quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Fechando o caixa


Outro ano acaba. Mais um calendário descartado, mais daquela sensação de que as coisas vão mudar (reza-se pra ser para melhor), mais da vontade de se despir da massa cinzenta que rondou o período findado. "Este ano vai ser melhor!"... mas, e você? Vai ser melhor também? 

Faça uma triagem do ano que já quase acabou (e, como predito, não levou o mundo com ele). Quantas novas palavras (além de defenestração) foram acrescidas ao seu vocabulário? Quantos amores você resgatou (e não é das paranoias que te estrangularam, estou me referindo àquelas pessoas que realmente mereceram seus melhores sorrisos)? Quantas canecas coloridas, canetas perfumadas ou meias com frufrus te levaram um bom tempo? O quanto a sua barriga já doeu num gargalhar? Quantos segredos foram merecidamente confiados a você? Por quantas vezes seu ombro foi refúgio para a dor de alguém? E o melhor, quantas manhãs realmente pediram sua a presença? 

Uma máquina, sei lá, um computador ou qualquer outra engenhoca, nunca iguala o semelhante. O que é parecido nem sempre é o que se busca ou se precisa. Você não deve se contentar com alguma coisa parecida à felicidade, mesmo que seja isso que mantenha a ordem em sua casa, em seu coração ou em suas contas. O estático não traça caminho algum, não pode voltar, recomeçar, redesenhar nada que ultrapasse o avesso da estrada. Mas, e se o medo superar o desejo de se arriscar? Não, você não vai encontrar manual em lugar nenhum do mundo ou do Google (e se acontecer isso, é charlatanice), só resta apostar nos riscos e se agarrar no que foi solidificado de verdade. Afinal, a vida não é simplesmente uma sucessão de êxitos, estupidez às vezes é a rota mais segura. #ficaadica

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A saga do fim do mundo


Espero que não supere o mítico (ou seria o místico?) essa história de fim do mundo em 2012. Muitas das resoluções do ano passado ficarão para o que chegará, Morena tem que voltar para Théo, tenho que terminar a 2ª temporada de Game of Thrones, escrever o texto que me tornará colunista da Nova e o iogurte da minha prima só vai vencer dia 03/01/2013 (logo, qualquer outra data antes seria enquadrada como propaganda enganosa). Portanto, venho me manifestar publicamente contra a profecia do calendário maia.

Tá, tudo bem que o JN tem sido meio fatalista, vulcões e terremotos assustam lugares que não contavam com tais astúcias (presságio?), ex-ministros condenados por seus delitos (milagre?), os EUA incentivarão o desarmamento no país (heresia?)... mas, tem coisas que não mudaram tão drasticamente e mulheres continuam saindo com objetivo de dar fora no primeiro encontro, gastando uma grande porcentagem dos seus ordenados com moda e se apaixonando por seres inimagináveis pela ordem da honra humana.

Os maias estão entre as civilizações mais inteligentes da história da humanidade, mas, conforme todas as minhas leituras, não eram tão apocalípticos, enfim, whatever... Toda essa polêmica acerca do fim do mundo levantou uma grande questão (pelo menos lá no meu trabalho): o que você quer fazer antes do fim do mundo? Não vale nada de muito estrambótico, até porque o tempo é curto (menos de 48 horas) e a Mega-Sena da virada só vai ser sorteada depois da data marcada para o “grand finale”. Mas achei válido entrar na brincadeira! Liste coisas pequenas (ou não) que dependem apenas de coragem e disposição para serem provadas, e viva “como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há” (exceto, provavelmente, para as operadoras de cartões de crédito e financeiras). #ficaadica

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Num céu seu


E no fim, precisaria de um céu para chamar de seu. Um céu na terra, com estrelas brilhantes e contas cadentes. Céu com chuvas de grãos, pedaços de não e até espasmos de cinzenta vastidão. Exceto em dias de arco-íris. Nesses dias seu céu se abriria, sorriria graciosamente e se desfaleceria em meio às cores.

Em seu céu, no pedaço do chão, haveria constelações onde até mesmo os ímpares tornar-se-iam par. Contudo, não mais se acreditaria em meio ao tom celestino, mesmo contradizendo o temor de perder o encanto de olhos luzentes.

A coisa solitária que, perdida num bocado do céu, inspirara cores e desamores, dores e sabores, rimas e contradições, por alcance à razão, voaria. Ainda que num farfalhar de asas cansadas. E num olhar firme à imensidão, qualquer corpo pediria em oração pelo calor do teu.


domingo, 9 de dezembro de 2012

"É pra te enxergar melhor..."


