aí, na nossa estorinha, o cara vai querer se destacar por sua solicitude, prestando atenção e achando graça em tudo o que você diz, demonstrando interesse por meio de perguntinhas direcionadas e ainda insistindo para pagar a maior parte da conta. Enfim, aquela bebidinha azul, ou aquela pinga peculiar, te fizeram esquecer algumas certezas (inclusive a citada anteriormente) e você acaba caindo nos encantos do gentleman. Bem, mesmo que você não se lembre, em algum momento, vocês trocaram números de telefone, porque, assim que te deixa em casa, ele te manda um sms agradecendo pela companhia. Ele é o cavalheiro, tenha bons modos, viu? #ficaadica

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Chicletes e relacionamentos: Quando o assunto é o descarte.

Já perdeu a graça, mas você não quer largar. Aquela doçura e maciez do início deram espaço para um sabor asperamente insosso. Você joga de um lado para o outro (ou simplesmente deixa de lado), mas, não pode ignorá-lo.

E dá uma preguiça! Se levantar, sair da sua posição confortável, buscar algo... Ás vezes, uma possível lixeira fica longe. E você, como ser racional, tem que se desfazer do que já não funciona mais, de maneira politicamente correta. Não se importar com a forma que as coisas acabarão é tão arriscado quando se preocupar demais com isso. Em algum momento, você se paralisa (seja pelas motivações, seja pelos resultados).

Torna-se praxe. E lógico que faz falta quando você se livra. E vazio é sempre vazio, gerando aquela necessidade (nem sempre desejável) de ter que se readequar. Joga o chicletinho fora e vai mascar o quê? Joga o namoro na caixa de recordações e vai amar quem nos dias de domingo?

Veja se faz sentido mesmo, ou se sua necessidade é apenas resultado de uma dependência, de um vício. Caso sua constatação confirme meu diagnóstico, procure uma sociedade anônima que lhe supra (do tipo: “Eu sou ‘fulana’ e estou há 48 horas sem mascar nada.” Ou ainda, “Vivendo a solterice um dia de cada vez!”). Se ainda não houver nada do gênero, reunião de amigas cai sempre muito bem para qualquer ocasião (lê-se: trauma).

Bem, há algumas verdades que podem se tornar motivadoras (agarre-se a elas!). Chiclete acelera a produção de suco gástrico, portanto, evite mascá-lo prolongadamente caso não queira arrasar o seu estomago. O namoro tem que ser suficiente, essa que é a diferença de assumir um relacionamento sério. E, em síntese, tanto um namoro, quanto um chiclete, pode estar te impedindo de provar um novo sabor.

Mas, olha, chiclete velho demora o maior tempão para soltar do solado. É, eu sei, e namoro desgastado também. #ficaadica

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Chicletes e relacionamentos: Quando o assunto é o desenrolar.

Características “chicletísticas”: Cola. Gruda. Prende. Sufoca. Morre (ou mata).

Gente, eu sei bem que mulher quando está insegura fica doida. É uma necessidade de ter informações, de querer rastrear, de desconfiar de tudo... Credo! Mas, quando o sexo oposto cai nas ciladas da falta de autoconfiança... É triste!

Vide exemplo do, agora extinto, casal do BBB 12, Yuri e Laisa (abro parênteses para minha defesa: BBB é ridículo, mas não tenho TV por assinatura, quase sempre, durmo tarde organizando trabalho, e adoro a televisão quebrando o silêncio. E a vida é minha!). Enfim, voltando ao assunto, que coisa mais ridícula aquele cara, todo tatuado e permitindo ser feito de capacho (mas, essa é outra pauta), contando até respirações da tal da “namorada”. Ele tava sempre grudando nela, ou dizendo que a amava (quem ama alguém em um mês? Isso é transtorno obsessivo!), ou pedindo desculpas (mesmo sem ter errado), ou querendo saber o que ela estava pensando...

Chiclete é bom. Mas, você já o colou no seu cabelo? A lógica é a mesma. Atenção faz parte dos relacionamentos saudáveis e é bom. Mas, você já conviveu com alguém que te priva os movimentos e te descaracteriza? É por aí. Aquele lance de se tornarem um só corpo não pode ser levado num sentido tão literal. Um casal é formado por dois seres humanos com necessidades e particularidades distintas. 

