quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Coisinhas de mulheres

Sobre o amor: sabe quando você descobre que é de verdade? Quando você não se importa que todo o restante do mundo saiba o quanto você está apaixonada (suspiro) e quando o ser apreciado adora saber disso também! Desculpa! Não é crueldade! Mas, é imprescindível que haja reciprocidade. Caso contrário, não há como fundamentar qualquer sentimento sadio.

Sobre o desapego: sabe quando você descobre que é de verdade? Quando você não se importa mais com a existência desse ser vivo no planeta Terra. Se você não dá mesmo importância alguma, não terá necessidade de querer saber nada a respeito. Digo isso por experiência própria. O tal fulano é um nada? Trate-o realmente como um.

Sobre pontas duplas: sabe quando você descobre que é verdade? Quando você percebe que passa horas e horas e horas sendo manipulada pelo poder de atração que elas exercem. Não fazem bem aos olhos, nem aos relatórios que você tem que entregar diariamente.

E sabe qual a grande ligação entre essas três informações? Todas essas coisas só acontecem porque você permite! Sim! TODAS! Para ter um amor você precisa se permitir envolver com alguém que vale a pena (é claro que há outros vários quesitos em jogo, mas, SE PERMITIR ENVOLVER COM ALGUÉM QUE VALE A PENA é fundamental). Para praticar o desapego você precisa se permitir sair da posição de “cachorro lambendo fundo de lata” (você não é personagem de Malhação, não existe fada madrinha e VOCÊ precisa se valorizar, baby! Nada de masoquismo sentimental!). E, não menos importante, para ter um cabelo livre de ramificações nas pontas você precisa se permitir ir ao cabeleireiro e usufruir de um bom corte. Sem mais! #ficaadica

terça-feira, 29 de novembro de 2011

De razão e de emoção

Um entrave: dois seres femininos, em posições diferentes, querendo impor suas verdades, bastantes distintas, uma a outra. Apontam caminhos diferentes (não acredito que sejam “o certo” e “o errado”, apenas díspares), exprimem ou suprimem sensações, separadamente, e vivem mesmo em pé de guerra (como todas as mulheres, querem destaque sobre a outra).

Bem, isso foi somente para ilustrar que a razão e emoção não trabalham juntas. A verdade é que elas mal se suportam! É como se fossem funcionárias de uma mesma empresa. A razão fosse a chefe, audaciosa e imperativa, que, reprimidamente, cobiçasse toda a insensatez da emoção. Já a emoção, mesmo num grau pouco mais subordinado, exalasse ousadia e livremente se arriscasse, ainda que, secretamente, desejasse toda coerência da razão.

A razão te orienta à sensatez nos sentimentos. A emoção te guia ao desatino dos seus anseios. A razão não permite que você saia da loja de sapatos com os 38 pares que você gostou. A emoção te impele a ligar para aquele alguém que, mesmo sem nenhum sentido, povoa seus pensamentos. A razão te faz filtrar palavras antes de colocá-las para fora. A emoção não se preocupa com os resultados homéricos de uma TPM bem vivida. A razão te faz ser humano. A emoção te mostra a humanidade.

E que elas nunca me escutem, mas, precisam mesmo uma da outra. Ninguém pode ser só coração, ninguém pode ser só lógica. Somos, em modos híbridos, por vezes, emocionalmente racionais, por vezes, racionalmente emocionais. #ficaadica

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bastante

De onde se encontrava, tudo se mostrava infinitamente maior e melhor que qualquer outra coisa da qual já havia se aproximado. Absorta em si mesma deixava-se envolver por aqueles braços, aquele perfume, aquele silêncio e, apesar do frio que entrava pela janela, aquele calor.

Por fora, a noite, a cidade e suas luzes abrasavam ainda mais o que, por dentro, ardia num torpor velado. A falta de agitação unia ainda mais aqueles corpos aos seus próprios sentidos e intentos. E tudo se fazia sereno, em formas igualmente partilhadas: respiração, aconchego, confiança e desejo.

Naquele momento, onde compartilhavam algo intensamente silencioso, faziam-se bem. Ele com a cabeça sobre os cabelos dela, ela percorrendo, brandamente, com as mãos, a silhueta dele.