Basta apenas um segundo para repararmos e analisarmos alguém. Claro, pelo menos a aparência.  Não é necessário uma virada de pescoço ou um drástico desvio de olhar, tudo acontece de maneira muito sutil. A grand contemplação quase nunca é notada por quem estar por perto, exceto quando algo foge muito ao natural, ou algum detalhe salta aos olhos. Isso pode ser ótimo ou péssimo, a depender do critério em que foi enquadrado.

Vamos por partes. Essa semana (sim, essa semana que eu estive tão atarefada que não pude postar nada) duas coisas me levou a observar essa condição feminina. Primeiro, como uma teoria, o Fantástico exibiu uma matéria falando sobre esse tema, onde a psicanalista Sandra Teixeira revelou: “O funcionamento cerebral da mulher é diferente do homem. Ela olha tudo ao mesmo tempo. O homem se focaria em um detalhe da mulher. A mulher passou os olhos, já está olhando tudo”. Por fim, observei os homens ao meu redor e... fato! Para observarem com mais profundidade eles têm que dedicar mais atenção ao que está em vista.

A ciência também já comprovou que nossa visão periférica é mais desenvolvida, por isso nosso cérebro é capacitado a receber uma enorme quantidade de informações sensoriais e relacioná-las facilmente. E é por isso também que não precisamos imitar a garota de “O Exorcista” quando algo nos chama atenção pelas ruas e constranger nossos cônjuges (que não têm esse mesmo tipo de consideração com a gente)  e o Lobo Mau tinha que ter olhos tão grandes para enxergar a Chapeuzinho Vermelho melhor...

Decidimos se alguém está bem vestida, se tem um cabelo bonito ou um “corpão” em frações de segundos. Se passarmos mais que esse tempo analisando é porque algo se destacou muito positivamente ou parece extremamente esdrúxulo. Porém, em contrapartida, o que temos de discrição no olhar, temos em descontrole na língua... (mas isso é outra pauta, requer muita cautela. Deixa pra próxima, porque hoje é domingo). #ficaadica

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quando o olho é maior...

Quando censo comum popularizou a capacidade de certas pessoas terem “olho maior que a barriga” não foi observado tudo que esse ditado implica. Tá, todo guloso esquece que o estomago é um órgão limitado (e eu bem sei disso...), mas há algo a mais nessa afirmação.

Somos compostas por ossos, músculos, água e... (por que, mundo?) GORDURA. É importante sempre haver uma camadinha (lembre-se: uma camadinha! Aquele artigo da revista Veja tentando redimir a gordura do papel de vilã não me convenceu) adiposa em seu nossos corpos, armazenando energia, protegendo órgãos e outras coisas que um nutricionista ou o Google podem te apresentar. O nosso grande problema (e estou concordando sobre muita pressão) é ter, muitas vezes, ou melhor, quase sempre, os olhos maiores que a barriga. E não no sentido literal ou no jargão popular, mas no aspecto de captação das imagens.

Ousarei afirmar que quase 100% das mulheres se veem (e isso não significa que estão) acima do peso e combatem a flacidez e matam por dietas e morrem por exercícios. Isso mesmo! Você pode até estar precisando detonar quatro quilinhos, mas não é todo esse mamute que está enxergando no espelho. Porém... já que você se vê como o Sherman Klump, aquele do filme O Professor Aloprado, use isso como estímulo. Não precisa ser um geneticista e fazer experiências em ratinhos obesos, aproveite que gordura é fonte de energia e se esforce. Sinto muito, mas você terá que mudar sua alimentação (por exemplo, comer um bombom, ao invés de uma caixa) e praticar exercícios físicos.

Se Ronaldinho pode, nós podemos! Ele por R$6 milhões e nós por seis milhões de pontos na autoestima e elogios no verão. (Para facilitar as coisas, encontre uma colega de trabalho que te desafie, numa aposta, a se livrar dessas banhazinhas num determinando tempo. E só pra constar, já estou quase lá!). #ficaadica

domingo, 18 de novembro de 2012

Para se fazer resiliente

Uma matéria da edição da revista Cláudia desse mês me inspirou a este rumo: resiliência. “O conceito vem da física: é a propriedade que alguns materiais apresentam de voltar ao normal depois de submetidos à máxima”, informa o texto. Sim, eu também concordo com o que você acabou de pensar, constantemente a vida nos reboca a esse atributo. Passamos por um choque e precisamos nos reintegrar. Normalmente, a própria vida exige (e ela pode ser legal, nos conduzindo) este caminho. 

Seja lá qual for a ordem de desarranjo do roteiro, precisamos nos refazer para superar os traumas. Já falei que o mundo não para porque seu príncipe virou um sapo e vive dando no seu saco, ou porque a lei da gravidade não funciona com o ponteiro da balança e, o pior, é que ele não pode parar nem quando você perde um pedaço do seu mundo. 