É legal quando o cara liga ou manda mensagens, duas, três vezes ao dia, e que no meio dessas conversas acabem surgindo perguntas sobre como está sendo o seu dia, o que você está fazendo... Tudo dentro da curiosidade normal de quem gosta e se importa. Só que, geralmente, ter o homem com muito nhénhénhém não é o esperado (não seja extremista, estou falando de comportamentos que beiram ao irracional).

Quer mais indícios de que o cara é um chiclete em potencial? Quando ele exige toda a sua atenção exclusivamente, mesmo que vocês tenham saído num grupo de 36 pessoas. Ou então, quando ele faz tudo para agradar 24 horas por dia, mas tem medo de ainda não ser suficiente e começa a questionar se ele está mesmo fazendo tudo do jeito que você gosta e começa a agir, não por ele, mas pelo ritmo que você toca.

Olá, homens! É segredo, mas também gostamos de erros, de opiniões contrárias, de termos que assumir nossas culpas, de nos desculparmos e o principal: amamos ser o que somos! Aos chicletes, enrolem essa insegurança, vocês serão bem aceitos (ou não) pelo o que são, sem precisarem expelir a teia grudenta do Homem Aranha sobre as amadas. #ficaadica

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O que resta das cinzas

Amor de Carnaval... Não, não acredito. A festa do Carnaval é muito profana para promover um amor. Pode acontecer, mas não se iluda. Que tal enxergar que você viveu uma paixão de Carnaval? Um lance de Carnaval? Um fogo de Carnaval? Uma embriaguez de Carnaval?

Vamos ser realistas? Sei que o amor acontece, não pode ser premeditado, não segue scripts, mas qual a probabilidade de pessoas na vibe carnavalesca estarem buscando um romance? Baixas. Baixíssimas. Quase nulas.

Vamos restringir a análise somente ao ritmo aqui da Bahia. Quando a canção não te leva até o chão, te faz quebrar “com o diabo no quadril”. Onde vai caber a pureza do amar? Ninguém tem cabeça para isso! É muito álcool, muito sol, muita promiscuidade, muita alegria que contagia e muitos focos de incêndio (tudo aquilo que incendeia...).

Os preparativos para essa comemoração começam quase com um ano de antecedência. As academias são entupidas por pessoas adeptas à “Operação Carnaval” (e os bons resultados podem ser facilmente apreciados nos desfiles dos Filhos de Gandhy! Aaain... Quanta saúde, Brasil!).

Talvez, as festas juninas se assimilem melhor ao clima romântico. É! Forró colado, temperaturas baixas... E, acho também que, Santo Antônio prefere trabalhar mais nessa época que ele é tão bajulado. (Exclua tudo isso se o seu destino for o Brega Light - Ibicuí! Lá é Carnaval também! E dos bons! Já fica a dica, viu?)

Quer paz e amor? Vá a um retiro espiritual. Quer desfrutar seu status single lady? Prepare-se para o Carnaval (e para o São João, e para o Ano Novo, e para as micaretas, e para as chopadas...). #ficaadica

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sim, amigos!

Aaah, podem! Homem e mulher podem partilhar simplesmente uma sincera amizade. Pode o planeta todo afirmar que não, que o sexo oposto só se aproxima (quando não é obrigação familiar, profissional, social, ou qualquer outro fator externo de imposição) se for eminente o interesse de cunho lascivo. Porém, vim aqui para refutar essa tese.

É lógico que nós também temos nosso lado investidor. Há aqueles “amigos”, antigos ou possíveis rolos futuros. Mas, há aquele amigo que é amigo. O mundo só precisa entender o funcionamento dessa relação, que é mais ou menos como amizade entre mulheres, só que, para ser bem franca, com mais cumplicidade.

Amigo que fala que a sua barriga está “molinha” (provavelmente porque não sabe empregar o termo “flácido” ainda), acha graça em apertar suas gorduras e você não se constrange por isso.

Amigo que já protestou contra a sua chatice, seu mau gosto quanto aos homens, suas fúrias, suas inseguranças, seu novo corte de cabelo... (ele te conhece bem, né? Fazer o quê?) Mas, ainda assim, mesmo já tendo previsto, ele te conforta em meio às suas crises irracionais, ou tenta suavizar os resultados dos seus dedos podres mode On, ou simplesmente joga na sua cara um intenso: “Eu sabia!”.

