quarta-feira, 17 de agosto de 2011

De longe

Algo havia se quebrado. E, nesses momentos, quase nunca se tem certeza sobre o tempo exato do ocorrido. Faltava a presença, mas, principalmente, faltava a cumplicidade, a confiança da existência.

Com certeza, não foi nada pequeno que causou isso. A necessidade de mãos sempre dispostas, de sorrisos tão sinceros, de ideias tão compartilhadas, não pode ser substituída por qualquer capricho, qualquer vacilo. Relações precisam de um tempo para ser estabelecidas e, mais ainda, para serem desfeitas.

Existia, ainda, algo de amizade, mas, apenas, quando solicitado. Só que, a falta de procura, acaba acanhando intimidade e a correria de rotinas tão diferentes, em nada contribui com reaproximações espontâneas. É preciso querer estar perto. E, eis a dificuldade.

Provavelmente, algum sentimento tonto, entre orgulho e vaidade humana, gera desconforto ao se dispor à busca. Ciclicamente, se não há iniciativa de um dos lados, o outro, refreia-se. Parece ser mais fácil lidar com a incerteza e, às vezes, com a saudade.

Costume, sabe? Tudo passa. Sempre passa...

4 comentários:

  1. Esse texto poderia ser assinado com meu nome, de tanto que vejo os meus sentimentos aí.

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  2. Ué, se inspirou na minha história foi!?
    Estou adorando o blog,
    Beijos

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  3. Lays Macedo (Autora)18 de agosto de 2011 às 10:59

    Rs. Entre erros e percas, tudo anda muito próximo. Sempre.

    Beijos, suas lindas! (:

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  4. Ah! Tenho certeza que fui sua inspiração! =p

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