segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Num passo

E seria um passo de cada vez. Bem, desejava que fossem todos a levando à frente, mas, vez ou outra, acabava recuando. Ferida quando não fecha, acaba correndo risco de doer de novo. Mas, o bom é que ela sabia que se curaria. Seria só mais uma marca. Como todas aquelas que já a acompanhava.

Não tinha certeza do queria. Na verdade, nunca se teve. O caminho se apresentava mais verde, mas, o céu mantinha-se cinza. “É só uma fase! É só fase!” – repetia ao vento quando se atentava à falta de luz. E os passos tornavam-se mais rápidos. Talvez, apressados, esperariam encontrar mais cedo o céu que brilhava à diante.

O mundo se abria ao novo, precisaria reagir da mesma maneira.

3 comentários:

  1. Essa coisa de ser humano, de sentir, de entregar, de permitir, é mesmo uma tolice inevitável. E então as feridas ferem, as dores doem, e realmente não podemos esperar mais nada do que o momento em que tudo vira cicatriz - uma pequena marca, apenas uma lembrança, quase um aviso. De que sentir, entregar e permitir podem doer. E de que, como a vida é tão boa que não possamos encontrar nada que não valha a pena, essas marcas também nos lembram que não devemos deixar de acreditar.

    Lindas palavras, minha ruiva. Vi muitas das minhas feridas, dores e cicatrizes desenhadas nelas. E isso também me faz lembrar do quão importante é cada passo, principalmente quando acreditamos neles.

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  2. A gente não pode, mesmo evitar essas feridas que a vida traz para nós, mas elas são as responsáveis por quem somos hoje.
    Adorei seu blog e a forma como escreve. O texto é ótimo, mesmo!

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  3. Essa coisa do ser humano de nunca aprender que nenhum terreno é firme demais para se criar expectativas...

    Obrigada, garotas! Gosto mesmo quando uso as palavras das maneiras corretas e elas se tornam acalanto.

    Um beijo e voltem sempre! (:

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