Somos destes materiais constantemente submetidos a fornos quentes, maçaricos, marretadas... O melhor a ser feito, mesmo esculpidos, fundidos ou triturados, é se agarrar à essência que já te fez brilhar um dia. E para manifestar esse suporte tracei um itinerário: 

- Seu brilho é seu. Faça manutenção da sua luz, porque, antes de tudo, você é quem mais precisa dela. Nos dias nebulosos, caberá somente a você que haja luz no fim do túnel. Você precisa ter consciência do quanto é importante (nem que seja por sempre desejar boa tarde ao porteiro do prédio da esquina) e potencializar essas características que te engrandecem. Não é questão de ego inflado, fica mais próximo de autoconsolidação. O que você se fez é seu, ninguém pode mudar com palavras ou descréditos. 

- Faça parte de uma constelação. Isso mesmo, você é uma estrela, precisa estar rodeada por seres da mesma espécie e se afastar de tudo que possa apagar seu brilho. E sabe o que é uma boa pedida para isso? Amigas. Mas, amigas de verdade. Cúmplices mesmo, daquelas que te emprestam o ombro, o sapato laranja, um pedaço do colchão e até 25 minutos do almoço de meia hora. Quando alguma coisa estiver fora do eixo, programe noite com as meninas, seja um happy hour, uma noite do pijama, um filminho com brigadeiro... qualquer coisa que recarregue suas forças e te faça lembrar que seu espaço no céu não pode ficar apagado. 

- Acredite numa fonte maior de energia. Sim, estou falando de Deus (ou do sol, para os ateus). Sinta-se enorme contemplando o quanto é pequeno. Dedique um tempo, em silêncio, para comunhão com o que for maior que você (Deus ou o sol, dependendo do que você acredita). Ah! E apegue-se a crença de que as coisas cooperam para o bem daqueles que fazem o bem, sem apologias religiosas, apenas relembrando uma ideia de um amigo que marcou tanto a História que dividiu até o nosso calendário. #ficaadica

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ainda que eu falasse essa língua


A linguagem não é nem de longe assimilável. O homem não quer dizer o que diz... A mulher escuta e interpreta como quer... O homem não capta o que fica subentendido... A mulher faz rodeios e insiste em mensagens subliminares... Não é de se estranhar a quantidade de relacionamentos fadados à ruína.

Nem a Semiótica (à qual fui formalmente apresentada no início da faculdade) e toda a sua aplicação à linguística e aos significados, nem Sigmund Freud, o Id, o Ego e o Superego e todo o seu acesso ao subconsciente humano, nem Fábio Jr., seus seis casamentos e suas composições românticas decifraram o código da linguagem entre os sexos.

Eles são figurativos. O professor da academia que enfatiza elogios ao seu sorriso, pode até estar sendo sincero, mas não é isso que o está motivando tecer os galanteios. Pense bem... Você está exposta, numa malha de ginástica... Ou tá muito bem, ou muito mal. Não há meio termos. E ele se aproximaria em qual situação? Inclusive, já que estou pela academia, homem não entende o significado do termo “engordar”. O fato de você se matar fazendo agachamentos e potencializar o peso no leg press para aumentar alguns centímetros de glúteos e coxas é facilmente expressado com a frase masculina: “Deu uma engordadinha, hein, fulana?”. Deeeeeeeus! Automaticamente, a afetada vai aumentar de 30 para 60 minutos suas corridas diárias e começar uma dieta drástica com corte de carboidratos, lipídios e tudo mais que não for alface ou água. Tsc, tsc, tsc... Crueldade pura!

Sem falar que, os homens são lacônicos. Mulher peituda: boa; mulher com um bundão: boa; mulher com cintura fina: boa; mulher do cabelo bonito: boa; mulher que sabe andar bem sobre um salto 15 (e rebolando): boa; mulher com as unhas grandes e vermelhas: boa; mulher com óculos escuros: boa. Sim, na visão deles, quase sempre teremos algo que nos leve a esse “bom” padrão.

Sobre a classe feminina, nós não somos literais. Nosso “não” muitas vezes significa “sim”. Nosso “pode ir”, outras tantas vezes, quer dizer: “se você passar por aquela porta, eu vou atrás e te dou um ‘Hadouken’!”. Nosso “sem problemas” quase sempre resulta em uma gastrite nervosa. E não vejo caminhos para mudanças. Somos tão objetivas em outros pontos, mas não sabemos/podemos/conseguimos ser excepcionalmente claras num diálogo com quem nos envolvemos (ou desejamos) afetivamente. Talvez seja um mecanismo de defesa. Ou um defeito genérico de fabricação.

