terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pelos motivos certos

Não há maldições que irão te prender à solidão por toda vida. Você não conhece a história da Branca de Neve? E a da Bela Adormecida? As maldições não perpetuam. Certo, o budismo e algumas outras religiões pregam a existência do “carma”. Calma! Qualquer coisa, você pode parar de comer maçãs, ou evitar máquinas de costura, ou mudar de guru.

Sem entrar em questões religiosas, espiritualistas ou ideológicas, o ponto aqui é outro: seu encalhamento (lá lá lá láa...). Você não está assim porque sua família leva um estigma de que todas as mulheres ficarão para titia, ou porque você tem espírito de homem, ou porque suas irmãs mais novas se casaram antes de você. Me poupe! Seria muita mesquinharia do Universo permitir que alguém já nascesse fadado a sofrer sem ter a mínima chance de mudar as coisas. Claro que esse conceito explicaria de forma mais fácil um tanto de coisas que não entendemos ou aceitamos. É mais cômodo ter uma força superior para culpar, que aceitar que somos cercados pelos resultados de ações humanas egoístas (inclusive as nossas próprias).

Sei que temos necessidade de justificar tudo que acontece e que o medo fertiliza a nossa imaginação, mas cuidado. Não se limite pelos motivos errados. Talvez você ainda não tenha alterado o seu status no seu Facebook por não saber escolher, ou por não estar preparada, ou por ter vivido tantos traumas, ou pelo seu comportamento não condizer com o seu desejo, ou talvez porque o número de pessoas que queiram relacionamentos sérios esteja cada vez mais reduzido (a oferta de outros produtos mais práticos no mercado é grande e a vida de solteiro é mais simples), ou talvez seja tudo isso junto.

Mas se, ainda assim, você quiser se precaver procure uma boa rezadeira, tome uns banhos sal grosso, faça uma novena para Santo Antônio e entre com um processo judicial contra a sua família (que sina pesada essa, hein?). #ficaadica

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