segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Se é pra falar...

Para a maior parte das mulheres que eu conheço, depois de conseguir estabilidade econômica e êxito profissional, o amor vem como segunda meta de vida. A verdade é que o amor anda muito instável, logo, se torna mais fácil à dedicação a uma área que depende quase que exclusivamente de você mesma para se alcançar o sucesso. A racionalidade e a realidade nos levam a essa organização.

As músicas atuais (“namorar pra quê? Se ficar é mais gostoso...”) nos levam para longe do amor. Fato. As tragédias das nossas vidas (e dos outros 96% da população feminina que conhecemos) nos levam para longe do amor. Outro fato. Os caras que juram amor eterno (a verdade é que não escutamos bem, eles dizem assim: “Enjoei do 'bom dia', hoje vai ser: 'Você é o amor da minha vida'”) nos levam para longe do amor. Mais outro fato. Até o comercial da Skol nos leva para longe do amor! (E parece que a gente acelera como se não houvesse amanhã, né?)

Recentemente, Millôr Fernandes citou no Twitter que: “‘Eterno’ em amor tem o mesmo sentido que ‘permanente’ no cabelo.” (Na mesma linha química, minha escova progressiva sobrevive por uns três, aproveitando as raspas das pontas, até quatro meses.) Quem fez isso, mundo? Quem transformou o amor em um processo com prazo de validade tão curto? Então é isso? Eterno é qualquer espaço de tempo que ultrapasse esse minuto?

Talvez eu e Lulu Santos sejamos os últimos românticos no meio desse Oceano Atlântico, mas... Ah! Deixem-me ser o amor. Eu só estou acreditando no que eu sempre cri até os Avassaladores lançarem seu grande hit! Quero ter a minha liberdade para poder me prender realmente a alguém que valha à pena e depois “eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar, e de você e de mim” (REIS, Nando). #ficaadica

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