segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Bem marcante

“Deixou digitais em mim...”, proferiu certa vez o filósofo (só que não!) Luan Santana. Marcas da paixão... Se o caso for só as digitais, menos mal. Mas, o que fazer quando, além de digitais, cores também marcam seu ser? Você acorda com o cantar dos passarinhos, num belo dia de sol, saltita até o espelho, com o seu melhor sorriso e, de repente, PÁ! O que salta aos seus olhos? Eu sei! Desproporcionalmente conveniente e localizada a tal resultante.

Seja lá qual foi a forma de aquisição, quase todo mundo já se viu numa situação dessas: omitir ao mundo manchas indecorosas em pontos estratégicos do seu corpo. E conselhos posteriores são muitos... Uso de blusas com mangas e golas altas, maquiagem mágica, friccionar cebola no local, tomar vergonha na cara e, mais recentemente, ouvi um caso de receitamento de focinheira.

Claro que a gente não pode prever quando, ocasionalmente, vai bater o braço na maçaneta da porta do trabalho, ou quando a chapinha quente vai deslizar pela pele do pescoço, ou quando vai cair de bunda da escada da casa prima de uma amiga, ou quando vai se esbarrar em alguém dentro de um ônibus na volta de Ibicuí, quando vai substituir um lutador WMA numa disputa... (desnecessariamente, sempre haverá riqueza de detalhes.)

Depois que esses acidentes acontecem, ciclicamente, você vai se megatransformar e, a cada evolução, terá uma cor específica. Primeiro, a vermelha da vergonha. Em seguida, o roxo da presença (essa é a fase mais longa e difícil). Depois, o verde-azulado bárbaro. E, por ultimo (e não menos estranho e visível), o marrom cru. Recomenda-se que você aproveite todos esses períodos para um retiro espiritual, longe do contato (especialmente o visual) humano.

Independente do seu momento, ficam duas dicas:

1º- Não condene o seu próximo, puritana! A depender, não tardará, chegará a sua hora... (e as suas justificativas não serão melhores que as que você já escutou anteriormente! Lalalalaaa...)

2º- Se a coisa fugir do controle e a violência se tornar real, Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) e denuncie. A Lei Maria da Penha está aí e funciona de verdade. Até o ano passado, durante os cinco anos de vigência da legislação, foram registrados 237.271 relatos de violência (130 por dia) (Dados g1.globo.com). #ficaadica

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