Sem falar que, somos prolixas. Nas D.R.’s, geralmente, chega um momento que o  foco é perdido e tanta coisa já foi dita (e tanto rodeio já foi feito) que nem faz mais sentido. A mensagem de parabéns para a ex que se transforma em crise junto com a ligação que não foi atendida um mês atrás... E todo o conteúdo é perpassado. É muita loucura, Brasil! Mas... somos o que somos... #ficaadica

domingo, 28 de outubro de 2012

Teu silêncio

Teu silêncio me acalma. A cantiga que traz o teu olhar não ofusca minhas palavras, tua canção é meu afago. Sem horas, sem dores, sem remorsos ou rancores. Não há pressa nem medida nessa entrega. O sentido encontrado em comum, nas mãos que se captam numa falta qualquer, despreza o que resvale ao incomum. 

Teu silêncio me completa. Um refúgio concreto, selado em teu peito, ditado num desígnio desse ciclo compassado. A certeza de que, porque o pranto sempre vem, haverá consolo. 

Teu silêncio me desafia. Não me cala, me encalça numa direção. Na sua direção. No hábito de um sorriso que sucede e ampara passos trôpegos de uma frase mal pensada, de um ato imediato. 

Teu silêncio me acerta. Em cheio, no ponto. Não é remediável nem indesejado, ele não se faz insípido, não parece entorpecido. E as palavras, quando presentes, em seu tom, tornam-se tangíveis, crescentes. 

Teu silêncio me dedilha, me faz letra exata nesse ritmo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Do sapo ao príncipe é só interpretação


Não existe UM príncipe, existe O príncipe. Diferença? Recorrendo ao meu exemplo favorito, o Shrek é o par perfeito para a Fiona, mas não faz o tipo da Rapunzel ou da Cinderela. Num consenso geral ele não é um príncipe, ele é o príncipe da ogrinha verde.

Aquele carinha que deitou e rolou, pintou e bordou, hoje se tornou um exímio pai de família, apaixonado pela esposa. Ele foi o seu sapo, mas aprendeu se portar como um membro da realeza agora. Quanto ao príncipe que te realiza, ele já arrancou lágrimas de outra pobre donzela. Ele não sabia dar tanta atenção a ela, ou não conseguia ser fiel, ou não queria nada sério...

Não deve acontecer por meio de magia, mas, talvez, a fada da ironia tenha uma forte influência no resultado final. Geralmente, quando um ex-rolo/namorado/noivo/marido é afamado com a expressão “o mundo gira” é sinal de que ele está tentando mudar de papel. Quando dá certo pra ele, ele se adéqua a todas as exigências do Inmetro e vive um romance. Quando dá certo pra afetada, o ele em questão assume o papel que ela interpretou por algum tempo (e é melhor ainda quando ele troca de papel exatamente com você e você já não está nem aí pra ele. Dá mais efeito à expressão acima).

O que eu to tentando dizer é que ninguém é príncipe em tempo integral e em todas as histórias. É assim na vida real, o sentimento é que dá o título, seja ao bobo da corte, seja ao herdeiro do trono... #ficaadica

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Como se faz um galã


Eu tinha vários temas em mente (uma D.R. com o namorado, uma conversa inspiradora com um amigo, o final de Avenida Brasil, o filme brasileiro “E aí, comeu?”...), mas o programa da Ana Maria Braga me fez repensar em minhas prioridades literárias. Hoje o convidado para o café da manhã foi o Rodrigo Lombardi. Rodrigo, esse, que “rejeita o rótulo de galã”, segundo matéria publicada pelo O Globo. Calma, vocês já vão entender onde eu quero chegar.

O cara consagrado por protagonizar os sedutores Raj (Caminho das Índias), Herculano (O Astro) e agora parece que vai bombar como o capitão Théo (Salve Jorge) não se acha galã. Enquanto o carinha que você deu o fora no bar se acha irresistível ao ponto de te chamar de metida por você não ter se rendido aos seus 40 kg distribuídos no seu 1,50m de altura dentro do seu belo carro que você nem sabe dizer o nome. Apenas. (Calma, ainda não cheguei onde quero!)

Sim, meu momento agora: o que torna o homem um galã? (Porque a gente já sabe que, inicialmente, a mulher precisa ser linda e gostosa para se tornar musa.) A moça que estava malhando ao meu lado concordou com a minha teoria de que o homem não deve ter o rosto simetricamente estruturado ou delicadamente belo. O fato é que somente a Branca de Neve e a Cinderela preferem o príncipe loiro, com traços finos e corpo esguio. E outra coisa (não se iludam), na vida real, carros e relógios importados não os tornam lindos (pelo menos para o grupo seleto de mulheres que não querem ascensão por meio de homens).

