domingo, 28 de agosto de 2011

Expirando

Não andaria tão depressa a ponto de correr, nem tão devagar a ponto de ser alcançada. Não se absteria do mundo, mas se envolveria apenas com o que a inspirasse. Na sua rotina, driblaria espaços livres. E, aos que sobrassem, preencheria com luares.

Não seria noturna. Não em um sentido obscuro. Seria enluarada e exalaria tudo que houvesse de vívido nessa implicação. Ah! Não ousaria descrever tal relação. Era um misto de fascínio e segredo. E só.

Guardaria, saudosa, o que proporcionou boas colheitas. Quanto ao resto? Reconheceria tudo o que havia vivido, mas, quanto ao que dissesse respeito às historias inacabadas ou incoerentes, seria mantido perdido em algum lugar do passado. E, um dia, acabaria se perdendo por completo...




Nenhum comentário:

Postar um comentário