quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Injusta, mas não deixa de ser luta


Mulher vive de dieta, até quando está atacando uma pobre e irresistível torta de chocolate. Lógico que cada tentação superada é digna de comemoração de gol da seleção brasileira em final de competição mundial, mas, o mundo é injusto e a Copa do Mundo só acontece a cada quatro anos. E assim é com o relato de uma dieta bem-sucedida. (Porém, existe!)

Claro que afirmamos veementemente estar sempre num controle alimentar. Claro que buscamos conscientizar o mundo de que estamos tentando. Claro que acreditamos na nova dieta da sopa apresentada pela amiga. Só que, em contrapartida, é claro que, também, lamentavelmente, falhamos.

Acho que, pelo esforço em não repetir o prato de feijoada, trocar aquelas batatinhas fritas por couve-flor, cortar o pão da dieta e desistir da sobremesa (a maioria das vezes), merecíamos mais que alguns míseros gramas extintos na balança. Mas, há o tal regimento de injustiça universal que não permite isso à maioria dos metabolismos. E o que nos resta? Gastar tempo para exterminar aquilo que nos salta aos olhos.

E chame de estereótipo, de “ditadura da beleza”, de transtorno psicológico, do que quiser, mas queremos nos sentir magras (quase todas nós queremos). Só não pensem que, no fundo, no fundo, apesar de tudo, não conseguimos nos achar gostosas, ainda que em luta contra alguns pneuzinhos. #ficaadica

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O manual: Redes sociais e ex's


O espaço que vivia recheado por versos de amor, sorrisos esfuziantes e despertava inveja daqueles seres sugadores virtuais da felicidade alheia (sim, eles existem e já há inúmeras pesquisas relatando isso), muda de cores com a rapidez de um piscar de olhos.

A maioria das vezes, aqueles que mudam o status do relacionamento (seja qual for a mudança) parecem modificar a forma de enxergar o mundo. E são duas as principais vertentes: a ala sem noção e o grupo emotivo.

Sim, estou sem Facebook há algum tempo, mas... Parece que não mudou muita coisa por lá. E começaremos pelos emotivos. As pessoas que se enquadram nesse perfil são sentimentalmente empolgadas (e, às vezes, precipitadas). Quando saem da estatística dos solteiros, declamam amor eterno como se não houvesse o amanhã, transformam “eu te amo” em gíria favorita e tudo isso na primeira semana da oficialização. Por outro lado, quando a mudança diminui a quantidade de casais da rede, o emotivo se deteriora emocionalmente. Além de todos os vídeos do Coldplay e as frases de autoajuda, o indivíduo faz questão de mostrar ao mundo (e ao ex) que está péssimo. Não entendo muito, mas, talvez seja numa tentativa de reversão por piedade.

Os sem noção quando começam são, aparentemente, normais. Trocas de carinhos, algumas fotos do casal... O problema é exatamente o fim do relacionamento. Os integrantes desse bando se tornam as pessoas mais felizes da Via Láctea depois que voltam à solterice. Tá, isso pode até ser verdade, mas é crueldade (e imaturidade) ficar esfregando isso na cara de alguém que, provavelmente, não compartilha o mesmo sentimento no momento. A quantidade de festas e fotos ao lado de pessoas com potencial para envolvimentos rápidos (não quis usar o termo pejorativo “periguete”) que povoam a página do sem noção, à primeira vista, é um tapa na autoestima de quem ficou do outro lado. Mas, com o tempo isso passa e esse comportamento (que todo mundo sabe que é realmente para desestabilizar o ex) começa ocupar, merecidamente, o título de ridículo.

É, os cenários de amor viram palco de terror. Essa é uma verdade absoluta. Ponto. #ficaadica

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Se a coisa ficar cinza


Nunca crie escala para tragédias, mesmo para as pessoais. A maré alta nem se compara ao tsunami. Um dia você vai só tropeçar, em outro, você vai cair de boca e deixar dois dentes no chão. Portanto, evite achar que está no pior momento da sua vida. Você não pode imaginar o que o amanhã te reserva (coisas ótimas e coloridas também estão entre as possibilidades, não me julgue como uma pessimista inconformada, logo de cara).

E quando a situação estiver ruim, sempre haverá alguém para dizer: “eu te avisei!”. Mas... Não se preocupe! Sempre haverá também alguém numa bicicleta (ou quem sabe numa Kombi...) para aumentar sua autoestima. Ponha sua malha e parta para uma boa caminhada, numa excelente companhia (que é a sua própria) e... vá queimar calorias! É! O melhor que você pode fazer para esfriar as coisas é estimular a produção de endorfina no seu organismo.

As coisas vão se ajeitar. Sempre se ajeitam. Juro! (Bem, de uma forma ou de outra...) Só não podemos esperar respostas num mágico insight. Aos cristãos (como eu), não adianta esperar milagrosamente uma solução vinda dos céus pelas mãos de Deus. Aos poetas (como eu me arrisco às vezes), não basta esperar um verso no pôr do sol. Aos céticos e improdutivos literais (como eu temo ser um dia), não adianta desistir só porque as coisas ficaram difíceis, o horóscopo já tinha avisado que a cor do dia seria cinza, mesmo. Pode acreditar. #ficaadica

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O manual: Previamente

Na essência, solteiros dão satisfação somente aos chefes, no máximo, aos pais (quando ainda não completaram 25 e/ou moram na casa deles). Porém, em outro viés, os que têm o status de relacionamento sério precisam prestar algumas continhas, sim. Claro que não há necessidade de se instaurar uma sindicância ou pagar propina para obter ou, por outro lado, coibir informações. Lembra-se do estudo de caso anterior? Então! Pressão e cobrança não repelem traições. Elas virão se tiver que vir, e aí é por falta de caráter (a priori, não acredite em nenhuma outra desculpa) do causador.