Portanto, sendo bastante específica para ilustrar minha teoria, Rodrigo Lombardi é o que é (um galã) pelo conjunto da obra (mais de 1,80m de altura esbanjando simpatia e carisma com um sorriso lindo num rosto másculo). Pra gente, o sorriso e o olhar masculino devem ter o mesmo valor que nossos peitos e bundas têm para os homens. Pronto. Quanto ao resto (a barriga de tanquinho, o Camaro amarelo, o Rolex...), não deve sair de consequência para motivo. É mais seguro. #ficaadica

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ressalva

Não haverá comprovações. Nem raios-X, tomografia computadorizada, mapeamento cerebral, nenhum procedimento que lhe dê garantias de que é real (bem que o próximo Nobel da área poderia sair com uma coisinha para resolver isso, né?). Tudo o que lhe resta é acreditar (ou não) no que parece ser. É, é sobre isso mesmo que eu estou falando: sentimentos.

Ninguém é perfeito, nem agrada sempre (inclua-se no grupo, please!). Em algum momento você topará com uma insegurança, uma incerteza, uma dúvida, um medo... só se controle para não virar desespero. Você não vai se tornar um apêndice contínuo da outra pessoa, entrar num relacionamento é pagar pra ver (o importante é ter cuidado com até que ponto vale a pena apostar).

Eu já disse isso aqui, mas, vale ressaltar que, sentimento não pode ser uma imposição. Você não consegue adestrar, obrigar, prescrever ou sentenciar esse tipo de coisa (e se você tenta, desista enquanto ainda há dignidade, colega! Até o muro de Berlim ruiu após décadas tentando imperar e você não precisa de uma queda assim).

Quanto ao resto, o jeito é mesmo ir. Sentimento é isso, né? Seguir o que lhe faz bem (quando isso supera o que não faz). Talvez essa incerteza seja apagada naquele abraço que te esquenta quando você sai, ainda molhada, do chuveiro. #ficaadica

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O que se sabe (sobre a saudade)


Premeditada, como um crime perfeito e obsoleto, arquitetado antecipadamente sobre tudo que abarca o óbvio. Faltará aquele perfume que impregna mais suas roupas que o seu próprio, as mensagens, mesmo que escassas, no meio da noite, a frieza das mãos que você busca roubar com seu calor e a intenção que não passará do que é: um desígnio. Faltará. Isso é saudade.

Acentuamos o sofrer por aquilo que será, que virá ou que irá, esquecendo que a dor personificada é sempre mais excruciante que o que foi. A saudade é a continuação do amor em sua divindade, que “em parte, conhecemos, e em parte profetizamos”, como sugeriu a provocação do autor Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios. A continuidade do amor é a saudade e a materialização da saudade é o amor. E o amor em suas vertentes, e a saudade em suas vertentes. Isso já foi revelado.

A inquietação na alma, todo aquele estardalhaço físico que resulta em apatia, vazio que pesa, falta que preenche, impulso que paralisa... sim, a saudade não ultrapassa os limites de mais um grande paradoxo que rege a ordem universal.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Levanta!


Você acorda. Mas não se levanta, só acorda. Wake up. Apenas.

O sol parece estar lindo e ainda há algum tempo para ficar na cama... bad choice! Além de apurar seu inglês, você resolve sistematizar a situação: três quilos para expulsar da região abdominal, motivação zero, finanças quase lá, insegurança e carência dignas de uma bela TPM (mesmo, biologicamente, sendo pouco provável nesse momento), a resposta que seu celular deve ter se esquecido de te dar, o comentário que você deveria ter se esquecido de ouvir...

Melhor parar por aí. Você não tem uma TPM, uma briga com seu namorado ou uma tragédia pessoal para culpar. Isso tudo não deve passar de uma combinação astrológica onde os elementos regentes entraram nas casas astrais indevidas e se aglutinaram dessa maneira em seu carma. Não se preocupe! As previsões são mutáveis e instáveis nas mesmas proporções.

E agora, you need get up (nem que seja rolando da cama)! Mesmo daqui, me parece que hoje você só vai se curar sobre saltos 15 e sob seus óculos escuros favoritos. #ficaadica

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Da cor e do amor


E será numa analogia barata que vou explicar uma coisa a uma amiga: marcas de esmaltes lançam aquela cor perfeita que você se apaixona à primeira vista. Tudo é perfeito! Você compra uma, duas, três, quatro vezes e, de repente, sem nenhuma explicação, ele some do mapa! Você muda de mercado, vai às lojas de cosméticos, procura em sites de vendas... nada. Ele se foi. Para sempre! A mesma coisa acontece na vida...

Você vai encontrar alguém que tenha o tom perfeito para você e vai se apaixonar. Como acontece com os esmaltes, você pode ter sorte e a cor se perpetuar na linha, mas isso não acontece sempre. E você vai deixar de pintar as unhas por causa disso? Claro que não. A nova coleção chega e os seus olhos vão se encantar por uma novidade.