Não queriam voltar à outra lembrança, ou ansiar por novos planejamentos, nem desejar nada além. Ali, não havia outras necessidades. Queriam apenas deliciar-se com aquela presença tão viva do amor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O fim

Talvez não fosse o esperado, nem o pretendido, mas, foi o resultado. Caberia a eles somente aceitar, certos de que guardariam algumas mágoas, levariam um pouco de esperança e sofreriam com saudades nas manhãs vazias de domingos. Já haviam se marcado. Fossem pelos tantos dias chuvosos divididos, pelos tantos sorrisos rabiscados, pelos tantos “Eu amo VO-CÊ!” que acarretavam abraços exageradamente acalentadores.

De dentro, sabiam que não era mesmo o que queriam, só que, ciclicamente, era o que lhes havia sido imposto: início – meio – fim. Por mais que estivessem decididos em estender todas as etapas, os desencontros finais romperiam qualquer incitação de continuidade. Mania boba, essa de querer prolongar todas as coisas, né? E é tudo por puro medo de se espreitar com o fim. Não poderiam voltar o tempo, não saberiam alongar os segundos e não entrelaçariam caminhos, agora, tão ímpares.

A magia que os acompanhou até ali, não se perderia por completo. Poderia até se esvair dos seus sentimentos, mas permaneceria guardada em algum lugar fantástico que a vida reserva a todos os bons momentos. E quer saber? Eles mesmos manteriam um pouco disso vivo, sutilmente, entre perfumes irresistivelmente singulares, entre lanches com sucos de maracujá e biscoitos de chocolate, entre escolhas dos programas de televisão ou das programações de finais de semana.

Seguiriam. Tinham que seguir, mesmo cônscios de que haveria planos os quais nunca seriam postos em prática. E o fim se fez cruel por trazer à tona tudo que poderia ter sido e não será mais e por somente realçar os tons coloridos, ofuscando tudo aquilo que se pintou em cores cinza, ao longo do percurso já findado.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vá em frente!

E quando você para e pensa: “Nossa! Que merda é essa que eu estou fazendo com a minha vida?”, preste bastante atenção! Talvez, seja esse o seu momento. Não há certo ou errado, há situações providenciais. Todas as nossas escolhas vão refletir em algum momento das nossas vidas e não temos com adivinhar quais serão os resultados. O fato é que, estamos sempre pagando para ver.

Arrisque! Mesmo. Sempre. E muito. Geralmente, quem se arrisca mais, vai mais longe e sabe se defender melhor (já caiu mais vezes, portanto, enxerga melhor os lugares onde não pode pisar em falso). Permita-se sentir, entretanto, seja firme consigo mesma nos momentos necessários. Eu sei! É bem chato, mas, nem todas as nossas vontades nos convêm realizar. Como já diz a canção:
"O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber..."
#ficaadica

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Deus (por mais uma vitória)

Não tenhas medo, pois estou contigo. Não olhes em volta, pois eu sou teu Deus. Vou fortificar-te. Vou realmente ajudar-te. Vou deveras segurar-te firmemente, com a minha direita de justiça.” (Isaías 41:10)

Se não a Deus, a quem mais agradecer por toda a força nas madrugas produtivas? Por toda a motivação interna ante os pensamentos de desânimo? Por todo o zelo e estima, mesmo refletidos em pequenos detalhes? Por toda esperança plantada em meio às tempestades?

Não estou me referindo a Deus como um ser detido por essa ou aquela religião. Estou reconhecendo e agradecendo aquele que ama indistintamente: sem títulos, segregações ou predileções. Aquele que, por amor, entregou o seu filho primogênito para a redenção um povo desprovido da capacidade de entender tal sentimento. Aquele que conhece as intenções de cada coração.

Foram quatro anos em que a Sua presença se fez constante, onde as Suas mãos cooperaram para a construção de sonhos que cresceram, não só no meu, mas também em Seu coração. Obrigada ao Deus que se fez presente por todos os meios que encontrou, por meio de Sua Palavra, de um carinho materno, de amizades sinceras, de canções coloridas... Enfim, obrigada a Ele que não se limitou ao meu favor.

É! Agora sou, oficialmente, uma jornalista!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Da felicidade

Deram-lhe uma grande tarefa: construir a felicidade, mesmo que fosse num só pedacinho. Antes de qualquer coisa, buscou defini-la: “O que seria tal coisa?”. Não adiantaria caminhar insistentemente em busca de algo irreconhecível. Resolveu atentar-se a tudo que lhe parecia docemente colorido.

