quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Fechando o caixa


Outro ano acaba. Mais um calendário descartado, mais daquela sensação de que as coisas vão mudar (reza-se pra ser para melhor), mais da vontade de se despir da massa cinzenta que rondou o período findado. "Este ano vai ser melhor!"... mas, e você? Vai ser melhor também? 

Faça uma triagem do ano que já quase acabou (e, como predito, não levou o mundo com ele). Quantas novas palavras (além de defenestração) foram acrescidas ao seu vocabulário? Quantos amores você resgatou (e não é das paranoias que te estrangularam, estou me referindo àquelas pessoas que realmente mereceram seus melhores sorrisos)? Quantas canecas coloridas, canetas perfumadas ou meias com frufrus te levaram um bom tempo? O quanto a sua barriga já doeu num gargalhar? Quantos segredos foram merecidamente confiados a você? Por quantas vezes seu ombro foi refúgio para a dor de alguém? E o melhor, quantas manhãs realmente pediram sua a presença? 

Uma máquina, sei lá, um computador ou qualquer outra engenhoca, nunca iguala o semelhante. O que é parecido nem sempre é o que se busca ou se precisa. Você não deve se contentar com alguma coisa parecida à felicidade, mesmo que seja isso que mantenha a ordem em sua casa, em seu coração ou em suas contas. O estático não traça caminho algum, não pode voltar, recomeçar, redesenhar nada que ultrapasse o avesso da estrada. Mas, e se o medo superar o desejo de se arriscar? Não, você não vai encontrar manual em lugar nenhum do mundo ou do Google (e se acontecer isso, é charlatanice), só resta apostar nos riscos e se agarrar no que foi solidificado de verdade. Afinal, a vida não é simplesmente uma sucessão de êxitos, estupidez às vezes é a rota mais segura. #ficaadica

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