Não vale a pena desistir de amar, é isso que colore a vida. Agarre-se mesmo aos laços mais difíceis de se libertar, sem ter medo! Você quer ser feliz e precisa ser independente o suficiente para lutar por isso. #ficaadica

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

É o que temos pra hoje

Eu até protelei, minha atual conjuntura me leva à imparcialidade, só que uma bela amiga me veio com esse tweet essa semana: “Se os de 30 estão usando cantadas do @pedreiro_online, o que esperar dos de 20?”. Com certeza você sabe (e conhece mesmo) o que ela está indagando. 

A grande questão da vida “por que os homens demoram tanto para crescer?” direcionou meu olhar a outro ponto: não seríamos nós, mulheres, que aceleramos o processo evolutivo? Volte à infância, com quantos anos trocamos as bonecas por gloss e paletas de sombras? Os homens passam a vida para se desprender da bola e do videogame (e na maioria dos casos, não conseguem). 

Meu primo de 11 anos bate apostado figurinhas com os colegas e compete vigorosamente em jogos virtuais. A colega de sala dele, na mesma idade, já está à caça do público masculino (ela manda bilhetinhos de amor para os meninos). Talvez sejamos nós as eternas vanguardistas em busca de problemas desde cedo

Feche os olhos. Respire fundo. Você não vai ensinar o que não pode entender. A linguagem não é, nem de longe, a mesma. Homens estarão sempre nos surpreendendo, mesmo aqueles já trajando ternos para trabalhar conseguem ter o gênio como o do meu priminho. E, quanto às cantadas, não desanime, até os de 40 têm déjà vú juvenil. #ficaadica

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O que a raposa não disse (ao Pequeno Príncipe)


A raposa está certa, é mesmo uma coisa muito esquecida, a gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa. Só que, o que ela inclusive se esqueceu de alertar ao Pequeno Príncipe, até que ponto nós cativamos o que se tornou nossa responsabilidade? A gente quase sempre cria a necessidade e não se lembra de demonstrar isso.

Entre o casal é preciso mais que fidelidade. São fundamentais os gestos que demonstram o porquê e o quanto se querem, as surpresas e saudades e até mesmo as mensagens abobalhadas no meio da tarde.

Entre amigos é preciso mais que o ombro no final do namoro. São indispensáveis as broncas fundamentadas, o encontrinho no meio da semana pra falar besteira (nem que seja na ligação de meia hora antes do cursinho de inglês) e até mesmo as declarações entre as bebedeiras.

Entre as flores e cores é preciso bem mais que a vontade de se envolver. Não basta só querer, você tem que reconhecer o porquê do ter. As coisas deixaram de ser? Dificilmente. O que é cuidado só tende a aumentar.

Você sabe que “só se vê bem com o coração”, mas, o que a raposa se esqueceu de novo de avisar é que, é muito mais difícil entender o que é “invisível aos olhos” e quando não se percebe a necessidade, circunstancialmente, os laços se inclinam a afrouxar. #ficaadica

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O roteiro não é bem assim


Personagens de novelas fazem mal à autoestima feminina. Fazem, sim. E não é só pelos melodramas que sempre terminam em amores perfeitos felizes para sempre (aquilo que na vida real não acontece nem parecido). As mulheres das novelas estão cada vez mais passivas e suscetíveis aos caprichos masculinos.

Não que eu goste (ou tenha tempo) de acompanhar toda a trama, mas em casa sempre tem alguém com telinha ligada na novela das 19h ou das 21h (aquela que nunca começa no horário marcado). Na novela das sete, a mocinha foi pisada e humilhada pelo playboy que descobriu que ela era pobre, ficou rica e reatou com o seu malfeitor. Na novela do horário indefinido, uma dita lá é enganada a vida toda pelo marido (de todas as formas possíveis: afetiva, financeira, verbal...) e depois de uma volta num iate e uns amassos sede a ele novamente.

A vida real não precisa imitar a arte, viu? Mesmo parecendo que a arte reproduz casos encontrados pelas avenidas brasileiras, a gente não deve viver à sombra de um conto “telenovelístico”. Não são Manoel Carlos e João Emanuel Carneiro que escrevem o roteiro da sua vida. Não há um enredo programado em que o eterno pegador se tornará o redimido apaixonado. Nós já aprendemos isso na própria carne, é melhor não levar tão a sério as histórias do Projac. #ficaadica

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Honra ao mérito


Somos vencedoras diárias. “Começou o papo feminista! Blá, blá, blá...”. Não, não é papo feminista, é um estímulo às guerreiras que conheço. Já sofri de tanto jeito (alguns bem desnecessários, mas, enfim...) que acho válido qualquer forma que ele se apresente (sim, até na história da menina que sofre por paixão platônica).