Uma menina descobrindo o sabor do amor, num beijo escondido, que, mesmo em meio a olhares que não se fixavam, causava-lhe frenesi à alma. Um senhor diante do neto que, sentado em seu colo, num frouxo abraço em volta do pescoço, roubava-lhe a atenção, ilustrando-lhe aventuras infantis. Um profissional inflando-se de satisfação pelo o reconhecimento dos bons resultados alcançados através do seu empenho. Uma mulher tornando-se infinitamente maior do que já supunha em toda sua vida, até então, ao tornar-se mãe.

Não havia ligações físicas entre o que observava, porém, a transcendência emocional e a amplitude sentimental que rondavam os acontecimentos levavam-na a crer que só entenderia a felicidade aquele qual conseguisse descobrir que a cada um cabe a responsabilidade pela construção da sua própria, mesmo sendo fundamental ter alguém por perto a partilhando.

domingo, 13 de novembro de 2011

O "Por quê?" de tal atração

Você sempre atrai homens cafas? A culpa é deles ou é você quem anda usando, mesmo que inconscientemente, essa característica como pré-requisito? Bem, para mudanças de hábitos, recomendo uma psicanálise (a la Sigmund Freud) ou um choque com a realidade. Irei desconstruir uma verdade que, talvez, assim como eu, você tenha se apoiado durante toda a vida: nem todo homem é cachorro (ou eles conseguem deixar de ser, em algum momento da vida).

Eu sei! As estórias cheias de cretinices que a sua prima lhe conta, os casos adúlteros vivenciados pela a sua amiga, os tombos que você mesma levou dos “príncipes encantados”, que lhe arremessaram dos seus cavalos brancos, são mais constantes que as situações contrárias. Mas, só que, há aquele seu primo que forma um casalzinho super fofo com a namorada e tem o pedido de casamento que a irmã da sua amiga recebeu, de um cara que quer tê-la ao lado por toda a vida. A questão não é discutir as proporções, somente a veracidade. Nem vale dizer que esses casais não têm problemas ou serão eternos, apenas que há respeito fundamentando o relacionamento e que eles querem que as coisas deem certo.

Há homens que são diferentes do habitual, porém, isso não torna tudo mais fácil. Existem os infindáveis fatores externos. O primeiro deles pode ser as desproporções numéricas. Porque não basta o número da população mundial feminina ser maior que a masculina, aumentando a concorrência, a quantidade de homens que NÃO se enquadram no senso comum tem que ser reduzidíssima. Outro ponto pode ser a mídia (e não, não faço a linha radical. Gosto da rede Globo e da revista Veja). Vamos ser sinceras! É uma verdadeira massagem ao ego ver um canalha incorrigível se transformando por amor. E sabe por quê? Porque quase todas as estórias românticas, tanto em livros, séries, novelas, filmes (esses em especial) e músicas, nos apresentam essas mudanças. Então, acabamos buscando por isso, também queremos ser o motivo para a redenção de alguém. Ah, a vaidade... Eis o grande mal feminino. #ficaadica

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desapontar

Você sempre irá desapontar alguém. Quando não é intencional (e você tenta consertar logo as coisas), isso não significa nada, além de um reforço para toda a sua imperfeita humanidade. Estamos todos decepcionando e sendo constantemente decepcionados. Tudo porque esperamos do outro, seja compreensão às nossas necessidades, colaboração com os nossos projetos... Ansiamos à sensibilidade alheia, mas, estamos nós, também, disponibilizando isso ao outro?

O fato de você não corresponder às expectativas de alguém vai se tornando mais agressivo a medida que as suas tentativas de se redimir vão se esvaindo. Se você magoa e não se importa com os resultados disso, quem foi afetado só tem a acreditar que você não se preocupa em causar a dor. E, se essa pessoa nutre algum bem querer por você, tende a se decepcionar com a sua falta de sensibilização ante o seu sofrimento.