Amigo que atende seus caprichos, e o melhor: sem esperar nada em troca. Às vezes, só para ter sua companhia na volta da festa e poder falar dos foras que deu ou levou. Ou ainda, durante o evento, para ir com você a um lugar seguro para o xixi e azarar alguma bêbada que esteja por perto. E, na maior de todas as suas pirraças, conseguir cigarros e um lugar escondido para te ensinar fazer aquilo que você mais despreza durante a sobriedade: fumar (isso não quer dizer que, no dia seguinte, quando ele encontrar dois cigarros quebrados e uma caixa de fósforos roubada, no bolso da calça, ele vai deixar de te chamar de drogada).

Amigo que, mesmo difamando, prova as suas obras culinárias. Amigo que te ensina jogar videogame e guerreia ferozmente, mesmo você sendo uma dama inexperiente em Xbox. Amigo que não acredita em todas as suas pseudo promessas e te explica os motivos. Amigo que já te viu de ressaca, já te viu acordando, já te viu acordando de ressaca e ainda te chama de “gatinha” num momento posterior. Amigo que se sente em casa quando chega à sua casa, ou seja, já dominou todos os espaços e pessoas, inclusive aqueles que você não alcançou ainda. Amigo que salva seu Carnaval.

Amigo com quem você nem precisa falar todos os dias, nem todas as semanas, queira Deus que, pelo menos uma vez ao mês. Mas, quando qualquer ocasião te tirar do chão (seja porque desabou, seja porque você flutuou), ele não vai deixar de te ouvir por 54 minutos ao telefone. Até porque, ele também é o amigo que te quer por perto, já que, do mesmo modo, ele tem problemas conjugais, familiares, ocupacionais...

E tudo isso só funciona quando vocês se conhecem bem e bastante e mesmo assim não se intimidam com isso. Vocês não precisam se conquistar. Vocês não precisam estar sempre bem um para o outro. Vocês não precisam concordar sempre com as mesmas coisas. E, definitivamente, vocês não precisam se sujeitar um à vontade do outro. Basta somente uma mão estendida, aquela que já se faz tão presente, que você nem se lembra quando foi a última vez que precisou pedir por ela. #ficaadica

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sobre qualquer coisa

Tem amores que vêm para curar outros. Tem amores que vêm para curar a gente.

Eu já morri de amor. E várias vezes! Talvez por ter esperado, além dos pés cruzados no meio da noite, um olhar sinceramente compreensivo num dia cinza. Talvez por ter esperado, além de elogios, reciprocidade. Talvez por ter sonhado mais do que enxergado a realidade (3D e sem os óculos do cinema!). Talvez por ter esperado, e não ter entendido que a espera cansa, tanto a mim, quanto ao outro.

O Universo pode até não ter conspirado ao “nosso” favor, mas conspira ao meu. E sobre o morrer de amor, sempre nasci de novo. E mais forte. E mais bela. E mais eu. Sinto muito (ou não!), mas eu preciso mesmo aproveitar isso. Mesmo que, às vezes, madrugadas e silêncio conspirem contra tudo o que anda sendo equilibrado. #ficaadica

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Na guerra

Estimadas guerreiras, encham-se de força e depois a espalhe pelo mundo (é! Isso mesmo! Fofoquem à vontade!). E pode partir das premissas de que as coisas do coração não seguem um Manual de Ética e que o mundo está acabando (seja qual for a sua interpretação para isso). O tempo vai voltar atrás? Haverá segundas chances? Bem... Munam-se de momentos felizes, de lembranças gostosas e de sentimentos serenos

Vivam os saltos altos que nos tornam lindas e poderosas. Vivam os amores impossíveis e frustrados que nos tornam, simultaneamente, preservadas e maliciosas. Mas, vivam, também, os medos que surgem solitários. Vivam aqueles desesperos que nos levam a posicionamentos firmes. Vivam as horas onde o silêncio de um quarto torna-se lugar de comunhão (seja com Deus, com a paz ou com você mesma). 

