terça-feira, 1 de novembro de 2011

Perca-se

Perca-se por aqueles beijos. Aqueles com gosto de proibido, dentro do carro, na porta de casa. Aqueles inesperados, quando ele te puxa para perto de si, entre um grupo de amigos. Aqueles desesperados, quando seus corpos se necessitam. Aqueles tranquilos, depois de se terem, sobre um colchão, num abraço apertado.

Perca-se por aqueles sorrisos. Aqueles bem grandes, chegados com o reencontro. Aqueles secretos, depois de cruzarem os olhares pelo espelho, em meio a tanta gente. Aqueles singelos, durante confissões tão ímpares. Aqueles no canto da boca, depois de um elogio provocante. Aqueles gostosos, durante um beijo que perde o sentido em meio às risadas. Aqueles que nascem da lembrança de um outro sorriso.

Perca-se por aquelas palavras. Aquelas sussurradas, que causam arrepios. Aquelas tão firmes, que dão certeza àquilo que ainda nem se vê. Aquelas malucas, que lhe faz contorcer de rir. Aquelas esperadas, que causam tremor de alívio ao serem ouvidas. Aquelas reconfortantes, que apresentam um mundo em tons mais claros. Aquelas que foram ouvidas somente por vocês, firmando cumplicidade. Aquelas antes do adormecer, que tranquilizam à noite e revigoram os amanheceres.

Perca-se pelo que quiser, só não perca a essência.

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