Claro que a intenção conta, mas a ação resulta. Portanto, se, mesmo sem querer, você deixou de atender ou entender, com a devida importância, alguém que lhe é especial, seja sincero e demonstre que essa situação não te fez bem também. #ficaadica

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sem tanta ingenuidade

Espere o melhor das pessoas, mas espere algo de alguém até essa pessoa te mostrar quem realmente ela é. Acredite no que você sente, mas saiba que isso não implica em acreditar no que o outro te diz sentir. E reconheça que, se ele fez por você, ele fará com você.

Pare de acreditar que olhar para um relógio com horas e minutos iguais significa que há alguém pensando em você. Pare de achar que a sua trágica “história de amor” vai ser contada, com um final feliz, num quadro do Fantástico. Pare de se acomodar com o que não te faz bem. Você não é poste! Logo, por meio de mágicas (ou fiações elétricas), não irá brilhar se ficar estagnada.

Você não tem que obrigação de estar bem ou sorrindo o tempo todo! Mas, ajuste-se com o real, mesmo que todas as células do seu corpo te queiram teletransportar para outra realidade (é uma lástima, mas a Ciência ainda não alcançou meios para tal façanha). Tente conviver da melhor forma possível com o que te cerca, tente mudar o que não te agrada... Só não se acomode!

Parece que, quando as coisas não vão bem, pouco importa que faça completo sentindo, não é mesmo? #ficaadica

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quase uma autoajuda

Sabe tudo aquilo que você tem que arrumar em sua vida (a bagunça no seu armário, a atualização no seu Currículo, o revertério em seus sentimentos, os planos infalíveis que foram abandonados...)? Pois é, não adie tanto. O que você vai colher em seu caminho depende exclusivamente do seu empenho durante a plantação. Às vezes, achamos não ter tempo para reorganizar, que tudo gira em torno do criar, do alcançar. Mas, o que fazer quanto ao que ficou para trás, empenado e precisando de um reajuste?

Isso pode até parecer ideia de livro de autoajuda (“Lays 'Cury' feelings”), só que eu não acredito em um único padrão que solucione os problemas de todo o mundo. Há muita individualidade em cada questão. Porém, há um ponto que é fundamentalmente essencial a todos: o amor próprio. Quanto mais você exala o que há de bom em você, mais coisas boas você absorverá. E a certeza de que este sentimento está presente em sua vida virá através do reconhecimento do quanto precisa do mundo e do quanto ele precisa de você (isso poderá ser obtido por meio de uma experiência científica, resultante da mistura de medidas exatas dos componentes autossuficiência e humildade).

Então, comece a se “arrumar”. Pense-se como uma casa que, devido ao mau uso, está estragada, sem condições de abrigar ninguém dignamente. Você vai ter que buscar ânimo para iniciar a reformar e disposição para cumprir essa tarefa que pode ser chata e cansativa. Dê novas cores ao ambiente, reforce a segurança, sem perder o aconchego, amplie os espaços dedicados às coisas boas e livre-se do que não acrescenta nada à beleza do lugar. No fim, os resultados atingirão a todos que estão por perto e principalmente a você. #ficaadica

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Perca-se

Perca-se por aqueles beijos. Aqueles com gosto de proibido, dentro do carro, na porta de casa. Aqueles inesperados, quando ele te puxa para perto de si, entre um grupo de amigos. Aqueles desesperados, quando seus corpos se necessitam. Aqueles tranquilos, depois de se terem, sobre um colchão, num abraço apertado.

Perca-se por aqueles sorrisos. Aqueles bem grandes, chegados com o reencontro. Aqueles secretos, depois de cruzarem os olhares pelo espelho, em meio a tanta gente. Aqueles singelos, durante confissões tão ímpares. Aqueles no canto da boca, depois de um elogio provocante. Aqueles gostosos, durante um beijo que perde o sentido em meio às risadas. Aqueles que nascem da lembrança de um outro sorriso.

Perca-se por aquelas palavras. Aquelas sussurradas, que causam arrepios. Aquelas tão firmes, que dão certeza àquilo que ainda nem se vê. Aquelas malucas, que lhe faz contorcer de rir. Aquelas esperadas, que causam tremor de alívio ao serem ouvidas. Aquelas reconfortantes, que apresentam um mundo em tons mais claros. Aquelas que foram ouvidas somente por vocês, firmando cumplicidade. Aquelas antes do adormecer, que tranquilizam à noite e revigoram os amanheceres.

Perca-se pelo que quiser, só não perca a essência.