Arrumamos a bagunça da festa depois que tudo acaba. Costuramos novos laços depois que o fio da meada se perde. Trabalhamos 12 horas diárias e estamos sempre lindas. Não perdemos a classe ao encontrar um paquera curtindo com outra no dia seguinte (bem naquele dia que ele deveria ter ligado). E ainda trouxemos duas das três medalhas de ouro que o Brasil conquistou nas Olimpíadas de Londres. Ponto. Não há mais o que discutir.

Quanto ao resto, todo aquele resto que nos tira as forças, buscamos apoio na classe, de também vitoriosas, que escolhemos para nos segurar (vulgo amigas). A gente sabe que a Mulher-Maravilha não é real, nenhuma de nós seria tão forte a ponto de viver só de vitórias ou sem um punhado de amigas para trocar mensagens quando a situação apertar. E isso é cíclico, porque, quando damos as mãos a alguém, trocamos glórias e fraquezas. Afinal, nem que seja por tabela, todo dia subimos a um pódio mesmo... #ficaadica

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Propriedade, não!


Frase de impacto: “Ele nunca foi assim com as outras!”. (Um minuto do meu silêncio.) Eu só queria fazer uma escova, mas o ser, atendido pela manicure, insistia em se gabar por ser alvo de posse do namorado. Eu juro que ela até sorria enquanto contava os micos que já havia passado, gente! Detalhe, num período de 20 minutos, ela descreveu uns oito, no mínimo.

Cada um sabe o que é melhor pra si e não quero opinar sobre conduções de relacionamentos alheios (já tenho o meu para dar conta). O assunto é outro. Há mulheres que acham que, proporcionalmente, por trás de crises doentias de ciúmes há um imenso amor. Sim! Quanto maior o show, maior o sentimento... E o que dizer disso tudo? DEUS! Apenas.

Ciúmes existem em todas as relações afetivas. E é bom quando, dentro do razoável, demonstra zelo. A mãe que reclama por você não passar mais os finais de semana com ela, a amiga que questiona por você não ter ligado antes para contar a novidade, o namorado que te olha torto quando você fala de festa com as amigas... Isso (na normalidade) demonstra que a pessoa quer ter um espaço em sua vida.

É normal sentir ciúmes, principalmente em situações de risco (situações essas determinadas pelo seu grau de insegurança). Temos medo de perder quem amamos, mas não dá para exigir exclusividade nem propriedade de alguém. Aí, recorrendo à História, deixo um lembrete: o ser humano deixou de ser dono do outro com o fim da escravatura.

Relações regidas por bom senso sempre são mais saudáveis (sim, namorados sempre terão ex, amizades com o sexo oposto, outras atividades... e você também, se quiser viver bem). Bem, quanto à cliente do salão, mesmo sem conhecê-la, teço duas considerações: ou o seu namorado é muito inseguro ou não confia nada em você. #ficaadica

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mais e mais

Pode ser o diploma que não mudou muita coisa, 20 e poucos anos com 20 e poucas desilusões amorosas, pouco salário para muita fatura... Parece que por trás de sobrepeso sempre há uma frustração. E isso significa que sedentarismo e alimentação errada conseguiram mais um aliado? Ou seria tudo um resultante? Ou uma parcela? Enfim... Não é esse o meu foco (não em suas causas), mas, por que parece que todas as mulheres (exceto duas, ou três) estão visivelmente insatisfeitas com a camada (sem eufemismos) de banha que as envolvem?

Sempre fomos todas encanadas com peso (e os padrões esquálidos das passarelas nos inclinam a isso), só que agora está tudo tão mais real! Estamos todas mais robustas? Os lipídios estão dominando todas as superfícies que já foram planas? Toda classe feminina foi atacada pela fome “monstra”?

Tudo conspira para que a gente esteja sempre de boca cheia. A vontade de misturar e provar novos sabores, a falta de tempo, a doceria próxima ao trabalho... Bem, os “por quês?” não vêm ao caso, só quero deixar a dica: gula nunca vem sozinha! Na aba vêm as celulites e dobrinhas indesejadas. E aquele jeans grita isso, aquele vestidinho mais justo esbraveja pela mesma causa, a velocidade em que a sua lata de doces fica vazia esfrega isso em sua cara... Socorro!

Talvez isso seja só uma crise hormonal, mas já faz meia hora que estou pensando se abro, ou não, o meu terceiro bombom. Ai que saudade da época em que as mazelas diárias serviam como emagrecedores... #ficaadica

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ética e relacionamentos


Ética: regras de conduta. Moral: prática da ética. Relacionamento: ligação afetiva entre duas pessoas. Sim, há outros conceitos, mas recorreremos somente a estes.

