terça-feira, 29 de novembro de 2011

De razão e de emoção

Um entrave: dois seres femininos, em posições diferentes, querendo impor suas verdades, bastantes distintas, uma a outra. Apontam caminhos diferentes (não acredito que sejam “o certo” e “o errado”, apenas díspares), exprimem ou suprimem sensações, separadamente, e vivem mesmo em pé de guerra (como todas as mulheres, querem destaque sobre a outra).

Bem, isso foi somente para ilustrar que a razão e emoção não trabalham juntas. A verdade é que elas mal se suportam! É como se fossem funcionárias de uma mesma empresa. A razão fosse a chefe, audaciosa e imperativa, que, reprimidamente, cobiçasse toda a insensatez da emoção. Já a emoção, mesmo num grau pouco mais subordinado, exalasse ousadia e livremente se arriscasse, ainda que, secretamente, desejasse toda coerência da razão.

A razão te orienta à sensatez nos sentimentos. A emoção te guia ao desatino dos seus anseios. A razão não permite que você saia da loja de sapatos com os 38 pares que você gostou. A emoção te impele a ligar para aquele alguém que, mesmo sem nenhum sentido, povoa seus pensamentos. A razão te faz filtrar palavras antes de colocá-las para fora. A emoção não se preocupa com os resultados homéricos de uma TPM bem vivida. A razão te faz ser humano. A emoção te mostra a humanidade.

E que elas nunca me escutem, mas, precisam mesmo uma da outra. Ninguém pode ser só coração, ninguém pode ser só lógica. Somos, em modos híbridos, por vezes, emocionalmente racionais, por vezes, racionalmente emocionais. #ficaadica

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