Lembrando que, justificativa não tem o mesmo significado que desculpa. Não ache que o sentido de justificativa, nessa discussão, servirá de respaldo para se livrar de consequências de possíveis escapulidas. No caso em questão, a justificativa é a retratação por algo que quebrou o planejado, seja um atraso, um adiamento, um cancelamento... Você não participa mais do grupinho dos isentos de satisfações, lembra?

Sobre programações, algumas coisas devem ser consideradas antes do veredito final: todos ficarão satisfeitos? Haverá colisão de horários ou interesses e até mesmo disposição? A viagem não deve ser planejada só por uma das partes (exceto numa surpresa romântica), talvez, numa TPM, a serra seja melhor que a praia. A escolha no cardápio não precisa seguir sempre a mesma preferência, vai que certo regime exija uma boa (e light) sopa? Bem, quanto aos filmes, se ajustem. Também não é legal para ele ter que enfrentar uma sessão da saga Crepúsculo no cinema.

Portanto, algumas (pequenas) justificativas e prévias programações são indispensáveis à singularidade do casal. Afinal, casal é uma entidade formada por duas pessoas, mas é uma ÚNICA entidade. E deve ter um regimento, senão vira baderna, né? Querem manter? Sintonizem-se. #ficaadica

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Manhã manha


Acordara menina, birrenta e risonha. Na cama, percorrera com os dedos pelo travesseiro ao lado. Vazio. Pelo menos fora o que sentira. E será que sempre estivera assim? Não. Incansavelmente ele fingira estar ali, ainda que perdido em motivos irrisórios.

Ela continuara a despertar-se. Olhos e lábios cerrados. Afagando-lhe os sonhos, ali, restara um pedaço de esperança. Ou uma esperança em pedaços. O futuro deveria chegar ao meio-dia, talhado em feixes isolados. Completo. Solitário.

Não levantara. Decidira-se pela estática. Não ousara desperdiçar um raio do cheiro daquele gosto. Sabor quente da manhã. Permanecera num torpor inefável. Cedo ou tarde, ele chegará. Vazio. Completo. Sentido.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

O manual: Quando, talvez, chegar a hora


Logo na semana que resolvi trazer um especial sobre casais, coincidentemente (eu juro!), uma querida amiga me procura, chorosa, com uma suspeita de traição. Claro que eu fiquei mal por ela, sei como é complicado lidar com isso, mas... Foi bastante oportuna nossa conversa. Precisava de um estudo de caso nesse segmento.

Em linhas gerais: ”traição é traição, romance é romance, amor é amor...”. O “poeta” diferenciou e evidenciou sua diferenciação neste singelo verso. Ele está certo. Quem trai vive o desamor, mesmo que num único momento dessa trajetória (pode ser na permissão para as coisas fluírem, no planejar da aproximação, na decisão de concretizar o fato... enfim). Por amor, você perdoa. Por amor, você se magoa. Parece carma, mas, como diz minha sábia avó: [sic“traição e coceira, basta a primeira”. Apenas.

Vamos lá! Voltando para a análise do caso da minha amiga, primeiro, a suspeita de traição (estamos falando da fase da incerteza) e, lógico, aquela coleguinha vai logo te perguntar: “E aí?”.

Quem já protagonizou uma situação dessas, mesmo que em relacionamentos passados, sempre ouvirá a pulga da desconfiança. Inclusive, em regra geral, acho que as pessoas se tornam mais ciumentas depois que recebem o adorno indesejado. E, quando a assombração da deslealdade sussurra seu primeiro sinal de proximidade, todo sopro se torna evidência de furacão. O importante é, antes de dar prosseguimento à sindicância, ponderar o que você pretende alcançar. Você sabe o que pode estar te aguardando e o quanto será exigido do seu equilíbrio. Ponto.

Eu já falei que quem trai é covarde (não sei se aqui no blog ou numa mesa de barzinho) e, inclusive nesta semana, fundamentei minha tese numa conversa com um “traidor”. Depois do primeiro feito, tem a crise do arrependimento, do “nunca mais”, e de todos os outros “blá blá blás”, mas, segundo minha fonte, para ele e seu conchavo, essa fase nunca durou mais que seis meses. Sim, haverá traições novamente.

Mas, respondendo o “e aí?” para a coleguinha da minha amiga: e aí que a vida é dela, o suposto “chifre” é dela e, por menos saudável que seja, agora, ela precisa ouvir o que quer (e ainda estou resguardada pelo direito da inospitalidade TPMística, portanto...). Amigas não têm funções inquisitórias nesses momentos. Eu acho. Só que eu sei bem, nós, mulheres, não somos assim. Nem de TPM. Principalmente de TPM. #ficaadica