Numa entrevista a Jô Soares, Mario Sergio Cortella definiu a ética como “conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes questões da vida, que são quero, devo, posso”. E a moral é como a prática dessa ética.

Relacionamento é mais ou menos tudo aquilo que Allan e Barbara Pease dizem nos seus livros de autoajuda: diferenças buscando proximidade. Concordo. Relacionamento é a normatização dos sentimentos (e se não for estampada no Facebook não é real... Ces’t La vie!).

Relacionamento exige ética, porém, há sempre muitos conflitos naturais de interesses (internos e externos) para a elaboração desses padrões. Mulheres são mais complexas e homens são mais práticos. Não, isso não é sexismo barato.

Antes de nos envolvermos, uma seleção extensa (e nem sempre necessária) é estabelecida, buscamos nos encaixar em padrões como forma de aceitação, pensamos em mil probabilidades de catástrofes e venturas posteriores e há regimentos femininos que devem ser inabaláveis (ex de amiga sai do baralho, amiga traída é sempre vítima, a “outra” é sempre a culpada...).

Infelizmente, talvez, toda essa nossa cautela seja vã. Amigos (gênero masculino) não levam esses princípios tão a sério. O imediatismo masculino torna mais saudável o início dos romances. Boys não se apegam aos mesmos mandamentos que nós, eles são menos taxativos. (Ah! Me parece que a única regra válida no meio masculino é quando eles têm filhas, e aí, nesse caso, torna-se um crime relacionamento com filhas de amigos. Apenas.)

Só preciso deixar uma dica: a vida não segue trilhos. É melhor não plantar hipocrisia. Uma hora ou outra, você se apaixona por aquele cara que corre mil léguas do seu conceito de príncipe, ou aquele outro que é affair de uma grande amiga... E o que fazer? Be honest. A maior regra da ética é respeitar quem estiver perto, inclusive você mesma. #ficaadica

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ah, se fosse só assim...


Segundo uma fonte (masculina, lógico!) o salto alto foi inventado pelo o homem por dois motivos específicos: arrebitar o glúteo feminino (não vou usar os mesmos termos que ele) e facilitar a “caça” (tipo, na época dos homens das cavernas, lembra? Tacape na mão... perseguição... essas coisas). Não é tão simples assim, mas, definitivamente, não usamos salto alto para dificultar nossas próprias esquivadas diante das abordagens masculinas. Fato.

Outra fonte (other man...) define como “frescura” qualquer cuidado que for além de um sabonete num banho. Ouviu mulherada? Hidratante, esfoliante, loções, emolientes, óleos corporais... Descartem tudo isso da sua rotina, é tudo perda de tempo, sua pele não precisa de cuidados. Bem, alguns compartilham esse conceito, mas, talvez, esse pensamento não se encontrava mais nem com o dos homens da Pré-História (li uma matéria da revista Mundo Estranho afirmando que naquela época já se usavam cosméticos naturais para incrementar a paquera).

Nem tudo é cor de rosa, gente! Até porque, o rosa existe em milhares de tons diferentes e isso aboliria facilidade no consenso. Só me resta fazer um clamor: Homens! Parem de achar que somos simplesmente decifráveis! Tem coisas que nem nós mesmas conseguimos desvendar (e olha que o nosso QI já supera o de vocês) e vão bem além de "caça" e "frescura". #ficaadica

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Interpretação


O amor de hoje não é o mesmo da época em que Shakespeare vivificou Romeu e Julieta. Ou que Machado de Assis retratou dubiamente nos “olhos de ressaca” de Capitu. Temo até não ser mais o mesmo que encontrei tão cheio de cotidiano num conto de Caio F., num poema de Clarice, no blog do Carpinejar. Hoje o amor anda tão oscilante quanto um investimento numa bolsa de valores.

Ainda é real (não há como negar). Com a cotação mais alta naqueles momentos onde o partir se faz presente, ou sonhos se pintam em cores, ou quando uma saudade se encontra trancada em dedos laçados. Às vezes desvalorizado, num momento de excitação que exclui toda sonoridade que deve acompanhar o “te amo”. Clímax (seja lá em que estado) nunca é terreno seguro para conjugar o verbo amar.

Tudo na vida depende da ocasião. Quando alguém diz que vai tomar café, a depender do horário, você identifica se ela vai tomar uma xícara de café ou o fazer o desjejum (sim, sou fina!). A mesma coisa quando alguém diz que te ama. Pode ser somente a vontade de saciar um vício... Como também pode ser a necessidade intensa de se preencher. Questão de momento, sabe? #ficaadica