E que não, nunca, nunquinha, faltem inspirações para sonhos (doces, loucos, firmes, grandes... Mas, seus!). E, quando for para ilustrar a letra 'A', que o primeiro termo à ser lembrado seja sempre AMOR. Guerreiras são assim também. Ah! E “missão dada, é missão cumprida”, viu? #ficaadica

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O masoquismo e nós

Freud nos apresenta o masoquismo sob a seguinte perspectiva: “O masoquismo apresenta-se à nossa observação sob três formas: como condição imposta à excitação sexual, como expressão da natureza feminina e como norma de comportamento”. Será que foi à toa que ele traçou esse paralelo, Brasil? 

Masoquismo é característica entranhada nas mulheres? Sentimentalmente falando, exaltar alguém que lhe causa (listando somente os sintomas com a letra “A”) angústia, ansiedade, apatia, asfixia, azia, é o quê? Esse é o conceito que você anda tendo de paixões e amores? Esse é o conceito que a racionalidade não teria problemas em aplicar ao masoquismo?

A própria "vaidade feminina" tem um quê masoquista. A necessidade da dor para o alcance do prazer é uma das vertentes dessa prática. Sapatos que estrangulam seus pés. Saltos que estouram suas veias. Depilações que dilaceram sua pele. Secadores que dissolvem o juízo. Roupas que te privam à respiração. Dietas que te banem os chocolates (essa é a maior renegação do seu próprio ser). E, muitas vezes, para muitas de  nós, não há hesitação em se entregar a essas torturas (pelo menos nada que chegue ao ponto de impedir tais ações). 

But, (exceto por um transtorno psicológico) não se sujeite a abnegações! Nem sempre vale à pena sacrificar suas próprias necessidades por desejos alheios. Livre-se dessa culpa! O mundo inteiro precisa de você. É só sorrir! #ficaadica

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aos que se afastaram (ou aos que perdemos)

Temo, daqui a alguns anos, fotos me arrancarem lágrimas. E pior, despertarem aquela angústia vinda das incertezas. Posso ter falado algo inapropriado, num momento inconveniente. Posso ter me calado e trancado, além de palavras, a possibilidade de me libertar. Você sabe que não lido bem com a culpa. 

Eu esqueço. Às vezes, porque acontece. Às vezes, porque exijo. E seria estupidez achar que isso não aconteceria com você também. Tudo o que se afasta corre o risco de se perder. Só que, mesmo que minimamente sensível, fica sempre algo a ser lembrado. 

Cabe aquela música que embalou tantas noites de sorrisos. Cabe aquele dia que precisei do seu colo, da sua voz e do seu silêncio. Cabe até aquele fato que me afastou dois passos, mas que não teve forças para nos separar as mãos. 

E eu vou me esconder, pelo tempo máximo possível, daquilo que se levantar contra mim na busca pelo pedaço de conforto que se afastou com você. Até de você, se preciso.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

E será

Somos guerreiras. Sim, todas nós, mulheres, somos sobreviventes! E a vida nos torna o que somos: sarcasticamente duras. A disfunção psicológica e hormonal que vivemos mensalmente não me deixa mentir. Mas, não se preocupe! Sobreviverão sempre trejeitinhos femininos românticos em nossa essência.

Porque a gente descobre da forma mais bruta possível que o amor não todo é aquele nhenhenhem. Seu coração foi/está/será destroçado e desfigurado por uma marreta chamada decepção, que, impiedosamente, bate, esmaga, transforma em papa todos os seus sonhos e, ainda assim, você sobrevive.

E tenta se justificar com a premissa de que “o que tem que ser, será”. Bem, isso é muito reconfortante, mas pode não ser verdade. Sei lá! Diminui a culpa, só que, racionalmente falando, nunca haverá certeza plena. Perdemos oportunidades por medo, por escolhas erradas, por um desafio, por condicionamentos de visão, pela chuva, por uma conspiração do Universo... E realmente às vezes a culpa não é nossa. Mas só às vezes.

Portanto, não desista, não! Nada faz sentido mesmo. E se você não tentar pelo menos acreditar que um dia pode melhorar, ficará tudo mais difícil (sim! Pode piorar!). Acredite no amor. Acredite que um dia valerá à pena. Você é mulher, isso não será tão tortuoso assim. #ficaadica